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sexta-feira, maio 29, 2020

O CRESCIMENTO DO SEGMENTO ATACADISTA DISTRIBUIDOR EM 2019




COLETIVA DO RANKING ABAD/NIELSEN DESTACA REGIÃO NORTE E  OS CINCO MAIORES FATURAMENTOS DE RONDÔNIA NO SEGMENT

A ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas Distribuidores), que representa mais de quatro mil empresas de todo o Brasil, de um segmento que movimenta 5% do PIB nacional, é responsável pelo abastecimento de mais de um milhão de pontos de venda em todos os 5.570 municípios brasileiros, promove estudos e pesquisas como o Ranking ABAD/Nielsen, realizado anualmente desde 1994, e divulgado pela Revista Distribuição, com o objetivo de fornecer uma radiografia do segmento atacadista distribuidor, o qual mostrou que, em 2019, o segmento atacadista distribuidor cresceu +4,5% em termos nominais e 0,19% em termos reais, atingindo faturamento de R$ 273,5 bilhões. Capitaneado pelo empresário Emerson Luiz Destro, que é diretor geral do Destro MacroAtacado, maior atacadista do Sul do país, e reeleito  presidente da ABAD no biênio 2019/20, os especialistas professor Nelson Barrizzelli, da Fundação Instituto de Educação-FIA e Daniel Asp Souza, gerente de atendimento de varejo da Nielson, fizeram uma apresentação geral dos resultados do setor em 2019 revelando que como grande empregador houve um crescimento de 5,5% no número de empregados diretos que terminaram o ano sendo 82.674. Interessante é que o estudo apontou a região Norte como o grande destaque em termos de crescimento de faturamento. Nesta  edição a região apresentou um resultado 32,7% superior ao ano anterior. Estão sediados na região Norte 16% dos atacadistas e distribuidores que que participaram do Ranking deste ano, correspondendo a 6% do faturamento total das empresas estudadas. 
Entre os 667 respondentes da pesquisa, 106 estão na região Norte, e 13 estão em Rondônia. Os cinco maiores faturamentos do setor no estado de Rondônia, em ordem decrescente, são as empresas: Friron (R$ 154,6 milhões), Tai Max (R$ 125,7 milhões), Nova Rover (R$ 59,1 milhões), Casa da Lavoura (R$ 39,7 milhões) e SB Log (R$ 36,9 milhões).  As top dez da Região Norte são:

TOP 10 EMPRESAS POR FATURAMENTO – REGIÃO NORTE


Classific.
Nome Fantasia
UF
Ano 2019
N
1
MERCANTIL NOVA ERA
AM
1.021.184.000
2
DUNORTE
AM
1.011.398.593
3
BIG AMIGÃO
AM
614.130.174
4
DISMELO
PA
532.573.810
5
DI FELICIA
AM
494.417.025
6
PREÇO BAIXO MEIO A MEIO
PA
410.439.575
7
MEIO A MEIO ALIMENTOS
PA
335.659.254
8
RECOL DISTRIBUIDORA
AC
314.834.134
9
ARMAZÉM BRASIL
AP
201.805.300
10
ECOACRE
AC
186.728.993



Interessante também na coletiva de Imprensa Online Ranking ABAD/Nielsen 2020 foi a informação de que, mesmo na crise do coronavírus, o  comércio alimentar é um dos poucos que têm se mantido em patamares razoáveis, com  o consumo dos produtos de alimentação, higiene e limpeza doméstica se mantendo estável. O faturamento do setor atacadista e distribuidor, que tem o pequeno varejista como o seu principal cliente, cresceu, em termos nominais, 4,5% em 2019, atingindo R$ 273,5 bilhões. É o 16º ano consecutivo em que a participação do setor permanece superior a 50% (atingiu 53%), reforçando sua abrangência e importância na economia brasileira.

