O PT ao completar 35
anos de história conseguiu um feito inédito, nas palavras de seu guia, como “nunca
antes neste país”, partido algum teve. A associação imediata que se faz com o
nome do partido: corrupção. A grande contradição é a
de que foi um partido que construiu sua reputação brandindo a bandeira da
ética, com ferozes ataques aos adversários contra a corrupção! O Lula e seu partido
que, agora, são acusados de patrocinar os dois maiores escândalos que o país já
assistiu- o “Mensalão” e o “Petrolão” não podia ver, antes, qualquer sinal, de qualquer
vírgula errada, sem apontar o dedo, e indignado, gritar contra o assalto aos
cofres públicos. No entanto, hoje, diante dos esquemas muito maiores de
corrupção fecha os olhos e até indulta e bate palmas para os acusados.
Longe estão
os tempos onde Lula acusava Collor, Sarney, Maluf e Quércia de ladrões e o
Congresso de ter “300 picaretas”. Hoje, abraça a todos desde que façam o que
lhes pede, e o próprio Maluf, numa sincera “mea culpa”, disse que o PT entende
muito mais da área do que ele e, perto do que o partido faz, disse se
considerar um “trombadinha”. E o partido não vê nada demais no assalto
organizado da Petrobras quando, em cima de um simples Fiat Elba, demonizou
Collor e o arrastou ladeira abaixo do Planalto. Depois iria tentar o mesmo
contra FHC sem sucesso. Infelizmente, a grande realidade atual é que pensar em
PT é pensar em corrupção, seja isto uma realidade do partido ou não. Não há
como fugir de que a corrupção sob as asas do governo petista assusta pela
quantidade e qualidade. E, se antes, ainda podia se alegar que “tirou 30
milhões da pobreza”, hoje, se desconfia, de que seus militantes é que saíram da
pobreza e os índices foram apenas manipulados para vender a propaganda eleitoral.
Os pobres continuam aí e, pasmem, de um forma crescente vivendo nas ruas,
pedindo esmolas e, o que é pior, principalmente os jovens, sem bons empregos,
sem perspectivas, assaltando e matando.
Claro que a
corrupção não é monopólio do PT. Mas, o agravante é que a corrupção petista assusta
também porque nenhum escândalo atingiu figuras tão próximas dos mandantes, nem
envolveu figuras tão relevantes de qualquer partido, como são, por exemplo, Dirceu,
Palocci e outros tantos do núcleo de poder. Sem contar os “malfeitos” que
permanecem sem apuração ou foram jogados para debaixo do tapete. E o agravante
maior é o de que, em grande parte, a corrupção petista não foi feita para
enriquecer os bolsos dos políticos nem dos empresários. Não. Foi feita por meio
de um plano para se comprar o Legislativo, manietar o Judiciário e ter decisões
partindo do Executivo que favoreciam a manutenção do poder. Assim, não há como
Dilma, por exemplo, não responder pelo que foi feito, de vez que era
beneficiária dos recursos usados para se impor aos outros poderes e impor uma
pauta política. Fizeram assim da oposição meros fantoches, centralizando o
poder e impondo o que desejavam enquanto gastavam milhões fazendo publicidade
positiva de um governo que não avançava em nada. O Brasil se tornou um país
pouco competitivo e voltou a ser agrário-exportador. Não adianta, hoje, quando
colhe os frutos de seus erros, apelar para o “todo mundo faz isto” ou culpar o
mensageiro (a “mídia”, sempre acusada de ser a verdadeira oposição) ou vender a
versão fantasiosa de que estão querendo criminalizar o PT ou ganhar no “terceiro
turno”. É só olhar o que Dilma dizia na campanha eleitoral e comparar com o que
faz depois de eleita. É a tempestade que carrega quem semeou os ventos. Nada
mais impactante para refletir a decadência e a imagem do partido de que a “piada”
que circulou amplamente na internet e fora dela que não houve festa do
aniversário do partido porque roubaram o bolo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário