A mudança é o que deve caracterizar o estado democrático. O verdadeiro democrata é aquele que, mesmo estando no poder, procura realizar a vontade do seu povo e não se eternizar no trono. Compartilho da opinião de que se não há mudança não há é mesmo política. Há a imposição de um pensamento único, de um poder único que, em geral, ignora os desejos da comunidade seja de que haja uma saúde melhor, um transporte público e uma coleta de lixo de qualidade ou, simplesmente, que não mudem o nome ou a mão de uma rua sem que a vontade da comunidade seja ouvida. Assim, por definição, entendo como o filósofo francês Comte-Sponville que a "a política é como o mar; não pára de recomeçar". Por tal razão entendo que a reeleição (que poderia até ser um instituto útil) nas condições atuais é a anti-política, uma opção que, se não for mudada, tende cada vez mais a impedir a mudança.
E quem comprova isto é a história. Basta ver que, desde que aprovada a emenda da reeleição em 1997, que permitiu que chefes dos executivos federal, estadual e municipal pudessem concorrer a um segundo mandato consecutivo, os índices de recondução somente têm aumentado. Se, nas primeiras eleições (em 2000 e 2004), mais da metade dos candidatos que concorreram à reeleição obtiveram êxito quando consideramos a última, sem contar com as disputas do 2º, os índice de prefeitos reeleitos alcançou 70%! E, como se observa, o Estado do Ceará é um exemplo, recordista da recondução de prefeitos com 75% reeleitos, quanto mais pobre mais fácil a manipulação do eleitorado. Será que a administração dos prefeitos é tão boa que de cada dez prefeitos 7 tenha sido reeleitos? Claro que não. A máquina pública neste contexto é uma arma poderosa, principalmente, depois que inventaram o clientelismo oficial dos bolsa famílias. Afora que, nunca antes neste país, existiram tantos cargos comissionados que, como se sabe não querem perder a boquinha, logo foram os primeiros a serem flagrados balançando bandeirinhas nos pit-stops, com gosto ou sem gosto. Sem contar que a intensa propaganda paga que anunciavam os maiores programas do mundo que, se analisados, seria possível verificar possuem resultados medíocres ou um pouco pior.
A grande realidade é que o eleitor ao reconduzir um prefeito, um governador ou um presidente não possuem os mínimos dados para avaliar o seu desempenho. Não se lembram quais foram as promessas do passado nem avaliam o que melhorou ou o piorou. Se há, ou não, melhorias efetivas na saúde na segurança ou na educação.Se o fizessem veriam que os altos índices de reeleição não estão associandos a boas gestões e sim a muito mais dinheiro, mais propaganda e mais clientelismo. Embora esperando que não aconteça é possível que, com a crise mundial, os prefeitos recém-eleitos tenham com comprovar uma maior capacidade para gerir os bens públicos num período de maiores dificuldades e menos recursos. Será uma prova de fogo. Por ora, o segundo turno está aí comprovando com a eleição de Kassabe, Paes e Márcio, o que pesou mesmo foi a máquina pública.
Ilustração: www.rdnews.com.br
E quem comprova isto é a história. Basta ver que, desde que aprovada a emenda da reeleição em 1997, que permitiu que chefes dos executivos federal, estadual e municipal pudessem concorrer a um segundo mandato consecutivo, os índices de recondução somente têm aumentado. Se, nas primeiras eleições (em 2000 e 2004), mais da metade dos candidatos que concorreram à reeleição obtiveram êxito quando consideramos a última, sem contar com as disputas do 2º, os índice de prefeitos reeleitos alcançou 70%! E, como se observa, o Estado do Ceará é um exemplo, recordista da recondução de prefeitos com 75% reeleitos, quanto mais pobre mais fácil a manipulação do eleitorado. Será que a administração dos prefeitos é tão boa que de cada dez prefeitos 7 tenha sido reeleitos? Claro que não. A máquina pública neste contexto é uma arma poderosa, principalmente, depois que inventaram o clientelismo oficial dos bolsa famílias. Afora que, nunca antes neste país, existiram tantos cargos comissionados que, como se sabe não querem perder a boquinha, logo foram os primeiros a serem flagrados balançando bandeirinhas nos pit-stops, com gosto ou sem gosto. Sem contar que a intensa propaganda paga que anunciavam os maiores programas do mundo que, se analisados, seria possível verificar possuem resultados medíocres ou um pouco pior.
A grande realidade é que o eleitor ao reconduzir um prefeito, um governador ou um presidente não possuem os mínimos dados para avaliar o seu desempenho. Não se lembram quais foram as promessas do passado nem avaliam o que melhorou ou o piorou. Se há, ou não, melhorias efetivas na saúde na segurança ou na educação.Se o fizessem veriam que os altos índices de reeleição não estão associandos a boas gestões e sim a muito mais dinheiro, mais propaganda e mais clientelismo. Embora esperando que não aconteça é possível que, com a crise mundial, os prefeitos recém-eleitos tenham com comprovar uma maior capacidade para gerir os bens públicos num período de maiores dificuldades e menos recursos. Será uma prova de fogo. Por ora, o segundo turno está aí comprovando com a eleição de Kassabe, Paes e Márcio, o que pesou mesmo foi a máquina pública.
Ilustração: www.rdnews.com.br