sexta-feira, maio 22, 2020

AS PERSPECTIVAS DEPOIS DA CRISE DO CORONAVÍRUS



Os setores mais ricos, aliados com a esquerda supostamente progressista, até por oposição à Bolsonaro, mas, sem nenhuma consideração pelas consequências econômicas, nos dois últimos meses, criaram tanto ruído nos meios de comunicação e nas redes sociais, que, embora seja o desejo majoritário da população mais pobre, esta não teve força, nem  pressão política suficiente, para conseguir o avanço na liberação das atividades. O fato é que, como há um equilíbrio de forças, entre as tendências pró e contra o isolamento, isto acabou privilegiando o combate à covid-19, em detrimento da economia, em que pese o peso crescente da insatisfação da população pelo sofrimento causado. O mal está feito. Não tem mais como serem recuperadas as empresas falidas, os empregos perdidos, a produção não realizada. Os custos disto são sentidos pelas finanças das empresas que sobreviveram e que, por pior que estejam, se preparam para o passo seguinte de aceleração e investimento que terão que tomar em relação ao seu futuro. Neste contexto, existe a angústia de se ter que agir diante de um quadro de grande incerteza que deve se seguir à crise. Considerando o histórico de crises recentes e de epidemias passadas, algumas premissas são possíveis de se perceber como bases para uma orientação nas tomadas de decisões:

·       Uma expectativa lógica, embora um pouco distanciada da realidade, é a de que as pessoas tentarão reconstruir o estado anterior, pré-crise. Muitos dos esforços terão a direção do resgate da vida anterior.

·       Como pano de fundo será inevitável a busca de medicamentos, tratamentos e vacinas eficazes para o covid-19.

·       Embora existam muitos arautos da tese de que “o mundo não será mais o mesmo” as mudanças são lentas, o que não quer dizer que não existirão, mas, em linhas gerais, as coisas seguirão o mesmo curso.

·       A crise não atingiu a todos da mesma forma. Assim as diferenças de setores, geográficas, de tamanho e de capacidade de inovação gerarão dificuldades e oportunidades particulares para pessoas e empresas.

·       Em que pese as polêmicas sobre a retomada das atividades, mesmo que não vá ocorrer, como muitos preveem um retorno em ‘V’, depois de seis meses, ou um ano, deve haver um crescimento econômico forte resultante das oportunidades represadas pela crise. Este tem sido um comportamento histórico no capitalismo.

·       Ninguém substitui sua ação nem sua iniciativa. Isto também acontece com as empresas. A recuperação, mais rápida ou mais lenta, é sempre resultado da ação, das iniciativas que são tomadas para ocupar o seu espaço no mercado. E vai crescer mais quem estiver atento as necessidades que surgirão.

·       É esperado que os governos, preocupados com sua economia, atuem no sentido de propiciar mais recursos e mais crédito, com taxas de juros mais baratas. No caso brasileiro, isto deve ser essencial em especial para as micro e pequenas empresas. Nem todas, porém, irão conseguir acesso (e outras, talvez, nem resistam), mas, as finanças serão um fator essencial para o futuro próximo.

