Embora mantenha a convicção de que Lula da Silva não tem o preparo necessário para ser presidente não comungo do desejo, nem da pretensão, de retirá-lo do poder a qualquer preço. É verdade que contesto sua eleição. Uma eleição marcada pela deslavada manipulação da imprensa, dos recursos públicos, com o decisivo crescimento do Bolsa Família, gerando os pingentes governamentais, verdadeira reedição do coronelismo oficial. Porém, se não houve, o recurso às vias legais para caracterizar o uso (e abuso) do poder econômico, não me parece lícito sua utilização agora. O que desejo deixar bem claro é que sou contra o radicalismo. Não se pode construir dividindo a nação.
No entanto, desnorteado pelas vaias consecutivas, o presidente operário tenta caracterizar quem reclama contra os escândalos de seu governo, sua inoperância, sua inação de “direitistas” ou de “golpistas” chegando ao cúmulo de, em Cuiabá, afirmar que se trata de um movimento pequeno, mesquinho e comparou a política a um casamento que não deu certo. E, numa total incoerência, comparou os manifestantes que o vaiaram aos que apoiaram o Golpe Militar de 1964. Para Lula, as pessoas que o vaiam estão incomodadas com a democracia. “Esta gente que pensa assim fez a Marcha com Deus pela Liberdade que resultou no golpe, levou João Goulart a renunciar e levou Getúlio Vargas ao suicídio”. Bem, a falta de conhecimento histórico, de capacidade de discernimento poderia inocentar o presidente, mas, há contra ele seu indiscutível conhecimento político e sua malícia que não tornam a afirmação senão um crime contra a própria Constituição na medida em que classifica como golpistas os que não aprovam seu governo. Aqui vale lembrar Ruy Barbosa que escreveu: “Odeio as combinações hipócritas do absolutismo dissimulado sob as formas democráticas e republicanas; oponho-me aos governos de seita, aos governos de facção, aos governos de ignorância; e, quando esta se traduz pela abolição geral das grandes instituições docentes, isto é, pela hostilidade radical à inteligência do país nos focos mais altos da sua cultura, a estúpida selvageria dessa fórmula administrativa impressiona-me como o bramir de um oceano de barbárie ameaçando as fronteiras de nossa nacionalidade.”
Lula da Silva é incapaz de conviver com a divergência e a elite, ou seja, com a democracia e o melhor do país, com a nata que, entre outros, inclui intelectuais, artistas, políticos, magistrados, militares, advogados, lideranças, cientistas, enfim os que pensam. Gosta mesmo é do puro aulicismo, dos pelegos que batem palmas sem pensar nem discutir. Como, os que pensam e não se venderam por trinta moedas, hoje, são contra ele, pela sua completa falta de gerência, quer caracterizar quem não concorda com seu governo como anti-povo. Não é isto. Quem está contra Lula é a vanguarda do país. São os que se mobilizam para restabelecer a confiança popular nas instituições da República. E não aceitam que, em nome do culto à personalidade, o país continue caminhando para o atraso. As vaias são uma prova de que existe vida inteligente no Brasil.
(Publicada simultaneamente no Rondonotícias (www.rondonoticias.com.br).
No entanto, desnorteado pelas vaias consecutivas, o presidente operário tenta caracterizar quem reclama contra os escândalos de seu governo, sua inoperância, sua inação de “direitistas” ou de “golpistas” chegando ao cúmulo de, em Cuiabá, afirmar que se trata de um movimento pequeno, mesquinho e comparou a política a um casamento que não deu certo. E, numa total incoerência, comparou os manifestantes que o vaiaram aos que apoiaram o Golpe Militar de 1964. Para Lula, as pessoas que o vaiam estão incomodadas com a democracia. “Esta gente que pensa assim fez a Marcha com Deus pela Liberdade que resultou no golpe, levou João Goulart a renunciar e levou Getúlio Vargas ao suicídio”. Bem, a falta de conhecimento histórico, de capacidade de discernimento poderia inocentar o presidente, mas, há contra ele seu indiscutível conhecimento político e sua malícia que não tornam a afirmação senão um crime contra a própria Constituição na medida em que classifica como golpistas os que não aprovam seu governo. Aqui vale lembrar Ruy Barbosa que escreveu: “Odeio as combinações hipócritas do absolutismo dissimulado sob as formas democráticas e republicanas; oponho-me aos governos de seita, aos governos de facção, aos governos de ignorância; e, quando esta se traduz pela abolição geral das grandes instituições docentes, isto é, pela hostilidade radical à inteligência do país nos focos mais altos da sua cultura, a estúpida selvageria dessa fórmula administrativa impressiona-me como o bramir de um oceano de barbárie ameaçando as fronteiras de nossa nacionalidade.”
Lula da Silva é incapaz de conviver com a divergência e a elite, ou seja, com a democracia e o melhor do país, com a nata que, entre outros, inclui intelectuais, artistas, políticos, magistrados, militares, advogados, lideranças, cientistas, enfim os que pensam. Gosta mesmo é do puro aulicismo, dos pelegos que batem palmas sem pensar nem discutir. Como, os que pensam e não se venderam por trinta moedas, hoje, são contra ele, pela sua completa falta de gerência, quer caracterizar quem não concorda com seu governo como anti-povo. Não é isto. Quem está contra Lula é a vanguarda do país. São os que se mobilizam para restabelecer a confiança popular nas instituições da República. E não aceitam que, em nome do culto à personalidade, o país continue caminhando para o atraso. As vaias são uma prova de que existe vida inteligente no Brasil.
(Publicada simultaneamente no Rondonotícias (www.rondonoticias.com.br).
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