A Cegueira Ambiental
No começo deste mês de outubro ambientalistas de nove organizações não-governamentais lançaram uma proposta para acabar com o desmatamento na Amazônia em sete anos. A iniciativa, recebeu o nome de Pacto Nacional pela Valorização na Amazônia, prevendo metas progressivas de redução, a começar por 25% no primeiro e no segundo anos, e ampliando anualmente as reduções em relação à área desmatada de 2005/2006, até eliminar totalmente o problema no sétimo ano. A grande inovação da proposta seria uma compensação econômica para quem se beneficia do desmatamento. O mecanismo deveria funcionar de forma simples sendo oferecido ao dono de uma área que ainda tem direito de desmatar R$ 100 por hectare/ano que ganharia por não derrubar a floresta. A Imazon e as outras ONGs, signatários da proposta, estimam que para financiar os mecanismos e a infra-estrutura inicial para implementá-la seriam necessários R$ 1 bilhão por ano, que poderiam ser pagos pelo governo e pela inciativa privada. A iniciativa recebe também o apoio das ONGs Instituto Socioambiental, Greenpeace, Instituto Centro de Vida, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, The Nature Conservancy, Conservação Internacional, Amigos da Terra-Amazônia Brasileira, Imazon e WWF-Brasil.
È outra proposta destinada ao fracasso. Embora ataque de frente a causa: a questão econômica. Há um grave erro no diagnóstico dos que se dizem ambientalistas que decorre do juízo que fazem sobre a Amazônia. Não compreendem que faz muito tempo que a Amazônia deixou de ser uma terra vazia. Mesmo nas áreas que se dizem públicas, e devolutas, isto não é uma realidade, pois são palcos de disputas de interesse e se esquecem que o Estado brasileiro, autoritariamente, arrecadou as terras de seringalistas que a mantinham imemorialmente. Assim ficam raciocinando sobre “povos da floresta” que não tem significação na realidade amazônica. Quem domina a Amazônia é o migrante que tem a ambição do desenvolvimento, o desejo de produzir, crescer, ficar rico. Não serão míseros R$ 100,00 nem a oferta de bolsa qualquer coisa, que os impedirão de querer crescer e, na visão, deles é o gado, a soja, a madeira, talvez o café que possam lhe trazer o bem-estar. Enquanto o governo não raciocinar como oferecer ciência e tecnologia, incentivos e formas alternativas para que suas ambições sejam satisfeitas será inútil, ou mera perfumaria, a fiscalização e programas de faz de conta. A verdade é que o mercado pode mais que o governo e uma população acostumada a ter o governo contra si irá sempre gerar desenvolvimento, mesmo a qualquer preço, apesar das divagações e programas de gabinete que desconhecem o fato de que temos uma selva povoada por pessoas ávidas de progresso. A cegueira é a mãe do desastre da nossa política ambiental.
No começo deste mês de outubro ambientalistas de nove organizações não-governamentais lançaram uma proposta para acabar com o desmatamento na Amazônia em sete anos. A iniciativa, recebeu o nome de Pacto Nacional pela Valorização na Amazônia, prevendo metas progressivas de redução, a começar por 25% no primeiro e no segundo anos, e ampliando anualmente as reduções em relação à área desmatada de 2005/2006, até eliminar totalmente o problema no sétimo ano. A grande inovação da proposta seria uma compensação econômica para quem se beneficia do desmatamento. O mecanismo deveria funcionar de forma simples sendo oferecido ao dono de uma área que ainda tem direito de desmatar R$ 100 por hectare/ano que ganharia por não derrubar a floresta. A Imazon e as outras ONGs, signatários da proposta, estimam que para financiar os mecanismos e a infra-estrutura inicial para implementá-la seriam necessários R$ 1 bilhão por ano, que poderiam ser pagos pelo governo e pela inciativa privada. A iniciativa recebe também o apoio das ONGs Instituto Socioambiental, Greenpeace, Instituto Centro de Vida, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, The Nature Conservancy, Conservação Internacional, Amigos da Terra-Amazônia Brasileira, Imazon e WWF-Brasil.
È outra proposta destinada ao fracasso. Embora ataque de frente a causa: a questão econômica. Há um grave erro no diagnóstico dos que se dizem ambientalistas que decorre do juízo que fazem sobre a Amazônia. Não compreendem que faz muito tempo que a Amazônia deixou de ser uma terra vazia. Mesmo nas áreas que se dizem públicas, e devolutas, isto não é uma realidade, pois são palcos de disputas de interesse e se esquecem que o Estado brasileiro, autoritariamente, arrecadou as terras de seringalistas que a mantinham imemorialmente. Assim ficam raciocinando sobre “povos da floresta” que não tem significação na realidade amazônica. Quem domina a Amazônia é o migrante que tem a ambição do desenvolvimento, o desejo de produzir, crescer, ficar rico. Não serão míseros R$ 100,00 nem a oferta de bolsa qualquer coisa, que os impedirão de querer crescer e, na visão, deles é o gado, a soja, a madeira, talvez o café que possam lhe trazer o bem-estar. Enquanto o governo não raciocinar como oferecer ciência e tecnologia, incentivos e formas alternativas para que suas ambições sejam satisfeitas será inútil, ou mera perfumaria, a fiscalização e programas de faz de conta. A verdade é que o mercado pode mais que o governo e uma população acostumada a ter o governo contra si irá sempre gerar desenvolvimento, mesmo a qualquer preço, apesar das divagações e programas de gabinete que desconhecem o fato de que temos uma selva povoada por pessoas ávidas de progresso. A cegueira é a mãe do desastre da nossa política ambiental.
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