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segunda-feira, fevereiro 24, 2025

ALÉM DA SUPERFÍCIE DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS

 


Segundo o Sebrae, em 2024, no Brasil foram abertos 4.141.455 novos negócios, o que representa 9,9% de crescimento em relação ao ano anterior. Este resultado, sem uma análise, parece ser excepcional e indicar que a economia brasileira passa por um momento ímpar e que as políticas governamentais estimulam o empreendedorismo. Ledo engano. Se formos examinar atentamente o primeiro sinal que desmancha este olhar superficial é a constatação de que, nada mais, nada menos, que 2.100.000 negócios fecharam suas portas, o que representa 50,5% dos novos negócios. No setor varejista é pior ainda: para cada 10 novos negócios 6 fecharam suas portas, o que mostra que o ambiente de negócios está longe de ser favorável e em expansão. E, é preciso assinalar, que dos novos negócios 3,1 milhões foram Microempreendedores Individuais (MEIs, 74,4%) e 874,1 mil (21%), microempresas, ou seja, os novos negócios que surgem são predominantes pequenos, de uma faixa com pouco capital e alta mortalidade. Ainda mais o saldo líquido anual das empresas revela uma tendência preocupante quando examinado no atual governo Lula da Silva, pois, em 2022, foi de 778.749 empresas, caindo para 642.184 em 2023, e, em 2024, declinando para 628.554. Esta progressão, no governo atual, torna muito discutível as políticas atuais de estímulo ao comércio e ao empreendedorismo pelo resultado ser inferior ao último ano do governo Bolsonaro, principalmente levando em conta que este enfrentou uma pandemia. É difícil, portanto, defender a eficácia das políticas atuais em relação ao setor empresarial. Isto, aliás, se reflete nas queixas do empresariado que alegam que os problemas aumentaram no atual governo por conta de impostos, de alterações na legislação, aumento dos combustíveis, juros mais altos, problemas de câmbio e de inflação. Em suma: o ambiente de negócios ficou mais hostil do que era. Por conta, principalmente de uma carga tributária mais alta, de aumento da burocracia, da insegurança jurídica, que aumentou muito, embora o governo alegue que facilitou mais a abertura de empresas, efetivamente, no conjunto pioraram muito as condições estruturais para que as empresas passem da fase de abertura e sobrevivam ao longo do tempo. Pelo menos no que tange aos negócios a grande realidade que o problema não é de comunicação. Os publicitários oficiais têm se esforçado em promover fatos e números positivos, a imprensa também ajuda (e até esconde os negativos), porém a economia é uma ciência triste porque, no final, sempre o que importam são os índices, os números e, em particular, para as empresas e pessoas o impacto que sentem no bolso. É isto que separa a visão otimista que o governo tenta vender, via publicidade oficial, de quem tem ou abre um negócio e tenta sobreviver e progredir: não há um caminho onde não esbarre com o estado impondo dificuldades e ônus para os que produzem e desejam criar um negócio sustentável. Até mesmo quem mais ganha com os juros altos, o mercado financeiro, reclama do governo por sentir que o ambiente de negócios não é nada favorável para a economia real.

sexta-feira, fevereiro 14, 2025

GENTE DE OPINIÃO: UMA TRAJETÓRIA DE SUCESSO

 


De repente são 20 anos. De repente? Não, pois a história de sucesso do Gente de Opinião é uma trajetória que envolve muitas pessoas, muitas notícias, muito trabalho. Gente de Opinião, aliás, começou de uma forma singular: reuniu alguns jornalistas que participaram de um programa de TV, que teve curta duração com o mesmo nome. O que ficou alimentado por reuniões entre amigos na casa de Paulo Corrêa, redator por anos do Alto Madeira, entre outras atividades, foi a ideia muito democrática de dar voz as vozes dissonantes. Ao contrário de querer moldar a opinião das pessoas o Gente de Opinião surgiu da ideia de permitir o debate, as opiniões diferentes para que o leitor forme sua opinião. Esta base forte é o que gerou sua credibilidade e persistência. É claro que isto não seria possível sem o respeito irrestrito aos que escrevem, ou seja, o site, em momento algum, tolheu ou interferiu no que seus colunistas escrevem assim como procura divulgar as notícias sem pretender impor um ponto de vista. O ponto de vista quem deve ter é o leitor ou o colunista. Por esta posição é que conseguiu reunir em torno de si tantos e tão diversas personalidades de nossa imprensa e de nossa intelectualidade.

Nomes como os de Abnael Machado, Antônio Candido, Antônio Fonseca, Ciro Pinheiro, Carlos Henrique Angelo, Dante Fonseca, Francisco Matias, Leo Ladeia, Lucio Albuquerque, Marli Gonçalves, Orlando Jr., Osmar Silva, Paulo Saldanha, Robson Oliveira, Sandra e Samuel Castiel, Vinicius Carrilho, Silvio Santos, Viriato Moura e Yêdda Borzacov são exemplos, entre tantos outros, da diversidade, do ecletismo de temas e de opiniões que desfilaram pelo site Gente de Opinião nos seus anos de existência. Mas, há muito mais a ser dito e muito mais foi visto. Basta verificar que o canal de Youtube do site possui mais de 32 mil seguidores, afora o fato de que tem sido mantida durante todo este tempo uma parceria que assegura muito maior difusão e reconhecimento com o grupo SIC do jornalista Everton Leoni. É preciso também dizer que, além de tudo, o site tem sido um repositório de nossa história ao mante, e de tempos em tempos, recuperar palavras e fatos do passado seja por remeter a um vídeo ou notícia antiga, seja por manter a coluna de personalidades que participaram da construção do nosso Estado ou registraram suas opiniões em colunas. Neste sentido o Gente de Opinião possui um rico acervo que é fruto de um trabalho constante de acompanhar a vida e o cotidiano de nossa cidade e de nosso Estado, daí ser uma das principais fontes de pesquisa sobre a história de Rondônia. O maior legado, porém dos 20 anos do Gente de Opinião é o de informar sem fronteiras. Assim possui colunistas de todas as partes do país e abre seu espaço seja para leigos, seja para a comunidade acadêmica com a mesma generosidade e o objetivo único de informar. O que importa para o Gente de Opinião é dar informações a quem procura. É mostrar que a notícia importa e a grande protagonista de quem procura formar sua opinião. Viva os 20 anos do Gente de Opinião. Trazendo notícias e fazendo história.