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segunda-feira, setembro 08, 2014

A credibilidade na internet



É de todos conhecido, ou, se não é, esta disponível nos melhores dicionários, o sentido da palavra credibilidade que origina-se do latim “credibilitas”, que tem o sentido de “o que é de acreditar, o que é de confiança” e que pode ser definido como atributo, qualidade ou característica de quem é crivel, de quem merece confiança. Falar de credibilidade é essencial num momento em que, com o descrédito geral nas instituições e, principalmente, na política, se tende a colocar todas as coisas em dúvida como se não houvesse, de fato, muitas pessoas, instituições, órgãos e até mesmo políticos que merecem que se dê um crédito, que merecem, enfim, confiança.
Embora a população brasileira, até por conta da banalização dos escândalos e pela utilização da política torpe de assassinar reputações, esteja tendendo a uma baixa credibilidade em relação a tudo, é essencial sabe discernir entre o que merece, ou não, credibilidade. E isto ganha maior importância ainda quando se vulgariza uma coisa tão importante e maravilhosa como é a internet, com a qual se tem acesso a uma miríade de informações e, aqui o perigo, de besteiras e mesmo de difamação. É fundamental se ter a capacidade de discernir entre o que é informação e o que é, simplesmente, mistificação ou tão-somente meias-verdades disfarçadas de notícia para, muitas vezes, atingir as instituições ou as pessoas. Infelizmente, muitas pessoas incapazes, pessoalmente, de matar uma mosca parecem perder o bom-senso quando entram na internet e utilizam, por exemplo, o Facebook. Sem o menor senso de responsabilidade ajudam, sem nem mesmo compreender que se podem tornar réus em processos de danos morais, certos vídeos, notícias ou juízos de valores que ou são mentiras simplesmente ou distorcem a realidade e, em grande parte, com um amadorismo e uma falta de ética que faria corar um frade de pedra.

Neste sentido é preciso ainda observar que há jornais e sites que são meros propagadores de versões que interessam aos grupos de poder ( e são por eles pagos), bem como existem internautas que recebem dinheiro, ou até mesmo por ideologia, se dedicam a atacar quem pensa diferente ou não aceita suas ideias numa visão totalitária e fascista do papel da imprensa, seja ela qual for. Há até mesmo jornais, revistas e sites que são feitos ( e vivem) de buscar problemas, seja de qual tipo for, para até mesmo achacar os envolvidos na questão. Acontece que, por mais que possam granjear, por algum tempo, audiência com o sensacionalismo acabam por acumular processos e perder a credibilidade até porque não é possível se ter credibilidade sem ter coerência e sem permitir o conflito de versões. Neste sentido, é que, sob o ponto de vista da verdade, por mais que se tente dizer que a internet é a democratização da imprensa não o é. Em geral o que circula na internet pode ter sabor de novidade e, algumas vezes, de fato, se criam algumas coisas criativas, mas, falta a quem cria sozinho o olhar do outro e, muitas vezes, o sal da divergência. Em geral a imprensa não é feita pelos donos dos órgãos, mas, por seus subordinados que tem ideias próprias e interesses que vetam determinados exageros (ou até mesmo censuram o que contrária seus interesses). Isto não acontece na internet, é verdade. Mas, por isto mesmo, a credibilidade na internet é mais complicada. Isto é ainda mais facilmente comprovável ao se verificar que, fora dos sites da grande imprensa, são poucos os que conseguem credibilidade e levam tempo para tal. A credibilidade, porém, tende a cada vez mais exercer um papel de importante de relacionamento das empresas e pessoas com o mercado. E é por isto que, alguns sites com o tempo, se consolidam pela honestidade, pela diversidade de opiniões e por um comportamento democrático que se espera de uma imprensa voltada para o bem comum e a construção de um país melhor. 

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