O PROBLEMA É UM PROBLEMÃO
Nunca antes neste país um governo produziu tantos escândalos, fez tantas asneiras e tantas trapalhadas, mas, justiça seja feita, também nunca se usou o poder com tanto desembaraço e impunidade. Diz a Bíblia, e dizem os sábios, que tudo tem seu tempo e, talvez, a sorte de Lula da Silva seja a de que chegou ao poder num tempo (talvez somente pudesse chegar nele) onde faltam efetivas lideranças, políticos de fato que saibam e possam mobilizar a população. Ou, quem sabe, a raça tenha sido extinta com a corrupção sistêmica, o fisiologismo congênito, a falta de vergonha pública disseminada e louvada. O fato é que Lula, apesar de acumular uma cronologia de escândalos e mal-feitos, conseguiu se reeleger depois de um governo medíocre e, por conta de situações diversas, ainda posa de redentor do país. Só tem um pequeno problema: tudo em sua volta está enlameado, contaminado, exalando o odor de ruína.
É claro que o uso do poder da presidência da República esconde muita coisa. Um marketing bem-feito, como nunca faltou, articulado com a manipulação da realidade, é, como diria Goebbels que deveria dar pulos de satisfação numa situação como a brasileira, a comprovação maior da teoria de que a mentira mil vezes repetida é a maior do todas as verdades. A questão é que, debaixo da propaganda a realidade se agita, e, a maior ironia, é que se agita, justamente, por conta dos próprios detentores do poder. É que os companheiros confundem governo com partido, público com privado, ser servidor público com ser petista. Daí o imenso susto quando surgiram os primeiros sintomas da farra dos cartões corporativos. Embora sendo um comportamento geral, como comprovam o envolvimento de vários ministros, para abafar o caso sacrificaram, rapidamente, a ministra Matilde para encerrar a questão. Não encerraram na medida em que cortar, de cara, um peixe tido como grande era uma confissão de culpa. E, logo se fincou a convicção, reforçada por matérias jornalísticas, que o buraco era mais fundo. Fazia voltas e terminava no Palácio. Inventaram a questão de “segurança”. Claro que se trata da segurança do partido.
Depois, sem jeito, propuseram a CPI para transformar tudo em pizza. Deveria ser tudo divino e maravilhoso, mas o medo, a paúra era tão descomunal ( e sempre sobram aloprados) que não se contiveram e utilizaram o que sempre tem utilizado para abafar suas encrencas: a corrupção não é de hoje, vem de longe, todo mundo participa, deixa isto pra lá que também houve nos tempos de FHC. Diante da resistência não vacilaram em organizar um dossiê, um “banco de dados” que seja contra FHC. O vazamento explodiu a safadeza oculta de que, para preservar Lula da Silva e família, não tiveram o menor pudor em jogar lama no antecessor. Com tanta incompetência que, hoje, qualquer analista de meia-tigela sabe que tão desmedida reação somente pode se justificar por haver carne debaixo do angu. Como o governo está atrás de quem vazou, com certeza, outros ações alopradas virão. É só esperar. É pouca peneira para muito sol.
Nunca antes neste país um governo produziu tantos escândalos, fez tantas asneiras e tantas trapalhadas, mas, justiça seja feita, também nunca se usou o poder com tanto desembaraço e impunidade. Diz a Bíblia, e dizem os sábios, que tudo tem seu tempo e, talvez, a sorte de Lula da Silva seja a de que chegou ao poder num tempo (talvez somente pudesse chegar nele) onde faltam efetivas lideranças, políticos de fato que saibam e possam mobilizar a população. Ou, quem sabe, a raça tenha sido extinta com a corrupção sistêmica, o fisiologismo congênito, a falta de vergonha pública disseminada e louvada. O fato é que Lula, apesar de acumular uma cronologia de escândalos e mal-feitos, conseguiu se reeleger depois de um governo medíocre e, por conta de situações diversas, ainda posa de redentor do país. Só tem um pequeno problema: tudo em sua volta está enlameado, contaminado, exalando o odor de ruína.
É claro que o uso do poder da presidência da República esconde muita coisa. Um marketing bem-feito, como nunca faltou, articulado com a manipulação da realidade, é, como diria Goebbels que deveria dar pulos de satisfação numa situação como a brasileira, a comprovação maior da teoria de que a mentira mil vezes repetida é a maior do todas as verdades. A questão é que, debaixo da propaganda a realidade se agita, e, a maior ironia, é que se agita, justamente, por conta dos próprios detentores do poder. É que os companheiros confundem governo com partido, público com privado, ser servidor público com ser petista. Daí o imenso susto quando surgiram os primeiros sintomas da farra dos cartões corporativos. Embora sendo um comportamento geral, como comprovam o envolvimento de vários ministros, para abafar o caso sacrificaram, rapidamente, a ministra Matilde para encerrar a questão. Não encerraram na medida em que cortar, de cara, um peixe tido como grande era uma confissão de culpa. E, logo se fincou a convicção, reforçada por matérias jornalísticas, que o buraco era mais fundo. Fazia voltas e terminava no Palácio. Inventaram a questão de “segurança”. Claro que se trata da segurança do partido.
Depois, sem jeito, propuseram a CPI para transformar tudo em pizza. Deveria ser tudo divino e maravilhoso, mas o medo, a paúra era tão descomunal ( e sempre sobram aloprados) que não se contiveram e utilizaram o que sempre tem utilizado para abafar suas encrencas: a corrupção não é de hoje, vem de longe, todo mundo participa, deixa isto pra lá que também houve nos tempos de FHC. Diante da resistência não vacilaram em organizar um dossiê, um “banco de dados” que seja contra FHC. O vazamento explodiu a safadeza oculta de que, para preservar Lula da Silva e família, não tiveram o menor pudor em jogar lama no antecessor. Com tanta incompetência que, hoje, qualquer analista de meia-tigela sabe que tão desmedida reação somente pode se justificar por haver carne debaixo do angu. Como o governo está atrás de quem vazou, com certeza, outros ações alopradas virão. É só esperar. É pouca peneira para muito sol.
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