Um componente decisivo para o sucesso no futuro próximo será a velocidade com que as empresas irão ganhar espaço no mercado, inclusive substituindo as que foram engolidas pela crise. Em outras palavras, as empresas terão que ter não apenas a necessidade de sobreviver, mas, devem se preparar para crescer e inovar. Esta inovação não será, como muitos pregam, nem um retorno ao mundo antigo, nem um “novo mundo” e sim uma mistura do antigo com adaptações possíveis para o ambiente que mudou com o vírus, criou algumas novas preocupações e expectativas que devem ser captadas e atendidas. Em particular terá que se ter atenção a fatores novos como a tecnologia 5G, o uso da Inteligência Artificial, a tendência de se procurar trabalhar em casa ou próximo do trabalho, uma tendência de minimalismo, que irá passar também pela busca de maior acesso aos bens, ao invés de posse e uma maior busca de lazer, de leveza, mas, com algum componente de isolacionismo. Muitas empresas irão depender muito mais de suas próprias iniciativas do que dos programas de ajuda, porém, vão precisar de parcerias em setores que não dominam, bem como terão que reavaliar seus fornecedores, a logística e seus produtos sempre buscando oferecer mais com menor custo. Certamente isto significará uma ampliação do uso de aplicativos, ou, usando o termo correto, uma “uberização”, que será essencial para a sobrevivência. Ainda que a crise tenha sepultado muitas empresas somente acirrou a necessidade de maior competitividade, ainda que criando problemas para os insumos e produtos importados. Será um traço novo, neste cenário, a tentativa de diminuir a dependência de produtos externos, que já se percebe nas campanhas do tipo compre no seu estado, ou no seu bairro, mas, como se sabe, a eficácia desta tendência depende sempre dos preços. Ninguém compra mais caro por patriotismo ou regionalismo. Assim, embora as empresas possam, de fato, ter um diferencial por pertencerem a uma região ou estado, se não tiverem um preço competitivo ou um diferencial que justifique a aquisição de seu produto é melhor não contar com a fidelidade de seus consumidores locais. Uma coisa que não se altera, com certeza, no pós-crise são os fundamentos econômicos. Oferta e procura, custos, competitividade continuarão a ser elementos essenciais para as empresas até onde se pode avistar no ambiente econômico do presente século. Portanto, entre as perspectivas para se ter sucesso, não se poderá abrir mão de ter um produto de qualidade por um preço menor ou ter um produto diferenciado por suas qualidades. Ou seja, as perspectivas pós crise não mudaram tanto assim. Ser competitivo ou diferenciado ainda será essencial. 


Ilustração: https://worthwhile.com/.

terça-feira, maio 12, 2020

A CRISE DO CORONAVÍRUS E SEUS IMPACTOS NA CULTURA




Um dos setores mais profundamente impactados pela crise do coronavírus foi o setor cultural, em especial a denominada economia criativa, a parte da economia que engloba todas as expressões de criatividade da arte e inovação. Não é preciso pensar muito para ver, por exemplo, que, com o confinamento, não se acabaram apenas as apresentações de artistas em eventos ou shows, o que representa uma imensa perda de receitas não somente para eles, como também para toda uma série de pessoas que se movimentam em sua volta, que operam transportes, sons, imagens, negociações, contratos e direitos. Isto não se restringe, porém, aos artistas renomados, pois, mesmo os cantores de barzinhos, os grupos que se apresentam em restaurantes ou churrascarias também ficaram órfãos durante esta epidemia. Pode-se dizer que não. Que as lives, as apresentações ao vivo se sucedem, com duas ou três, no mesmo dia. Isto é fato, no entanto, elas são feitas mais como uma forma de continuarem presentes do que rendem recursos para os artistas. Muitos, aliás, o fizeram mais como um meio de ajudar os necessitados ou comemorar alguma coisa, de vez que somente grandes empresas, como a Google ou a Netflix, conseguem ganhar dinheiro com a internet. Mas, não são apenas os artistas que sofreram com a crise. Imagine os museus ou exposições de artes que precisam ter público para sobreviver? Nem vou falar dos cinemas, das festas, inclusive as costureiras e pessoas que vivem delas e dos teatros que foram fechados à força para evitar a transmissão do vírus. Esta crise do coronavírus tem uma característica que é ímpar: é globalizada, mas, seu impacto é sentido muito mais fortemente na vida local. Afinal todos nós, querendo ou não, fomos forçados ao recolhimento, a voltar a viver nos nossos ninhos, nas nossas tocas. Esta crise tem um lado cruel que é o de nos impedir a convivência, o entrelaçamento, o que, principalmente, para nós, brasileiros, efusivos, que gostamos de abraços, apertos de mãos e beijos, dos encontros nos locais de lazer é uma verdadeira sentença de morte para o cultivo das amizades. É uma crise que nos força, nos induz à solidão. Muitos argumentam que, neste momento, nunca antes fomos tão digitais. Talvez também tenhamos muito mais contatos via e-mails, Twitter, Facebook, Whatsapp e Instagram do que antes. Até mesmo utilizamos muito mais os bate-papos em vídeos ou as videoconferências. É verdade sim. Tivemos que nos adaptar a uma realidade que nos limita. Mas, duvido que, qualquer pessoa, por mais boa companhia que tenha, por melhor que esteja passando, não tenha saudades de dar um bom dia a um desconhecido, de poder beber uma cerveja ou um cafezinho, de dizer: -vou até ali assistir fulano cantar ou ver uma peça ou um filme. Por mais bem acompanhado que você esteja não tenho a menor dúvida: somos prisioneiros em nossas próprias casas. Deserdados da cultura na medida em que não é possível uma cultura de qualidade sem a presença física, sem o compartilhamento. Esta, por incrível que pareça, é também uma crise de solidão. Amputaram uma parte considerável da nossa cultura quando nos impedem de ir e vir e de trabalhar fora de casa. E sem cultura e sem convivência somos muito menos humanos. 

