O ufanismo sem conteúdo
No ano passado, segundo os dados do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados-CAGED, o Brasil admitiu 14,3 milhões de pessoas e demitiu 12,7 milhões, ou seja, teria criado 1,6 milhões de empregos. Este ano, nos 5 primeiros meses, já teria criado, segundo as informações auto-elogiosas do governo, 1.051.946 novos empregos e, se prevê que, até o final do ano, serão criados 1,8 milhões de empregos. É muito ou pouco? De qualquer forma, quando se analisa com seriedade é pouco. A principal razão para concluir isto é que os especialistas em mercado de trabalho calculam, de forma otimista, que, no mínimo, o mercado informal representa 55% dos trabalhadores, mas há quem diga a proporção é de 60%, ou seja, o País tem sua massa trabalhadora essencialmente no setor informal, apesar de ser forte também o contingente de subempregados.
Quem acessa a página do IBGE (http://www.ibge.gov.br/home/) encontra, em relação à população, um poplock que estima a população do país em 187.093.250 pessoas. No Site, no entanto, por mais que se procure não se encontra, de forma alguma, a População Econômicamente Ativa-PEA, ou seja, as pessoas entre 16 e 65 anos que podem trabalhar ou procuram trabalho. O dado mais novo que se encontra é de 2004. A falta de estimativas oficiais e oficiosas sobre o mercado-de-trabalho brasileiro, esta ausência de dados é inexplicável e dificulta uma análise da questão do emprego. Assim o governo divulga que há 30 milhões de trabalhadores formais, logo somente 16% da população está no mercado formal. Não se sabe qual é o tamanho da PEA? Qual sua taxa de crescimento anual? Quantos trabalhadores em idade ativa estão fora do mercado-de-trabalho, ou seja, os desempregados? Qual é a taxa de rotatividade média do mercado-de-trabalho? Qual deveria ser a taxa de crescimento da oferta de vagas formais para acabar, num prazo médio, com o desemprego na economia brasileira? O que se deduz da falta de tais dados é que não se pode entender melhor, por exemplo, o que significa uma taxa de desemprego aberto de 9% ou qual o impacto real da criação das supostas 1,8 milhões de novas vagas este ano. Em suma, o que fica explícito é que sempre se pode esperar que o número de novos empregos cresçam com o passar dos anos, porém, não se sabe, de fato, sem estatísticas boas, qual o impacto disto ou se explicar, apesar da taxa de jovens que entram no mercado a cada ano, por que razão mesmo diminuindo o desemprego entre eles se acentua. Comemorar, como se comemora, o crescimento do número de empregos, sem uma análise melhor, não passa de pura jogada de marketing.
No ano passado, segundo os dados do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados-CAGED, o Brasil admitiu 14,3 milhões de pessoas e demitiu 12,7 milhões, ou seja, teria criado 1,6 milhões de empregos. Este ano, nos 5 primeiros meses, já teria criado, segundo as informações auto-elogiosas do governo, 1.051.946 novos empregos e, se prevê que, até o final do ano, serão criados 1,8 milhões de empregos. É muito ou pouco? De qualquer forma, quando se analisa com seriedade é pouco. A principal razão para concluir isto é que os especialistas em mercado de trabalho calculam, de forma otimista, que, no mínimo, o mercado informal representa 55% dos trabalhadores, mas há quem diga a proporção é de 60%, ou seja, o País tem sua massa trabalhadora essencialmente no setor informal, apesar de ser forte também o contingente de subempregados.
Quem acessa a página do IBGE (http://www.ibge.gov.br/home/) encontra, em relação à população, um poplock que estima a população do país em 187.093.250 pessoas. No Site, no entanto, por mais que se procure não se encontra, de forma alguma, a População Econômicamente Ativa-PEA, ou seja, as pessoas entre 16 e 65 anos que podem trabalhar ou procuram trabalho. O dado mais novo que se encontra é de 2004. A falta de estimativas oficiais e oficiosas sobre o mercado-de-trabalho brasileiro, esta ausência de dados é inexplicável e dificulta uma análise da questão do emprego. Assim o governo divulga que há 30 milhões de trabalhadores formais, logo somente 16% da população está no mercado formal. Não se sabe qual é o tamanho da PEA? Qual sua taxa de crescimento anual? Quantos trabalhadores em idade ativa estão fora do mercado-de-trabalho, ou seja, os desempregados? Qual é a taxa de rotatividade média do mercado-de-trabalho? Qual deveria ser a taxa de crescimento da oferta de vagas formais para acabar, num prazo médio, com o desemprego na economia brasileira? O que se deduz da falta de tais dados é que não se pode entender melhor, por exemplo, o que significa uma taxa de desemprego aberto de 9% ou qual o impacto real da criação das supostas 1,8 milhões de novas vagas este ano. Em suma, o que fica explícito é que sempre se pode esperar que o número de novos empregos cresçam com o passar dos anos, porém, não se sabe, de fato, sem estatísticas boas, qual o impacto disto ou se explicar, apesar da taxa de jovens que entram no mercado a cada ano, por que razão mesmo diminuindo o desemprego entre eles se acentua. Comemorar, como se comemora, o crescimento do número de empregos, sem uma análise melhor, não passa de pura jogada de marketing.
Nenhum comentário:
Postar um comentário