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domingo, fevereiro 28, 2021

UM CAMPEONATO IRREGULAR

 


Acabou o campeonato brasileiro com o Flamengo, na última rodada, se sagrando campeão. Mereceu o título? Há os que vão dizer que não, porém, a verdade é que mereceu sim. Não foi o Flamengo do ano passado que fez 90 pontos ficando, com muita folga, na frente do segundo colocado porque, é forçoso dizer, não contou com duas coisas fundamentais: 1) um elenco melhor e 2) o apoio da torcida. O que não se conta da grande diferença em relação ao ano passado é que Jorge Jesus teve o apoio da torcida do Flamengo no Maracanã e fora dele. E isto faz sim muita diferença. Também saíram peças fundamentais do time Pablo Mari e Rafinha fizeram uma falta enorme. No gol também a falta da presença de Diego Alves, peça fundamental no ano passado, foi sentida e muitos dos jogadores, que foram estrelas de 2019, estiveram bem abaixo do seu potencial por problemas, entre os quais contusões. Este campeonato caiu no colo do Flamengo num final cinematográfico. Rogério Ceni, um ícone do São Paulo, precisava ganhar de seu time de carreira e do coração para ser campeão. E perdeu, mas, ganhou o campeonato. Foi, de fato, um filme de final infeliz que, contra a vontade do diretor e do roteirista, na última hora, para ter bilheteria, o dono dos estúdios transformou num final feliz. Estava, porém, escrito nas profecias perdidas de Nostradamus que seria assim sofrido, suado, penoso até o último minuto. Ceni veio para o Flamengo como uma solução barata e salvadora. E se diz que é teimoso e turrão. Deve-se dizer também que tem muita sorte, o que é essencial para obter grandes vitórias. Ao contrário de Jesus ele não teve como contratar ninguém. Não conseguiu fazer o que fez no Fortaleza, por exemplo, que montou um time do seu jeito. Mas, não se pode negar, que, apesar dos tropeços, montou um time que joga para a frente e é competitivo. Reclamam que ele quer ensinar os jogadores a chutar, mas, desde Zico não se sabe mais mesmo chutar direito. Ceni fez o melhor que podia com um time ao qual faltam peças essenciais. E num campeonato muito mais difícil. Seja pela pandemia, seja pela falta das torcidas, seja por todos os times estarem num nível muito próximo, seja porque este campeonato não teve um time que fosse regular. O Internacional andou perto, mas, faltava ao time de Abel o poder de decisão que o Flamengo tem. O Flamengo teve um saldo de gols menor que o Internacional, mas, teve um ataque mais positivo e uma vitória e uma derrota a mais. Um ponto de diferença e se fosse igual a vitória valeria mais. Se o Inter teve conjunto por mais tempo faltaarm gols essenciais na reta final. Quem poderia merecer mais do que o Flamengo? Não o Atlético Mineiro, muito irregular também, nem o São Paulo, que, em certo momento, parecia o campeão. Faltou, porém, ao time de Diniz o que Ceni conseguiu: fazer o time atacar com uma defesa forte. O Palmeiras, que teve quase a defesa menos vazada (37), um a menos que o grande destaque como difícil de levar gols, o Atlético Paranaense, também se caracterizou por uma temporada muito irregular por circunstâncias que não cabe discutir. Há a questão do VAR muitos alegarão. Melhor dizer: vá tomar banho. O problema é que complicaram as regras e os juízes são fracos. Erraram para todos os lados. Mesmo assim foi um grande campeonato. E o Flamengo foi campeão, com todos os méritos, quando derrotou o Internacional.

sábado, fevereiro 06, 2021

A NOTÍCIA COM MAIS OPINIÃO FAZ 16 ANOS

 


Certamente no Brasil, e na Amazônia, uma empresa sobreviver, ultrapassar os cinco anos, é uma raridade. Basta ver as estatísticas de mortalidade que mostram que, no mínimo, 60% delas fecham até o terceiro ano. E, mesmo quando ultrapassam os cinco, muitas não chegam aos dez anos. Então, uma empresa chegar aos dezesseis anos em Rondônia, de fato, merece comemoração. Ainda mais num ramo tão complicado quanto é, mais do que nunca, o das comunicações. Refiro-me, é evidente, aos 16 anos do site “Gente de Opinião”, um site de notícias que surgiu, a partir da visão de que a verdade tem muitas facetas, depende muito do olhar, da história de quem analisa. Assim, o site nasceu com o objetivo de dar espaço a todas as visões, praticar o que, para muitos, é o verdadeiro jornalismo: fornecer um leque de opiniões, de análises. Na verdade, não sei muito de sua fundação. A proliferação de sites de notícias é um fenômeno que mereceria uma pesquisa no nosso Estado, talvez oriunda de que, por suas particularidades, depois que a imprensa impressa se desmanchou houve, como que, um enorme vazio de notícias locais (o que, em todos os municípios ainda hoje ocorre). Houve, e ainda há, porque somos pautados pelo lado econômico, a ausência de uma forma de ganhar dinheiro com a notícia. Esvaziaram-se as redações, morreram as reportagens de ruas, e, por assim dizer, o importante trabalho de repórter. De fato, os repórteres, no sentido antigo, de farejadores da notícia, morreram. De um lado porque, com o alto custo de manter uma redação, não se mantém mais repórteres. De outro porque, efetivamente, a notícia, o furo, a antecipação quase não é mais possível por conta da internet (o que não é verdade, mas, é a versão que venceu). Este fato ampliou a importância da análise, de vez que as notícias foram pasteurizadas, são quase as mesmas em todos os locais, o que dá a sensação de em qualquer canto que se for as notícias são provenientes da mesma fonte. Uma das razões do sucesso do Gente de Opinião, fora seus bons colunistas, seus vídeos de qualidade, sua diversidade, é ter ocupado este espaço de ser uma tribuna da liberdade. Não é à-toa que se conserva, ganha prêmios e confiabilidade. De fato, o Gente de Opinião torna a notícia, os fatos, o que eles de fato são, uma visão possível do que acontece que deve ser interpretada por quem lê. É um mérito que vem desd’o tempo que conheci o site, com o Paulinho Correa, de saudosa memória, nem sabia que o Chico Lemos, que conhecia mais como um técnico competente, nem o Luka Ribeiro, que sempre foi um mestre do vídeo, e foi quem carregaria o piano pelo tempo afora, também participavam de sua criação. Isto, hoje, é coisa do passado. O presente são estes 16 anos que confirmam o sucesso de um site destinado a ter uma presença marcante no nosso Estado. Parabéns aos que fizeram, e fazem, o Gente de Opinião. Que continue sua trajetória de ser um farol de análises e de visões sobre Rondônia e o Brasil.