Ilustração: https://colorador eview.colostate.edu/.

sexta-feira, maio 08, 2020

NEM AS MÁSCARAS NOS TORNAM IGUAIS



É verdade. Antes usar máscara era coisa de bandidos ou de heróis marginais, como Zorro, Fantasma ou Batman. Agora não. Para sair na rua ou entrar num supermercado, fora levar uma borrifada de álcool gel nas mãos, temos que usar máscaras. De repente viramos um bando de mascarados. Quem imaginaria que tivéssemos de decifrar as pessoas pelo olhar somente? Até parece que ficamos todos iguais, de vez que a beleza ou a feiura, se esconderam por detrás de um paninho. Mas, se a máscara, poderia, como pensam alguns, tornar as pessoas mais iguais, não é verdade? Nem a máscara unificou as pessoas. Há máscaras e máscaras, de fato. Não porque, na prática, acaba virando um acessório de moda. Já existe uma diversidade de cores, de estampas, de formas que até mesmo as máscaras já não iguais. Pode-se até pensar que, pelo menos, para as mulheres, que ficam dispensadas do uso de maquiagem, a máscara as torna mais iguais. Mas, não é verdade. Mesmo mascaradas, os olhos mostram as diferenças e/ou o aroma sutil de um Chanel nº 5 diz mais sobre uma mulher do que a imaginação poderia supor. E, depois, as mulheres. Ah!, as mulheres são cheias de meneios, de formas, de sutilezas, que as tornam sempre muito diferentes. Se bem que se, agora, podemos parecer tão iguais, efetivamente, nunca fomos iguais e isto é flagrante, mesmo entre os mascarados dos supermercados, pelos carrinhos, cheios ou não, pelos que nem vem aos supermercados por não terem como pagar suas mercadorias. A máscara somente nos mostra que a fragilidade é humana. Só nos mostra que, apesar de tudo que construímos ou fizemos, de termos ido à lua ou prometermos viagens a Marte, quando se trata da própria vida, do controle do próprio destino, o homem, por mais diferente que seja, continua a ser um ser indefeso, um animal, como outro qualquer, impotente diante das forças da natureza que o cerca. De tal forma que, por mais que nos torne mais iguais, esta uniformidade facial, qualquer que seja a cor ou ou estampa, não encobre nada das diferenças humanas. Pode, por um momento, esconder quem é mais rico ou pobre, elegante ou mal vestido, porém, as diferenças sociais, a hierarquia social permanece mesmo na desgraça comum, na vulnerabilidade de todos. Por mais que pareça que todos podemos adoecer e morrer da mesma forma, não é assim. É verdade que todos estamos, mais ou menos, desprotegidos diante do vírus, porém, ter dinheiro sempre, na nossa sociedade, faz diferença. Uma coisa é se sentir mal e ir parar num hospital público ou ter um plano de saúde ou capacidade de pagar os melhores hospitais. É verdade também que um vírus veio da China e tirou tudo do lugar, mas, não será um simples pedaço de pano que nos irá tornar mais iguais. Infelizmente isto somente acontecerá com muito mais tempo, cultura e educação. As máscaras, é verdade, servem para nos lembrar da nossa condição humana e de que, nunca seremos iguais, senão na morte.


