Acabou
o campeonato brasileiro com o Flamengo, na última rodada, se sagrando campeão.
Mereceu o título? Há os que vão dizer que não, porém, a verdade é que mereceu
sim. Não foi o Flamengo do ano passado que fez 90 pontos ficando, com muita
folga, na frente do segundo colocado porque, é forçoso dizer, não contou com
duas coisas fundamentais: 1) um elenco melhor e 2) o apoio da torcida. O que
não se conta da grande diferença em relação ao ano passado é que Jorge Jesus
teve o apoio da torcida do Flamengo no Maracanã e fora dele. E isto faz sim
muita diferença. Também saíram peças fundamentais do time Pablo Mari e Rafinha
fizeram uma falta enorme. No gol também a falta da
presença de Diego Alves, peça fundamental no ano passado, foi sentida e muitos
dos jogadores, que foram estrelas de 2019, estiveram bem abaixo do seu
potencial por problemas, entre os quais contusões. Este campeonato caiu no colo
do Flamengo num final cinematográfico. Rogério Ceni, um ícone do São Paulo,
precisava ganhar de seu time de carreira e do coração para ser campeão. E
perdeu, mas, ganhou o campeonato. Foi, de fato, um filme de final infeliz que,
contra a vontade do diretor e do roteirista, na última hora, para ter
bilheteria, o dono dos estúdios transformou num final feliz. Estava, porém,
escrito nas profecias perdidas de Nostradamus que seria assim sofrido, suado,
penoso até o último minuto. Ceni veio para o Flamengo como uma solução barata e
salvadora. E se diz que é teimoso e turrão. Deve-se dizer também que tem muita
sorte, o que é essencial para obter grandes vitórias. Ao contrário de Jesus ele
não teve como contratar ninguém. Não conseguiu fazer o que fez no Fortaleza,
por exemplo, que montou um time do seu jeito. Mas, não se pode negar, que,
apesar dos tropeços, montou um time que joga para a frente e é competitivo.
Reclamam que ele quer ensinar os jogadores a chutar, mas, desde Zico não se
sabe mais mesmo chutar direito. Ceni fez o melhor que podia com um time ao qual
faltam peças essenciais. E num campeonato muito mais difícil. Seja pela
pandemia, seja pela falta das torcidas, seja por todos os times estarem num
nível muito próximo, seja porque este campeonato não teve um time que fosse
regular. O Internacional andou perto, mas, faltava ao time de Abel o poder de
decisão que o Flamengo tem. O Flamengo teve um saldo de gols menor que o
Internacional, mas, teve um ataque mais positivo e uma vitória e uma derrota a
mais. Um ponto de diferença e se fosse igual a vitória valeria mais. Se o Inter
teve conjunto por mais tempo faltaarm gols essenciais na reta final. Quem
poderia merecer mais do que o Flamengo? Não o Atlético Mineiro, muito irregular
também, nem o São Paulo, que, em certo momento, parecia o campeão. Faltou,
porém, ao time de Diniz o que Ceni conseguiu: fazer o time atacar com uma
defesa forte. O Palmeiras, que teve quase a defesa menos vazada (37), um a
menos que o grande destaque como difícil de levar gols, o Atlético Paranaense,
também se caracterizou por uma temporada muito irregular por circunstâncias que
não cabe discutir. Há a questão do VAR muitos alegarão. Melhor dizer: vá tomar
banho. O problema é que complicaram as regras e os juízes são fracos. Erraram
para todos os lados. Mesmo assim foi um grande campeonato. E o Flamengo foi
campeão, com todos os méritos, quando derrotou o Internacional.
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