AS NUANCES DA CRISE
A crise norte-americana, com a necessidade de um pacote de socorro aos bancos, cria uma polêmica que assalta, muitas vezes, quem não entende o funcionamento do sistema financeiro, que é o da aparência de que, ao socorrer os bancos, se está, de fato, salvando os responsáveis pelo problema. Isto se refletiu no Congresso da maior potência política e econômica do planeta que se viu cercado de forças divergentes. De um lado, pela necessidade de se dar sobrevida ao sistema financeiro do país, cuja falência teria conseqüências graves o mundo. De outro, pelo desgaste político de se injetar dinheiro do contribuinte em bancos que sucumbiram à própria indisciplina e, com o agravante de ser próximo a uma eleição presidencial. O fato é que, se não houvesse o socorro, as coisas tenderiam a piorar muito. O socorro não é, como sabem os especialistas, aos banqueiros e sim ao sistema. O que se salva é, na verdade, o dinheiro das pessoas e não dos banqueiros, como costuma se pensar.
A crise também põe a nu o fato de que a economia mundial é refém da política norte-americana. Ao contrário do que propalam não há um esfacelamento do poderio norte-americano e sim sua efetiva reafirmação. Se a Europa já sente na pele os problemas nem mesmo a China, a propalada nova potência hegemônica, escapa da esfera de poder dos EUA e, caso a crise se agrave, seus efeitos também se farão sentir rapidamente por lá. Afinal, é preciso lembrar que grande parte do crescimento chinês se deve aos capitais norte-americanos e à importação, com os enormes déficits no comércio entre China/EUA. O crescimento, e o capitalismo chinês, são, no fundo, um arranjo geopolítico norte-americano que, assim, conseguiu isolar a China da Rússia e ter um controle sobre a potência chinesa via relações comerciais. Logo é infantil se pensar que os Estados Unidos deixaram de comandar o mundo e o que lá acontece não tem reflexos em países periféricos, como o Brasil. Até Lula da Silva que não entende nada de economia, mas, não é bobo em política, voltou atrás no que dizia para não amargar um revés previsível se as coisas piorarem.
A questão é: vão piorar? A resposta é quem sabe? É evidente que a crise mal começou, porém, não se sabe sua extensão. Só se sabe que levará um tempo para se acalmar. Um, dois, cinco anos? Difícil dizer. Uma constatação, no entanto, é que será menos profunda do que pintam, porém, tende a ser mais longa. Tudo depende. Infelizmente, ao contrário do que gostaríamos, economia não é uma ciência exata e, o que é pior, depende muito dos homens, suas ações e expectativas.
A crise norte-americana, com a necessidade de um pacote de socorro aos bancos, cria uma polêmica que assalta, muitas vezes, quem não entende o funcionamento do sistema financeiro, que é o da aparência de que, ao socorrer os bancos, se está, de fato, salvando os responsáveis pelo problema. Isto se refletiu no Congresso da maior potência política e econômica do planeta que se viu cercado de forças divergentes. De um lado, pela necessidade de se dar sobrevida ao sistema financeiro do país, cuja falência teria conseqüências graves o mundo. De outro, pelo desgaste político de se injetar dinheiro do contribuinte em bancos que sucumbiram à própria indisciplina e, com o agravante de ser próximo a uma eleição presidencial. O fato é que, se não houvesse o socorro, as coisas tenderiam a piorar muito. O socorro não é, como sabem os especialistas, aos banqueiros e sim ao sistema. O que se salva é, na verdade, o dinheiro das pessoas e não dos banqueiros, como costuma se pensar.
A crise também põe a nu o fato de que a economia mundial é refém da política norte-americana. Ao contrário do que propalam não há um esfacelamento do poderio norte-americano e sim sua efetiva reafirmação. Se a Europa já sente na pele os problemas nem mesmo a China, a propalada nova potência hegemônica, escapa da esfera de poder dos EUA e, caso a crise se agrave, seus efeitos também se farão sentir rapidamente por lá. Afinal, é preciso lembrar que grande parte do crescimento chinês se deve aos capitais norte-americanos e à importação, com os enormes déficits no comércio entre China/EUA. O crescimento, e o capitalismo chinês, são, no fundo, um arranjo geopolítico norte-americano que, assim, conseguiu isolar a China da Rússia e ter um controle sobre a potência chinesa via relações comerciais. Logo é infantil se pensar que os Estados Unidos deixaram de comandar o mundo e o que lá acontece não tem reflexos em países periféricos, como o Brasil. Até Lula da Silva que não entende nada de economia, mas, não é bobo em política, voltou atrás no que dizia para não amargar um revés previsível se as coisas piorarem.
A questão é: vão piorar? A resposta é quem sabe? É evidente que a crise mal começou, porém, não se sabe sua extensão. Só se sabe que levará um tempo para se acalmar. Um, dois, cinco anos? Difícil dizer. Uma constatação, no entanto, é que será menos profunda do que pintam, porém, tende a ser mais longa. Tudo depende. Infelizmente, ao contrário do que gostaríamos, economia não é uma ciência exata e, o que é pior, depende muito dos homens, suas ações e expectativas.
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