Parece, apesar dos
resultados pífios da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20 que o bom senso e o pensamento, de fato, científico
voltaram a imperar, apesar do desagrado dos radicais "verdes" com o
documento final da conferência. Em especial saí bastante abalado um dos
principais pilares da estratégia ambientalista, que é o enfoque alarmista sobre
as mudanças climáticas, em especial o sensacionalismo sobre o aquecimento
global e os efeitos do carbono sobre a atmosfera.
Sobressaíram-se, e a
falta de contestação demonstra a incapacidade de defender o contrário, as
posições contestatórias da visão prevalecente sobre a suposta responsabilidade
das ações humanas nas mudanças climáticas das últimas décadas. Na mídia, em
especial na Rede Globo de Televisão, as notícias sobre temas climáticos eram,
invariavelmente, comentadas por um pequeno grupo de cientistas e especialistas
ligados ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e
defensores da agenda do aquecimento global antropogênico (AGA). No entanto, a
situação começou a mudar no dia 3 de maio último, com a entrevista do
climatologista Ricardo Augusto Felício, do Departamento de Geografia da
Universidade de São Paulo (USP), no programa do Jô Soares, que despertou um
grande interesse nas posições contestatórias ao cenário
"aquecimentista", tendo Felício passado a ser solicitado para
diversas entrevistas e palestras. Logo depois um grupo de cientistas brasileiros fez uma
carta aberta à presidente Dilma Rousseff, denominada de "Mudanças
climáticas: hora de se recobrar o bom senso", enfatizando a inexistência
de evidências físicas da influência humana no clima global, bem como sugerindo
uma mudança de rumo nas políticas relativas ao tema. Entre os 18 signatários da
carta estavam o próprio Felício, o geólogo Kenitiro Suguio, professor emérito
da Universidade de São Paulo (USP), os físicos Luiz Carlos Molion, da
Universidade Federal de Alagoas, e Fernando de Mello Gomide, professor titular
aposentado do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), o geólogo Geraldo
Luís Lino, do conselho editorial do Alerta Científico e Ambiental, entre outros, e a carta recebeu os
endossos de várias federações da agricultura e pecuária dos estados e ganhou
tradução, em espanhol, da Fundación Argentina de Ecología Científica (FAEC),
organização que se destaca por denunciar os excessos ambientalistas. No Canal
Livre da Rede Bandeirantes também o físico Luiz Carlos Molion demonstrou, com
excepcional brilho, que a tese de aquecimento antropogênico não se sustenta
depois da mesma rede já ter exibido uma série de reportagens sobre a
contestação ao alarmismo climático, que foi exibida no Jornal da Band,
com o sugestivo título "Aquecimento global: uma dúvida conveniente",
inspirado no documentário protagonizado pelo ex-vice-presidente estadunidense
Al Gore. Porém, nada foi tão contundente quanto o climatologista estadunidense
Richard Lindzen, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), ter tido
uma entrevista de página inteira, no caderno especial sobre a Rio+20, usando
como chamada uma afirmativa do cientista de que "O movimento ambiental é
imoral". Na entrevista, Lindzen critica duramente a agenda ambientalista e
desqualifica vários dos argumentos habituais do movimento, ao qual acusa de
pretender impedir o crescimento populacional e o desenvolvimento dos países
pobres. A sua conclusão é contundente: "Precisamos esquecer o clima e nos
focar nos problemas reais da Humanidade, como eliminar a malária ou garantir o
acesso de todos à água limpa. Tudo isso custaria muito pouco e pode ter um
grande efeito na qualidade de vida das pessoas. Combater as mudanças climáticas
está tirando recursos que seriam mais bem usados em outras questões mais importantes."
É a pura realidade. O radicalismo verde não ajuda em nada. Só atrapalha.
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