A MÍDIA SEM MÁSCARA
Ninguém desconhece que a imprensa é um ator fundamental na construção das relações sociais e produtivas do mundo contemporâneo. Se não produz a realidade, no entanto aparece na produção dos sentidos, na seleção e hierarquização, ou seja, na análise dos fatos e processos. Afinal não só fatos relevantes privados, mas os fatos, factóides, intrigas e ações de governo passam pela mídia. A mídia atribui sentidos, influencia no processo de análise, na valoração ou esquecimento de situações e, muitas vezes, “resumos” ou “sínteses” são processos repetitivos que ajudam a fazer com que algumas idéias sejam aceitas, ou não. É pela exposição que pessoas, vozes, projetos e fatos são valorizados ou não.
Não é supervalorizar a mídia. A mídia não produz a política nem pauta sua ação, porém, pode pautar, influenciar, moldar e, cada vez mais como espetáculo, transformar o valor de fatos, movimentossociais e políticos. A verdade é que, com a política,a mídia se não constrói a realidade se utiliza dela para produzir sentidos, moldar comportamentos, produzir consenso ou dissenso. De certa forma a mídia é uma intervenção cuja eficácia depende de condições para a sua produção, mas seu discurso influi no discurso social de forma relevante. Isto é visível na lógica do mito político que se criou em torno de Lula da Silva, um operário que sempre se utilizou de estruturas sindicais ou políticas para alcançar o poder e que fazia o discurso de não participar de tal “cultura política” dizendo-se sua antítese, e que, agora, revestido do poder pretende explicitamente fazer uma nova era, a “era Lula” que tudo transforma em espetáculo para que não se faça uma análise séria de suas mudanças de discurso, do apagamento de suas posições anteriores, do ocultamento das pegadas deixadas na escadaria rumo ao alto do poder.
Há, desde que Duda Mendonça assumiu a campanha de Lula na sua primeira eleição, uma preocupação permanente em domar a mídia, em sujeitá-la, fazer com que se esqueça da análise política e se atenha apenas ao espetáculo sem mostrar, demonstrar que por trás do imaginário de credibilidade que lhe tentam impingir como um ser limpo no meio de toda a porcaria exposta, há, efetivamente, uma simplificação midíatica defendida arduamente por um esquema de isolamento de Lula que jamais é contestado nem se expõe (às inevitáveis vaias que o cercam) para manter a encenação de um líder popular. Mas, popular para quem? Para os que vivem em seu redor, militantes ou famintos, alimentados por bolsa esmolas.
O “lulismo” se torna um fenômeno monumental não por qualquer feito digno de nota. Nem mesmo mudou nada em relação ao receituário do FMI e das agências de desenvolvimento. Fora o Bolsa Família seu grande feito é o de montar operações policiais gigantescas contra o passado,ou periferias do poder, enquanto no centro a crescente corrupção e a crise política se agravam e apontam, pelo aumento da violência e do descontrole social, para um futuro muito mais difícil. O governo que não permite oposição, desqualifica os opositores, e aplaudido pelos interesses econômicos nacionais e internacionais, mostra uma face totalitária quando não aceita negociar com os trabalhadores ou, derrotado no Congresso, impõe impostos, medidas e agendas governando por medidas provisórias. E a mídia que, antes era tão combativa, é a grande ausente (e a grande beneficiada) que escondeu quem Lula era e, agora, esconde sua incapacidade de governar camuflada pelo espetáculo de viagens e discursos que se repetem sem substância e sem ação. Em momento algum a mídia explica que o “lulismo” é, na verdade, o populismo como farsa.
Ninguém desconhece que a imprensa é um ator fundamental na construção das relações sociais e produtivas do mundo contemporâneo. Se não produz a realidade, no entanto aparece na produção dos sentidos, na seleção e hierarquização, ou seja, na análise dos fatos e processos. Afinal não só fatos relevantes privados, mas os fatos, factóides, intrigas e ações de governo passam pela mídia. A mídia atribui sentidos, influencia no processo de análise, na valoração ou esquecimento de situações e, muitas vezes, “resumos” ou “sínteses” são processos repetitivos que ajudam a fazer com que algumas idéias sejam aceitas, ou não. É pela exposição que pessoas, vozes, projetos e fatos são valorizados ou não.
Não é supervalorizar a mídia. A mídia não produz a política nem pauta sua ação, porém, pode pautar, influenciar, moldar e, cada vez mais como espetáculo, transformar o valor de fatos, movimentossociais e políticos. A verdade é que, com a política,a mídia se não constrói a realidade se utiliza dela para produzir sentidos, moldar comportamentos, produzir consenso ou dissenso. De certa forma a mídia é uma intervenção cuja eficácia depende de condições para a sua produção, mas seu discurso influi no discurso social de forma relevante. Isto é visível na lógica do mito político que se criou em torno de Lula da Silva, um operário que sempre se utilizou de estruturas sindicais ou políticas para alcançar o poder e que fazia o discurso de não participar de tal “cultura política” dizendo-se sua antítese, e que, agora, revestido do poder pretende explicitamente fazer uma nova era, a “era Lula” que tudo transforma em espetáculo para que não se faça uma análise séria de suas mudanças de discurso, do apagamento de suas posições anteriores, do ocultamento das pegadas deixadas na escadaria rumo ao alto do poder.
Há, desde que Duda Mendonça assumiu a campanha de Lula na sua primeira eleição, uma preocupação permanente em domar a mídia, em sujeitá-la, fazer com que se esqueça da análise política e se atenha apenas ao espetáculo sem mostrar, demonstrar que por trás do imaginário de credibilidade que lhe tentam impingir como um ser limpo no meio de toda a porcaria exposta, há, efetivamente, uma simplificação midíatica defendida arduamente por um esquema de isolamento de Lula que jamais é contestado nem se expõe (às inevitáveis vaias que o cercam) para manter a encenação de um líder popular. Mas, popular para quem? Para os que vivem em seu redor, militantes ou famintos, alimentados por bolsa esmolas.
O “lulismo” se torna um fenômeno monumental não por qualquer feito digno de nota. Nem mesmo mudou nada em relação ao receituário do FMI e das agências de desenvolvimento. Fora o Bolsa Família seu grande feito é o de montar operações policiais gigantescas contra o passado,ou periferias do poder, enquanto no centro a crescente corrupção e a crise política se agravam e apontam, pelo aumento da violência e do descontrole social, para um futuro muito mais difícil. O governo que não permite oposição, desqualifica os opositores, e aplaudido pelos interesses econômicos nacionais e internacionais, mostra uma face totalitária quando não aceita negociar com os trabalhadores ou, derrotado no Congresso, impõe impostos, medidas e agendas governando por medidas provisórias. E a mídia que, antes era tão combativa, é a grande ausente (e a grande beneficiada) que escondeu quem Lula era e, agora, esconde sua incapacidade de governar camuflada pelo espetáculo de viagens e discursos que se repetem sem substância e sem ação. Em momento algum a mídia explica que o “lulismo” é, na verdade, o populismo como farsa.
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