O jornalista Chris Anderson escreveu que 99% dos CDs vendidos no mercado norte-americano não são mais prensados e o mesmo ocorre na área de vídeo onde, dos 200 mil DVDs produzidos nos EUA nos últimos cinco anos, apenas 3 mil estão disponíveis nas locadoras do país. São dados semelhantes, colhidos no livro The Long Tail (A Cauda Longa), em que Chris analisa as causas e conseqüências da queda da chamada cultura dos hits (grandes sucessos) e a extraordinária ascensão de nichos de mercado altamente segmentados e personalizados. Para ele, o mais interessante é que o crescimento dos nichos de consumo não significa a morte dos mercados de massa. Na verdade implica numa modificação do varejo convencional e numa revisão estratégica drástica dado o aumento da oferta gerada pela internet e direcionada a mercados segmentados. È fato que o caso da música é exemplar. Até a virada do século, as lojas de CD eram as únicas com espaço físico suficiente para estocar uma maior variedade de títulos e estilos musicais. Como a venda era altamente concentrada, as gravadoras se acostumaram a investir nos grandes sucessos, que eram rapidamente consumidos no varejo, evitando que as lojas acumulassem grandes estoques. Caso semelhante ocorre com os CDs que também ilustra a lógica de funcionamento do varejo quando a oferta é limitada pelos custos operacionais. Um mercado como este possui a inevitável tendência de criar grandes sucessos pela homogeneização do consumo. Em mercados assim, com o comércio eletrônico, as operações ficaram descomplicadas. Não mais se empacota, transporta e estoca CDs. As músicas agora são multiplicadas, transmitidas e reproduzidas de forma digital, com custos praticamente nulos de armazenagem e distribuição. Com isto obras mais diversificadas, voltadas para públicos menores e especializados se tornam competitivas em termos de preços e a oferta se torna infinita.
Não se tem ainda uma conseqüência final do fenômeno que está sendo estudado por especialistas num novo livro, chamado de Cauda Longa 2, na qual se defende que a soma dos mercados segmentados em determinados setores pode produzir receitas superiores às de uma rede de supermercados como a Walt-Mart. A questão é saber que ramos do varejo se adaptam melhor ao processo da Cauda Longa e qual a rentabilidade mínima para garantir a sustentabilidade de um site de comércio eletrônico. Não se trata de uma tarefa fácil nem que seja resolvida logo, mas já existem avanços neste sentido. O certo é que o fenômeno da cauda longa é uma característica dos nossos dias.
Não se tem ainda uma conseqüência final do fenômeno que está sendo estudado por especialistas num novo livro, chamado de Cauda Longa 2, na qual se defende que a soma dos mercados segmentados em determinados setores pode produzir receitas superiores às de uma rede de supermercados como a Walt-Mart. A questão é saber que ramos do varejo se adaptam melhor ao processo da Cauda Longa e qual a rentabilidade mínima para garantir a sustentabilidade de um site de comércio eletrônico. Não se trata de uma tarefa fácil nem que seja resolvida logo, mas já existem avanços neste sentido. O certo é que o fenômeno da cauda longa é uma característica dos nossos dias.
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