OU UMA REALIDADE EM MUTAÇÃO
Duas forças modernas praticamente desmontaram a capacidade dos trabalhadores de ter a mesma força de reivindicação do passado. A primeira delas foi a crescente utilização das máquinas nos diversos campos do fazer humano acabando com as tarefas repetitivas. Máquinas são, sem dúvida, uma solução muito mais prática, e confiável, para tarefas que exigem força, habilidade e que se repetem. A segunda foi a fragmentação da produção que, além de desterritorializar as fábricas, passou, por meio de redes, a aproveitar diversas formas antigas de trabalho como os dos free-lancers, o trabalho em casa, o trabalho parcial ou o pago por tarefa. Assim acontecem, ao mesmo tempo, duas condições que deixam órfãos populações inteiras que haviam desfrutado de certa estabilidade e poder contratual que, agora, se vêem desempregados ou obrigados a aceitar concessões ou situações precárias de emprego. Uma representada pela destruição de postos de trabalho (nas fábricas e escritórios) outra pela exigência crescente de maior escolaridade, pois o trabalho que se deseja, agora, é mental. Contra tais tendências não há como buscar abrigo no sindicato ou na lei. O sindicato porque se encontra esvaziado na medida em que o trabalhador não tem força para parar a produção e na lei na medida em que, como costume, tem que acompanhar as mudanças sob pena de penalizar toda a sociedade. Infelizmente o emprego da era industrial parece coisa do passado e, quem deseja sobreviver, tem que olhar para novas formas de criar riqueza buscando criar valor e renda.
No entanto o que se observa ainda é que mesmo as pessoas mais esclarecidas ainda pensam no presente com um olhar para o passado. Parecem, como observou certa vez Marx, pagarem, por não pensar, tributo aos mortos. É o que acontece comumente quando não compreendem que não bastam grandes projetos ou investimentos em infra-estruturas para criar desenvolvimento. Quando não compreendem que não é mais a indústria que gera empregos, mas sim o setor de serviços, a pesquisa, a tecnologia e o desenvolvimento de novos produtos. Impossível ter futuro sem conhecimento, sem educação, sem criar um ambiente que incentive o saber, a curiosidade, que crie nas pessoas o desejo de progredir, de buscar caminhos novos. Nestas condições não são pessoas que buscam empregos as que irão construir o progresso. São os empreendedores. Pessoas que desejam se arriscar, criar coisas novas, fazer seu próprio nicho. Este tipo de pessoas, porém não vicejam em ambientes burocratizados. São como flores que necessitam de ambiente propício, de um ambiente que, infelizmente, ainda não se construiu no Brasil de verdadeiro capitalismo. Um ambiente no qual o conhecimento, a criação de valor e o empreendedorismo sejam, realmente, valorizados.
Duas forças modernas praticamente desmontaram a capacidade dos trabalhadores de ter a mesma força de reivindicação do passado. A primeira delas foi a crescente utilização das máquinas nos diversos campos do fazer humano acabando com as tarefas repetitivas. Máquinas são, sem dúvida, uma solução muito mais prática, e confiável, para tarefas que exigem força, habilidade e que se repetem. A segunda foi a fragmentação da produção que, além de desterritorializar as fábricas, passou, por meio de redes, a aproveitar diversas formas antigas de trabalho como os dos free-lancers, o trabalho em casa, o trabalho parcial ou o pago por tarefa. Assim acontecem, ao mesmo tempo, duas condições que deixam órfãos populações inteiras que haviam desfrutado de certa estabilidade e poder contratual que, agora, se vêem desempregados ou obrigados a aceitar concessões ou situações precárias de emprego. Uma representada pela destruição de postos de trabalho (nas fábricas e escritórios) outra pela exigência crescente de maior escolaridade, pois o trabalho que se deseja, agora, é mental. Contra tais tendências não há como buscar abrigo no sindicato ou na lei. O sindicato porque se encontra esvaziado na medida em que o trabalhador não tem força para parar a produção e na lei na medida em que, como costume, tem que acompanhar as mudanças sob pena de penalizar toda a sociedade. Infelizmente o emprego da era industrial parece coisa do passado e, quem deseja sobreviver, tem que olhar para novas formas de criar riqueza buscando criar valor e renda.
No entanto o que se observa ainda é que mesmo as pessoas mais esclarecidas ainda pensam no presente com um olhar para o passado. Parecem, como observou certa vez Marx, pagarem, por não pensar, tributo aos mortos. É o que acontece comumente quando não compreendem que não bastam grandes projetos ou investimentos em infra-estruturas para criar desenvolvimento. Quando não compreendem que não é mais a indústria que gera empregos, mas sim o setor de serviços, a pesquisa, a tecnologia e o desenvolvimento de novos produtos. Impossível ter futuro sem conhecimento, sem educação, sem criar um ambiente que incentive o saber, a curiosidade, que crie nas pessoas o desejo de progredir, de buscar caminhos novos. Nestas condições não são pessoas que buscam empregos as que irão construir o progresso. São os empreendedores. Pessoas que desejam se arriscar, criar coisas novas, fazer seu próprio nicho. Este tipo de pessoas, porém não vicejam em ambientes burocratizados. São como flores que necessitam de ambiente propício, de um ambiente que, infelizmente, ainda não se construiu no Brasil de verdadeiro capitalismo. Um ambiente no qual o conhecimento, a criação de valor e o empreendedorismo sejam, realmente, valorizados.
Obs.: A ilustração é da notável artista sul-africana Georgia Papageorge.
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