O Brasil começa 2013 imerso em
grandes problemas em relação ao seu futuro. É evidente que, qualquer que seja
ele, o país sempre irá pesar no contexto mundial por seu tamanho, porém, sua
maior influência depende muito mais do que será capaz de realizar internamente
do que se pensa. Efetivamente, o país não poderá continuar posando de grande
nação se não obtiver, como acontece com a China e com a Índia, expressivos
índices de crescimento e, como se sabe, nossos resultados têm sido, para não
ser muito crítico, raquíticos. Crescer 1%, em 2012, significa, de fato, um
retrocesso que não pode ser explicado, como teimam em nos querer impingir, por
causa de fatores externos. Afinal, atrelados como temos estado, ao império
chinês, nós acabamos por nos beneficiar de sua ascensão.
Os problemas de crescimento
brasileiro repousam nos seus próprios empecilhos internos. A grande realidade é
que ainda vivemos do modelo de ajustamento das contas proposto para o Plano
Real, que não era um plano de crescimento, mas, de estabilização. Se o governo
FHC, com todos os problemas que tentam lhe creditar, teve um grande mérito foi
o de modernizar o país, ao começar e fazer com sucesso,a estabilidade da
economia, definindo o tamanho das dívidas públicas, equacionando-as, criar a
responsabilidade fiscal e fazer o dever de casa da privatização. Não fazia
sentido, e hoje faz muito menos, termos, como temos, uma porção de estatais
esvaindo recursos públicos, mal dirigidas, como sempre são e serão, por
questões políticas. Se levantados os tapetes que escondem os ralos de recursos
públicos que somem via estatais e fundos públicos, se terá um verdadeiro
retrato da má administração que as estatais praticam. Soma-se a isto a má
administração também da administração direta que empurra ano após anos,
projetos em execução, via restos a pagar, aumentando o déficit de
infraestrutura e os custos de execução. O superfaturamento, e as obras
inacabadas país afora, são uma evidência forte da falta do dever da casa do
governo. Nada mudou em relação ao gasto público. O governo continua a ser um
desperdiçador de recursos e um péssimo executor, apesar dos discursos
inflamados e dos números inflados de execução dos PACs emperrados.
Para fazer frente a isto a solução
encontrada não foi o melhor caminho. Executam-se medidas pontuais, como a queda
da taxa de juros e a desoneração de setores, sem um ataque global aos problemas
da competitividade. A intervenção governamental abrupta e autoritária assusta
os investidores e o resultado é o previsível: os investimentos somem. E isto
numa hora em que o consumo, expandido via crédito, esbarra no endividamento. É
preciso retomar o caminho adequado. O governo precisa deixar de querer dizer ao
setor privado o que deve fazer. Precisa é fazer sua função, melhorar seu
desempenho, cuidar de gastar bem seus recursos e de dar segurança jurídica e
facilitar os negócios, fazer as reformas necessárias, como a tributária e a das
relações trabalhistas. Se continuarmos a empurrar os estrangulamentos nacionais
com a barriga somente estaremos contribuindo para um futuro insustentável.
Um comentário:
Todos os países tem os seus problemas, mas eu acho que este ano vai ser muito positivo para o Brasil com grandes avances na economia.
Cada vez se fabricam mais cosas aqui, desde tecnologia até lentes de contato, e o país se beneficia cada vez mais do crescimento das industrias.
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