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domingo, outubro 08, 2006

A ILUSÃO DA PROPAGANDA

FHC BATE LULLA NOS PROGRAMAS SOCIAIS
Nos últimos tempos a capacidade de fazer propaganda do governo Lulla da Silva tem levado, boa parte por oportunismo, os meios de comunicação a comer moscas. Muitos repetem, acritícamente números que não se justificam em relação aos programas sociais. Em particular não dizem que, no governo FHC, entre 1995 e 2000, foi criada uma rede de proteção das classes mais pobres com 12 programas sociais diferentes, para fornecer benefícios regulares para 37,6 milhões de pessoas pobres (9,8 milhões de famílias). Os recursos utilizados para tal, em 2002, foram acima de R$ 30 bilhões. Este valor ultrapassou o total arrecadado com o Imposto de Renda no país, da ordem de R$ 20,2 bilhões.O Bolsa-Escola, o Vale-gás,o Bolsa Renda, o Bolsa-Alimentação, o PETI, todos são filhos do programa Comunidade Solidária, que garantia até 90 reais mensais às famílias, só que de forma diferenciada, por exigir reciprocidade dos assistidos. Em 2001 também foi criado o Fundo de Combate à Pobreza que garantiu recursos para esses programas. O que fez o governo Lulla ? Depois do retumbante fracasso do Programa Fome Zero, juntou os 12 programas de FHC num só rebatizando-o de Bolsa-Família. Qualquer medição isenta vai verificar que, com o nome atual de Bolsa-Família o programa atinge 11 milhões de famílias (somente 2 milhões a mais que os programas de FHC ). E se gastam os mesmos R$ 50 bilhões de antes. Apenas cada família recebe, em média, menos. E, aqui o lado negativo de péssimo efeito social, as pessoas recebem para não fazer nada! Este foi o grande avanço de Lulla: estimular as pessoas a se acostumarem ao assistencialismo. Alckmin, e daí seu desastre eleitoral, no Nordeste, quando diz que vai manter mais exigir contrapartida. É um tiro no pé. Eles estão acostumados a receber em troca de nada. A ironia é que esta é a grande realização do governo Lulla da Silva, seu maior cacife.
Logro semelhante é vendido em outras áreas. Veja, por exemplo, a saúde que atendeu, em 2002, 54,9 milhões de pessoas pelo programa Saúde da Família, ou seja, um em cada três brasileiros. As equipes do programa eram 328 em 1994, passando para 16.657 em 2002, um aumento de praticamente 5000%. Os agentes comunitários de saúde passaram de 29 mil, em 1994, para 174 mil em 2002. O projeto de lei dos genéricos virou lei, em 1999, mas no final de 2002, já existiam 696 medicamentos genéricos registrados,envolvendo 37 laboratórios. Cerca de 95% do mercado passou a ser atendido com os genéricos, em média, 40% mais baratos. Divulgados em maio de 2002, os resultados do censo 2000 apontaram uma queda histórica na mortalidade infantil brasileira ao longo da década de 1990. A redução foi de 47,8 óbitos por mil nascidos para 29,6. A expectativa de vida passou de 63 para 69 anos. Também aqui os programas de saúde do governo Lulla sé mudaram de nome, porém são a continuidade, os mesmo de FHC. Não mudou absolutamente nada. Só gasta muito mais com a propaganda de resultados que, a rigor, são frutos da gestão passada. Não é diferente na educação, pois, em 2002, o país tinha acima de 97% das crianças de 7 a 14 anos na escola, contra 88,6% em 1993.Entre 1994 e 2001, as matrículas no ensino fundamental cresceram 12,7%, um total de 3,3 milhões de matrículas a mais. As matrículas no ensino superior oficial cresceram de 971 mil em 1994 para 1,8 milhões em 2000.O governo FHC criou o FUNDEF para incentivar e melhorar o estudo fundamental .Que fez o governo Lulla? O PROUNI que fortalece o setor privado pagando com dinheiro público o estudo de pessoas em escolas particulares. Lulla, na campanha ainda, anunciou a criação do FUNDEB, que é o FUNDEF ampliado. O FUNDEB não está implantado até hoje. Nem é preciso lembrar a razão: Lulla demitiu seu ministro de Educação, Cristóvam Buarque, por telefone. Qual o motivo? Ele criticava o governo por falta de verbas para a educação e não concordava com a política educacional de Lulla da Silva. E quem conhece mais de Educação? Sabe quem diz que o governo Lulla gastou menos com o social do que o governo FHC?
O professor da Unicamp e ex-secretário de Marta Suplicy, Marco Pochmann portanto um petista de carteirinha, mas intelectual correto, que no artigo GASTO SOCIAL E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA NO BRASIL- disponível em http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/jornal/PDF/ju288pg02.pdf não deixa a menor dúvida que o governo Lulla é muita propaganda e pouca realização.

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