Uma
das coisas que, posso até não ter conseguido, mas, sempre tentei e continuo
tentando é pensar, pensar por meus próprios parâmetros. Apesar de que as
pessoas pensem que se trata de uma tarefa fácil não é. Tanto que me espanto com
a quantidade de pessoas que, mesmo apresentando um vasto tempo de leitura, e
até mesmo ostentando prestígio intelectual, são incapazes de escapar das
prisões de uma ideologia. Em certos momentos, em que vejo como se expandiu a
capacidade de reproduzir chavões, até tenho a impressão de que as pessoas
perderam a capacidade de pensar, de raciocinar. É impressionante a quantidade
de repetidores de ideias alheias, meros militantes de pensadores mortos e,
pior, muitas vezes, se utilizando de uma repetição vazia, o que chamamos de
vulgar mesmo.
A
safra, por exemplo, são das pessoas de direitas, que pensam que são esquerdas,
que, sem a menor capacidade de distinguir alho de bugalho, defendem, por exemplo,
a aceitação fanática de ideias alheias a favor de bandeiras de justiça social,
de defesa dos pobres, dos fracos e oprimidos. São os que louvam Cuba, por
exemplo, e gozando das prerrogativas, ainda que boas, do nosso parco
capitalismo, xingam, freneticamente, os outros de burgueses, coxinhas e outros
adjetivos menos carinhosos ao defender o indefensável governo Dilma. São os
grandes detentores da verdade, que continuam certos contra todas as evidências.
São os mesmos que, antes, não viam problemas em Sarney, Renan, Jucá, Raupp
& quejandos e, agora, os condenam veemente apenas porque estão a favor do “golpe”.
Que golpe? O que as ruas, a população pedia? Um golpe, realmente, muito
estranho.
É
impressionante que, na era digital, de ondas contínuas de informações, ideias,
e plataformas democráticas, com tantas informações, o fanatismo faça com que
alguns acreditem que é a Rede Globo, a Veja e o Estadão que fazem a cabeça das
pessoas. E, me causa mais espanto ainda, por ver que não são populares, como
comumente se diz, mas, professores,
mestres e doutores, que não conseguem enxergar por cima dos muros e grades das
universidades. E se olham, não conseguem ver a realidade, envoltos no que
pensam ser a salvação da humanidade, a ideologia marxista, socialista.
Ideologia que só apresenta uma solução que é a de pegar em armas e lutar
por suas ideias. Mas, para quê? Para implantar
as ditaduras que já se mostraram sem futuro, como da extinta URSS ou de Cuba,
em gradativa ( e longa) extinção.
O
que é estranho, mais ainda, é que são os mesmos que criticam os xiitas por sua
ignorância e seu fanatismo. São pessoas de ideias fixas que, desfrutando dos
bens e prazeres que o capitalismo proporcionou, bradam contra os empresários,
gananciosos, que “nada fazem de bom para a sociedade” esquecidos, porém, que
são eles que produzem, que criam bens e serviços. Volto a dizer que não há
futuro com sociedades dirigidas por governos totalitários. Que revoluções
cubanas, russas, nazistas, fascistas são todas muito parecidas e somente
satisfazem o desejo de alguns pelo poder. Não há verdades supremas nem
incontestáveis e, se desejamos uma sociedade melhor, temos que aprender, em
primeiro lugar, a deixar o fanatismo e o radicalismo de lado. Por causa deles,
por causa de ideias que, supostamente, fariam o paraíso na terra, já morreram
milhões. Por isto, se é verdade que o governo Temer é uma porcaria, ainda é
mais puro que o governo passado. Já é uma depuração dele. Precisamos avançar. E
só avançaremos com estabilidade e paz social. Sem superar o passado recente,
sem sepultar, de vez, o governo passado, não avançaremos. Precisamos fazer isto
nem que depois, se for o caso, também sepultemos o governo presente e interino.
Toda economia somente melhora quando se tem estabilidade e perspectivas. Sem um
governo permanente continuamos reféns dos ideólogos sem cabeça e da crise.
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