Já passamos pelo pior. Começam a aparecer em todo o
mundo os sinais de que o bom senso começa a voltar. Houve um interesse mundial,
por razões não muito claras, de vender o “lockdown”, bem como no Brasil,
politizaram uma questão de saúde para fechar as atividades econômicas. Foi um
erro, todavia, não tem mais como consertar. Também não há como continuar a
manter, como se tem feito, as atividades econômicas, as atividades comerciais
paralisadas. Houve erros de políticas muito graves nesta pandemia. Sem dúvida,
fechar, como fizeram muitos países, estados, suas economias aceitando supostos “argumentos
científicos” para decretarem lockdowns foi uma grande furada, mas, não tem mais
jeito porque já destruíram as empresas, empregos e vidas sem, contudo, mudar o
curso da pandemia. A verdade é que a economia de Rondônia, a do Brasil, vai
custar a voltar aos níveis anteriores, porém, o governo federal conseguiu
suavizar um pouco com o auxílio emergencial o impacto negativo sobre os mais
pobres. Não importa, agora, também, embora fosse importante, verificar que o
lockdown induzido pela pandemia foi em si um evento que produziu "vítimas
em massa", com mortes por condições não tratadas de não-coronavírus e suicídios
provavelmente superando em muito o número as mortes pelo vírus. Somente se
presta atenção, no momento, nas mortes do covid-19 e não se calcula as mortes
silenciosas, porém, como existem 45 mil de causas não identificadas, é possível
que sejam, segundo estimam alguns médicos, o dobro do que as do coronavírus. O importante,
agora, e aqui em Rondônia estamos fazendo a lição de casa, que é estabelecer
protocolos para buscar retomar não a normalidade, que depois de tantos
problemas, como costumam dizer será um “novo normal”. Não é possível, e
esperamos que o governador Marcos Rocha esteja à altura do momento atual, que
pense grande. Que pense que, por exemplo, não se pode deixar o Porto Velho
Shopping fechado. Um shopping é um investimento muito alto e de custo de
manutenção elevado. Parado muito tempo é um desserviço a qualquer cidade e a
qualquer economia, pois, além de ser um centro de compras e de atividade
econômica também funciona, por sua beleza e glamour, como um local para levantar
o astral, para se ter prazer com os olhos. Esta compreensão já fez que, segundo
levantamento da Associação
Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), no país 238 shoppings em 123 cidades de 17 estados tenham sido reabertos. É tempo
de fazer isto também em Porto Velho e, por analogia, reabrir o comércio. Com protocolos
adequados, com publicidade e conscientização os riscos serão diminuídos. E
ficar em casa deve ser uma obrigação para os grupos de riscos e os contaminados
ou com suspeitas. Não devemos nos deixar levar pelo medo irracional. É preciso retornamos
ao normal, mesmo que seja um “novo normal”.
Ilustração: https://open.spotify.com/.