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domingo, fevereiro 12, 2023

UM RECANTO DE BOA COMIDA E BOA MÚSICA

 


Sei que existem muitas pessoas que não conhecem ainda o Restaurante Don Peppe, na rua José do Patrocínio, 736, no  centro de Porto Velho, na denominada “Rua das óticas”, que desemboca no meio da praça do Palácio Presidente Vargas, hoje Museu Palácio da Memória Rondoniense. Bem não vou falar do que estão perdendo, mas devo dizer que estão perdendo muito. É que o Don Peppe é um restaurante bem diferente. Começa que ele tem uma vocação gourmet por natureza. Um dos seus criadores, o que conheço bem, é o ilustre filho de Guajará-Mirim, não sei se de origem, mas, certamente de coração, amigo de uma espécie rara, daqueles que se pode estar perto, ou longe, porém sempre presente. Trata-se do bon vivant, no melhor de todos dos sentidos, Paulo César Cortêz de Medeiros, que, de fato, é um cidadão do mundo. Um apreciador, e com o talento fantástico de saber fazer, de pratos de qualidade inigualável, de bons vinhos, de chocolates, enfim do que a vida oferece de melhor. Inclusive possui também a Casa do Alfajor, na rua Brasília, 3292, no bairro São João Bosco, onde se pode beber uma café ou capuchino da melhor qualidade, bem como encontrar chocolates, doces e outras preciosidades vindas de Gramado, no Rio Grande do Sul. Só isto já tornaria nosso querido Paulinho um ser diferenciado. A questão é que o seu bom gosto o leva muito mais além. O Dom Peppe é também um local de boa música, de boa poesia, um recanto onde os amigos se encontram e saúdam com chopes, cervejas, drinques e vinhos da melhor qualidade a vida. E sempre ao som das melhores músicas. Inclusive, nas sextas-feiras, se pode ouvir o famoso bandolim de Lito Casara, que dispensa maiores comentários, acompanhado de um mestre do violão das 7 cordas, certamente o paraense de Santarém, Derival Marcião. É indispensável, efetivamente, falar mais um pouco a respeito deste músico porquê, não conheço muitos na verdade, que tenham sua habilidade, e destreza, no manuseio de um violão de 7 cordas. Deve ser de família por ser primo de Sebastião Pena Marcião, o conhecido compositor Sebastião Tapajós, reconhecido violonista clássico que marcou época na vida musical do país. Derival, sem dúvida, conseguiu atingir um nível de excelência musical que tem feito o deleite de quem o escuta, ao lado de Lito, com peças e chorinhos que, em mim, um privilegiado ouvinte, tem proporcionado noites de imenso prazer. Não vou falar que, no sábado, o Don Peppe tem uma feijoada imperdível, nem dizer das suas carnes, das massas, do bife à Parmegiana, da provoleta ou dos sanduíches. Lembrar somente que, em breve, teremos a quinta-feira de massas e vinhos, com a luxuosa participação da flautista Rose Abensur acompanhada ao piano. Vou ficar mesmo com a música e com o aconchego da casa: é tudo uma delícia. E só escrevo isto porque, como tenho poucos leitores, não estamos correndo o risco de aparecer muita gente. Afinal lá, embora se possa agendar, normalmente, não existe problema de lugar e de estacionamento. Ou seja, é um pedacinho do céu em Porto Velho.

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