A VERGONHA FLORESTAL
Só há uma palavra correta para o anúncio da primeira concessão de florestas a ser feita pelo governo federal. E esta é o celebre bordão de Boris Casoy: “É uma vergonha”. Depois da queda, o coice. Depois da absolvição de Renan Calheiros desmoralizando o Senado nada pior para o país que esta entrega silenciosa e definitiva da Amazônia. O grande geógrafo Aziz Ab’Saber, presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência SBPC, brasileiro de indiscutível saber e mérito posicionou-se duramente contra o Ministério do Meio Ambiente pela licitação da primeira área pública para concessão, a Floresta Nacional-Flona do Jamari, em Rondônia. Suas palavras:“Tenho absoluta certeza que o exemplo, mais uma vez, mostra que o Brasil continua não sabendo gerenciar sua floresta. Estão, agora, privatizando a floresta. Não pensam no futuro. Tenho raiva da ignorância ambiental que existe nesse governo. Estou indignado”, frisou Ab’Saber. Aos 83 anos, confessou ser esta uma das “maiores tristezas” de sua vida. Ele está triste. Agora perguntem como estou que considero a medida safada, anti-nacional e uma porta aberta para se perder o controle da Amazônia. A resposta é impublicável.
Na verdade sempre fui contra a política adotada no Meio Ambiente que é surda, cega e insensível à nossa realidade. Basta verificar que, quando alguém deseja plantar alguma coisa, há toda a sorte de impedimentos que vão desde de que pode plantar e não conseguir retirar até o fato de que a burocracia e as interpretações das leis ambientais deixam qualquer empreendimento ao sabor do dirigente de plantão e, afora os custos exorbitantes de atender as leis, a preocupação existente se situa apenas na fiscalização. O resultado todo mundo vê, embora as estatísticas escondam, o desmatamento avança na medida em que o governo não pode com a iniciativa privada nem com a devastação ilegal.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao anunciar o processo de licitação de 1 milhão de hectares de florestas públicas, diz que “Todas as inverdades sobre a Lei de Gestão de Florestas Públicas estão agora sendo desconstruídas”. Não dá para levar a sério. Este tipo de concessão é somente falta de patriotismo, de visão ou até mesmo um modo de servir a interesses pouco claros. Utilizar uma medida desta como forma de “resolver” a questão da preservação é criminoso.
Na verdade é um meio de impedir o acesso dos locais (que jamais terão condições de participar contra grandes grupos externos ou cumprir a burocracia que se impõe), mas, o que jamais pensei foi que, logo, a primeira área pública a ser licitada fosse aqui, na Floresta Nacional-Flona do Jamari, em Rondônia. A unidade de conservação do Jamari tem 220 mil hectares de extensão, dos quais 90 mil hectares serão concedidos, mas, não é, como muitos pensam, uma área sem ocupação. Não importa. Importa é que nós, rondonienses, não podemos e não devemos aceitar este verdadeiro estupro de nosso território. A meu ver é hora de fazer um movimento contra esta licitação entreguista e anti-nacional. Se querem entregar algo aos estrangeiros é melhor, então começar licitando o Ministério do Meio Ambiente e uma porção de parlamentares que aprovam este tipo de lei. Se a ministra acha tão boa a medida devia começar pelo Acre.
Só há uma palavra correta para o anúncio da primeira concessão de florestas a ser feita pelo governo federal. E esta é o celebre bordão de Boris Casoy: “É uma vergonha”. Depois da queda, o coice. Depois da absolvição de Renan Calheiros desmoralizando o Senado nada pior para o país que esta entrega silenciosa e definitiva da Amazônia. O grande geógrafo Aziz Ab’Saber, presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência SBPC, brasileiro de indiscutível saber e mérito posicionou-se duramente contra o Ministério do Meio Ambiente pela licitação da primeira área pública para concessão, a Floresta Nacional-Flona do Jamari, em Rondônia. Suas palavras:“Tenho absoluta certeza que o exemplo, mais uma vez, mostra que o Brasil continua não sabendo gerenciar sua floresta. Estão, agora, privatizando a floresta. Não pensam no futuro. Tenho raiva da ignorância ambiental que existe nesse governo. Estou indignado”, frisou Ab’Saber. Aos 83 anos, confessou ser esta uma das “maiores tristezas” de sua vida. Ele está triste. Agora perguntem como estou que considero a medida safada, anti-nacional e uma porta aberta para se perder o controle da Amazônia. A resposta é impublicável.
Na verdade sempre fui contra a política adotada no Meio Ambiente que é surda, cega e insensível à nossa realidade. Basta verificar que, quando alguém deseja plantar alguma coisa, há toda a sorte de impedimentos que vão desde de que pode plantar e não conseguir retirar até o fato de que a burocracia e as interpretações das leis ambientais deixam qualquer empreendimento ao sabor do dirigente de plantão e, afora os custos exorbitantes de atender as leis, a preocupação existente se situa apenas na fiscalização. O resultado todo mundo vê, embora as estatísticas escondam, o desmatamento avança na medida em que o governo não pode com a iniciativa privada nem com a devastação ilegal.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao anunciar o processo de licitação de 1 milhão de hectares de florestas públicas, diz que “Todas as inverdades sobre a Lei de Gestão de Florestas Públicas estão agora sendo desconstruídas”. Não dá para levar a sério. Este tipo de concessão é somente falta de patriotismo, de visão ou até mesmo um modo de servir a interesses pouco claros. Utilizar uma medida desta como forma de “resolver” a questão da preservação é criminoso.
Na verdade é um meio de impedir o acesso dos locais (que jamais terão condições de participar contra grandes grupos externos ou cumprir a burocracia que se impõe), mas, o que jamais pensei foi que, logo, a primeira área pública a ser licitada fosse aqui, na Floresta Nacional-Flona do Jamari, em Rondônia. A unidade de conservação do Jamari tem 220 mil hectares de extensão, dos quais 90 mil hectares serão concedidos, mas, não é, como muitos pensam, uma área sem ocupação. Não importa. Importa é que nós, rondonienses, não podemos e não devemos aceitar este verdadeiro estupro de nosso território. A meu ver é hora de fazer um movimento contra esta licitação entreguista e anti-nacional. Se querem entregar algo aos estrangeiros é melhor, então começar licitando o Ministério do Meio Ambiente e uma porção de parlamentares que aprovam este tipo de lei. Se a ministra acha tão boa a medida devia começar pelo Acre.