São inúmeros os exemplos,
mas, não há um mais evidente do que a promessa feita, num encontro com
empresários em Campinas, há um ano, em que a presidente Dilma Rousseff (PT),
então candidata à reeleição, prometeu que não mexeria nos direitos trabalhistas
afirmando, taxativamente, com uma frase
de efeito: “Nem que a vaca tussa”. Nem precisou terminar o ano, porém, anunciou
um pacote de ajustes nas regras para acesso a abono salarial,
seguro-desemprego, seguro-desemprego do pescador artesanal, pensão por morte e
auxílio-doença. Esta foi apenas uma, das muitas práticas da presidente, depois
da reeleição que destoam do que foi
prometido na campanha. Há, porém, muito mais, todo um “pacote de maldades” da
presidente, que incluem o veto ao reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de
Renda. Se a lei tivesse sido aprovada, pessoas que ganham até R$ 1.903,98 não
precisariam prestar contas ao Leão. Atualmente, o teto de isenção é de R$
1.787,77. Se mais fosse preciso, para mostrar que não entregou o que prometeu,
basta lembrar que, num encontro com taxistas em São Paulo, a presidente
prometeu que não haveria “tarifaço”. Ninguém de sã consciência tem como defendê-la,
quando adotou medidas como a da elevação de R$ 0,22 na gasolina, R$ 0,15 no
álcool. O Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), incidente sobre o crédito
para a pessoa física, dobrou: passou de 1,5% ao ano para 3%. Importar ficou
mais caro. Por meio da elevação de 9,25% para 11,75% do PIS/Cofins sobre os
produtos oriundos dos outros países. Por fim, o Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) na cadeia produtiva de cosméticos foi padronizado,
equiparando a incidência do imposto no atacadista a na indústria. As bebidas
também foram afetadas. E, agora, ainda
falam em aumentar o imposto de renda para 35%.
Agora, também a imprensa
dá conta que a presidente nem sequer conversou com Michel Temer, o vice,
durante o desfile de 7 de setembro. Estiveram juntos fisicamente, mas, tão
distantes quanto o sol da lua. Afirmam que teria sido por causa de Temer ter
dito que Dilma não se sustenta até o fim do seu mandato com 7% de aprovação. Não
é a questão dos números. É, principalmente, que, como o próprio vice-presidente
afirmou, é preciso se ter uma forma de criar um entendimento nacional e este,
por mais que se negue, precisa do mínimo de credibilidade, de se ser confiável.
A maior prova de que Dilma perdeu esta capacidade é o fato de que até mesmo
quem lhe apoia, como o empresário Abílio Diniz, recomenda que outros
personagens, inclusive hoje, de pijamas, como FHC e Lula se reúnam com Temer
para achar uma solução. Solução haverá, por bem ou por mal, mas, enquanto não
se tiver confiabilidade será impossível sair do atoleiro econômico em que
estamos. E aumentar impostos e juros é só aumenta a agonia. O governo precisa
fazer o seu dever de casa e não apenas repassar as contas para a sociedade.
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