Queiram,
ou não, os despeitados, porém a grande verdade é que Neymar Júnior é, no
momento, o maior jogador de futebol em atividade. Não que possamos desconhecer
a história de Messi ou de Cristiano Ronaldo, duas grandes lendas do futebol
moderno, ou a qualidade de um Lewandowsky, de um Benzema ou de um Mbappé. Sim,
todos são grandes nomes dos campos de futebol. No entanto, ninguém consegue ter
o apelo emocional, a presença mundial e as atenções que Neymar desperta. Isto
para o bem ou para o mal. Assim como o criticaram por ter ido para o PSG,
agora, também o criticam por ir para o Al-Hilal. Até dizem que, como vai para
um campeonato com menos apelo visual do que a Champions League, tende a
encerrar sua carreira como jogador de alta intensidade. Isto é uma bobagem sem
tamanho. A grande, a enorme realidade é que o futebol está equalizado em todo
mundo. Num nível mais alto físico e de menor qualidade-é verdade-mas é assim.
Basta ver que os clubes árabes, ultimamente, tem enfrentado os grandes clubes
europeus de igual para igual. Basta ver, por exemplo, que o Olimpia faz três
gols e desclassifica o Flamengo; que um clube como Deportivo Pereira ganhou do
Boca Juniors, despachou o Independente Del Valle e está entre os oito maiores
da Libertadores da América. Aqui mesmo, é preciso ver, que o América Mineiro,
que está em último lugar no campeonato brasileiro, é um time muito difícil de
ser batido, o que mostra o equilíbrio do Brasileirão, e, pasmem, está entre os
oito classificados na Sul Americana e não será muito espantoso se chegar na
semifinal ganhando do Fortaleza. Voltando a Neymar. A verdade é que sua ida
para o PSG foi um passo arriscado. E ele foi protagonista no time francês. Pode
ser que haja alguns erros seus, mas os acertos foram maiores. E, convenhamos, o
campeonato francês é um dos mais pesados que existe, daí também as lesões que o
acompanharam. A meu ver não teve sorte. Mas, o time também não ajudava pelas
mudanças e o ajuntamento de jogadores. Até teve entrosamento, em alguns
momentos, todavia nunca foi, de fato, uma grande equipe, mesmo agrupando
jogadores de qualidade como o trio Messi, Neymar e Mbappé. O ambiente também
nunca ajudou. Como não se valorizar ter um jogador como Messi, como Neymar no
seu time? Como hostilizar estrelas deste tamanho? A verdade é que Neymar saiu
por falta de opção, por não se sentir feliz em jogar lá. E ir para o Al-Hilal
nas atuais circunstâncias é sim um gol de placa. Em primeiro lugar pela fortuna
que irá auferir e, em segundo lugar, por potencializar as luzes que se jogam
sobre o futebol árabe. Hoje, com nomes como os de Cristiano Ronaldo, Benzema,
Kanté e tantos outros que poderiam ser citados é um futebol ascendente sim.
Assim como Messi valoriza o futebol norte-americano também Neymar valoriza o
futebol árabe. Ambos, como Cristiano Ronaldo, fazem história, uma nova
história. E tornam o futebol o maior esporte mundial mais globalizado do que
nunca. A verdade é que muitas pessoas no mundo, agora, comprarão a camisa do
Al-Hilal e desejarão assistir seus jogos por causa de Neymar. Não é pouca
coisa. E quando se paga o que se pagou para ele é porque, com certeza, o
retorno vale a pena.
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