quarta-feira, maio 06, 2020

APESAR DO LOCKDOWN O CORAÇÃO FALOU MAIS ALTO



Embora, no Brasil, a mídia tenha consagrado a quarentena, ou isolamento horizontal, como um consenso científico, de fato, não é bem assim. O coronavírus, além de ser um vírus novo, é um vírus extremamente mutável. Então, há uma corrente grande a favor de que haja a contaminação do “rebanho”, ou seja, o vírus se dissemine para que as pessoas desenvolvam antivírus. E, não são poucos os cientistas que dizem que se não houver este tipo de desenvolvimento, o vírus pode se tornar muito mais perigoso, de vez que, quando não encontra formas de sobreviver o vírus se transforma e se torna mais letal (dizem que o vírus possui já identificadas 150 mutações). Um estudo de Harvard afirma que tentar superar o vírus, agora, pode resultar em muito mais estresse e mais mortes a longo prazo, segundo os pesquisadores. Eles também concluem que esse vírus não desaparecerá por si próprio. Ou se devolve um remédio ou uma vacina ou não tem jeito. Por essas razões, e que, como economista, tenho a certeza de que a quarentena, como comprovam estudos do King’s College London (Reino Unido) e da Australian National University-ANU com o isolamento social se pode estar praticando um crime de lesa humanidade, com o retorno de padrões de renda de 30 anos atrás  (https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/19841/como-o-isolamento-social-pode-estar-se-tornando-um-crime-de-lesa-humanidade),  considero que olhar a questão somente sobre a ótica da doença é irracional, pois, sob o conceito de saúde, que a própria Organização Mundial de Saúde-OMS adota não se pode desconsiderar a economia. O sueco Anders Tegnell, que defende, e é o maior representante da tese, de que a estratégia adequada de combate a epidemias baseado na convicção, por motivos científicos, de que é menos prejudicial, no longo prazo, promover a imunidade de grupo em lugar da quarentena total tem como maior rival, com, a tese oposta, Neil Ferguson, conhecido como Professor Lockdown, que projeta, por meio de um modelo por ele desenvolvido, sem a quarentena, o crescimento do vírus com números, e mortes, catastróficas. Epidemiologistas e matemáticos, agora, ganharam notoriedade por causa do vírus, mas, isto está longe de poder afirmar que seus modelos e teses estão corretos. A ironia é que Ferguson, como a pandemia foi politizada, ganhou a simpatia de órgãos e pessoas de esquerda, mesmo sendo colaborador de um governo conservador. Ele também já tem em seu currículo dois grandes fracassos, de vez que prognosticou também números catastróficos para a vaca louca e a gripe aviária, que tiveram números bastante insignificantes. Agora, porém, teve que se demitir da comissão de peritos que assessora o governo – em inglês, o acrônimo é SAGE, ou sábio, por causa de um escândalo amoroso. Sua amante atravessou Londres para ter encontros amorosos com ele. Ou seja, ela quebrava as regras do isolamento para vê-lo. Foi o suficiente para que Iain Duncan Smith, ex-líder do Partido Conservador e pouco simpático ao isolamento extremo por causa dos devastadores efeitos econômicos, afirmasse dele que “Cientistas como ele estão nos dizendo o que devemos fazer, mas ele está fazendo o que quer” e concluiu  “Ele quebrou suas próprias regras. É difícil de acreditar que um homem inteligente faça isso. Além do risco de prejudicar a mensagem do governo sobre o lockdown”. Neil Ferguson se deu mal não por seu modelo, até agora, mas, pelo seu coração (o que, convenhamos, só mostra que não é normal para os seres sociais ficarem isolados), porém, não deve sair do centro do debate na medida em que, mais do que nunca, na história humana, nenhum tema foi tão politizado e tantos cientistas se concentraram na previsão e no combate a um vírus em tempo real.