NADANDO CONTRA A CORRENTE
O poder, no mundo moderno, é invasivo. Diluindo as fronteiras entre o trabalho e o lazer, entre a casa e o escritório, entre o público e o privado, efetivamente, penetrou em todas as esferas da existência, e, numa mágica às avessas, mobilizou inteiramente o homem para se alienar pela busca incessante de mais riqueza, mais poder, mais ter. Assim o corpo, a afetividade, o psiquismo, a inteligência, a imaginação, a criatividade não são postas em prol do bem-estar próprio e geral e sim de uma filosofia invertida em que o que importa é ganhar dinheiro, ter sucesso a qualquer custo fechando os olhos para a miséria e a decomposição em volta. Porém, nenhum homem, ou sociedade, é uma ilha. Somos, cada vez mais, uma aldeia global, daí que ao violar, invadir, colonizar os outros em seu proveito os donos do poder plantam as sementes do seu próprio mal-estar. É impossível ser feliz num mundo totalmente desequilibrado.
Talvez, para piorar ainda mais as coisas, especialmente no Brasil, o poder está nas mãos dos que menos possuem preparo para exercê-lo e, como a inteligência é bem distribuída e os medíocres cientes de que somente pela força podem governar, o uso dos mecanismos de controle, como o capital, o Estado, a mídia e as instituições, tomam formas difusas que moldam a forma de pensar das pessoas. O poder, infelizmente, se exerce por dentro vendendo, por exemplo, a convicção de que a política é ruim, que todos os políticos são iguais, que todos roubam e que não vale a pena lutar por um mundo melhor. E como todos são iguais o negócio é se locupletar do que é possível. Como, para a grande maioria, é impossível ler através dos fatos o que o poder leva é ao conformismo, à vidinha sem objetivos nem grandeza, sem sonhos enfim.
É o que se prega, no momento, no Brasil que todos nós fiquemos conformados em ser homens-múmias. É certo que fora do sarcófago, mas devemos aceitar que este é o melhor dos mundos possíveis, que o Brasil nunca esteve tão bem, que, agora, não devemos ter pressa, que os 0,01% de aumento e os 2,8% de crescimento (aumentados por alquimia) é o máximo que se pode ter. Ao mesmo tempo que, por ações da Polícia Federal, se comprova que tudo é uma porcaria, que todo mundo é corrupto, até pelo exemplo de cima de adultério e de venda de bois, o melhor mesmo é a indiferença política que vem pela exaustão da luta. Afinal não vale a pena. Chegamos ao melhor que se pode chegar...Mas, nós, brasileiros, seres criados para o prazer e a felicidade, criadores do carnaval, não podemos aceitar ser o que o poder quer. O poder quer homens docilizados, inconscientes, vegetativos, conformados que digam sim. E nós, que não desistimos nunca, que, ontem, dissemos não ao poder centralizado e brutal, agora, diremos também não, ao descentralizado e mais brutal ainda. Não somos uma manada. Somos um povo. E, contra os anti-povo de direita e de esquerda, ainda iremos fazer deste país uma democracia de verdade.
O poder, no mundo moderno, é invasivo. Diluindo as fronteiras entre o trabalho e o lazer, entre a casa e o escritório, entre o público e o privado, efetivamente, penetrou em todas as esferas da existência, e, numa mágica às avessas, mobilizou inteiramente o homem para se alienar pela busca incessante de mais riqueza, mais poder, mais ter. Assim o corpo, a afetividade, o psiquismo, a inteligência, a imaginação, a criatividade não são postas em prol do bem-estar próprio e geral e sim de uma filosofia invertida em que o que importa é ganhar dinheiro, ter sucesso a qualquer custo fechando os olhos para a miséria e a decomposição em volta. Porém, nenhum homem, ou sociedade, é uma ilha. Somos, cada vez mais, uma aldeia global, daí que ao violar, invadir, colonizar os outros em seu proveito os donos do poder plantam as sementes do seu próprio mal-estar. É impossível ser feliz num mundo totalmente desequilibrado.
Talvez, para piorar ainda mais as coisas, especialmente no Brasil, o poder está nas mãos dos que menos possuem preparo para exercê-lo e, como a inteligência é bem distribuída e os medíocres cientes de que somente pela força podem governar, o uso dos mecanismos de controle, como o capital, o Estado, a mídia e as instituições, tomam formas difusas que moldam a forma de pensar das pessoas. O poder, infelizmente, se exerce por dentro vendendo, por exemplo, a convicção de que a política é ruim, que todos os políticos são iguais, que todos roubam e que não vale a pena lutar por um mundo melhor. E como todos são iguais o negócio é se locupletar do que é possível. Como, para a grande maioria, é impossível ler através dos fatos o que o poder leva é ao conformismo, à vidinha sem objetivos nem grandeza, sem sonhos enfim.
É o que se prega, no momento, no Brasil que todos nós fiquemos conformados em ser homens-múmias. É certo que fora do sarcófago, mas devemos aceitar que este é o melhor dos mundos possíveis, que o Brasil nunca esteve tão bem, que, agora, não devemos ter pressa, que os 0,01% de aumento e os 2,8% de crescimento (aumentados por alquimia) é o máximo que se pode ter. Ao mesmo tempo que, por ações da Polícia Federal, se comprova que tudo é uma porcaria, que todo mundo é corrupto, até pelo exemplo de cima de adultério e de venda de bois, o melhor mesmo é a indiferença política que vem pela exaustão da luta. Afinal não vale a pena. Chegamos ao melhor que se pode chegar...Mas, nós, brasileiros, seres criados para o prazer e a felicidade, criadores do carnaval, não podemos aceitar ser o que o poder quer. O poder quer homens docilizados, inconscientes, vegetativos, conformados que digam sim. E nós, que não desistimos nunca, que, ontem, dissemos não ao poder centralizado e brutal, agora, diremos também não, ao descentralizado e mais brutal ainda. Não somos uma manada. Somos um povo. E, contra os anti-povo de direita e de esquerda, ainda iremos fazer deste país uma democracia de verdade.