
Esqueçamos o PT. A questão é Lord Bauer que defendia serem as oportunidades e os lucros privados a chave para o desenvolvimento e não, como muitos pensam, os burocratas com especialidade, os planos de governo. Bauer, no Brasil, mandaria esquecer o PAC e se concentrar no fato de que o desenvolvimento se baseia nas pessoas terem desejos e atitudes adequadas e que o sistema político e legal permita que esta busca se realize com sucesso. Em outras palavras, nada de políticas voltadas para a desigualdade de renda via políticas paternalistas, assistencialistas que tratam os pobres como coitadinhos. Não se consegue erradicar a pobreza com esmolas nem ajuda, mas sim com oportunidades. Neste sentido a criação de um país melhor não passa pelo Bolsa Família ou pela defesa de direitos inócuos e sim pela educação e criação de um ambiente adequado à iniciativa privada. Bons governos, portanto são os que asseguram os direitos de propriedade, a validade das regras e contratos, torna todos iguais perante a lei, reduz a inflação ao mínimo e mantém os impostos progressivos e baixos.
Antes que os urros se levantem é isto mesmo: Bauer diria que a questão do Brasil é menos governo e não mais governo. O governo no país está presente em tudo e a tudo atrapalha e tudo o que dele depende é ruim, tem corrupção e não se desenvolve. Como desenvolver mais aumentando o tamanho da ineficiência? O que Lula e sua equipe ainda não aprenderam é que o governo somente deve cuidar de suas funções fundamentais e se der liberdade ao mercado o país cresce por um passe de mágica. Se trata de fazer o país ser capitalista, é claro. Porém, existe outro caminho?