Que
tudo muda não há dúvida. Heráclito de Éfeso, ainda nos primórdios gregos, já
afirmava que “Nada é permanente, exceto a mudança”. Porém, ao que parece, a
mudança, nos últimos tempos, ganhou o ritmo alucinante da rapidez, da
instantaneidade, do on-line permanente. Antigamente ainda cabia a pergunta: mudou
o mundo ou mudamos nós? Hoje, já se sabe, mesmo quando não se percebe, que
mudou o mundo e mudamos nós. E, numa velocidade impressionante, desabam as
tradições, mudam os hábitos e costumes. Basta olhar a internet e as redes
sociais, que são, na realidade, a grande expressão desta mudança. Uma grande parte
da vida moderna se processa, atualmente, nas redes sociais. Até coisas antes
impensáveis, como namorar, noivar ou casar, já acontece por meio das redes
sociais.
Também
nos negócios esta nova realidade impactou de forma pesada. O uso das redes
possibilita uma maior interação entre o empresário e o cliente, um alcance
maior do público e possibilita a venda segmentada. Por um custo mínimo ou
nenhum custo. Hoje se vende de tudo pela rede, desde bens duráveis, como
imóveis, carros, passando por eletrodomésticos, computadores, móveis, até
confecções, alimentos, bugigangas de todos os tipos. Tudo está disponível ao
comprador a apenas um clique e, em muitos casos, com a comodidade da entrega em
domicílio. Trata-se de uma realidade indiscutível que uma mídia publicada nas
redes sociais pode alcançar maior número de pessoas do que uma propaganda
veiculada na TV, por exemplo. Nas redes sociais se tornou possível lançar
anúncios para públicos com faixas etárias e sexo específicos obtendo, muitas
vezes, ganhos elevados. Esta a razão
pela qual empresas, sejam de grande, médio ou pequeno porte, investem no uso
das redes sociais para anunciar a marca ou o produto e para ter um
relacionamento maior com o cliente. Inclusive por ser mais barato que os meios
publicitários veiculados em TV, rádio e outdoors, que demandam muito maiores
investimentos.
As
redes sociais como o Facebook, Instagram, WhatsApp, entre outros, são
eficientes para possibilitar uma aproximação com os clientes sem tanto ônus ao
anunciante. Todavia, tudo tem seu lado negativo. Nestes tempos de era digital,
há muita portunidade de interagir e trocar informações rapidamente, é, se as redes
sociais são um dos principais meios de comunicação e expressão de opinião, é
imperioso que as empresas estejam atentas à sua imagem no universo virtual. E
deve se cuidar tanto do público: interno (colaboradores) e externo (clientes). Neste
sentido, as redes sociais exigem agilidade e prontidão, pois, os usuários da
internet são imediatistas: exigem respostas rápidas. Portanto, para se
posicionar bem nas redes sociais há sim um custo imprescindível que é o de ter profissionais especializados, como social media
ou assessor de comunicação e, não raro, quando se deseja ter página no Facebook
uma, ou mais, pessoa encarregada exclusivamente de monitorar os comentários. As
redes sociais, se bem utilizadas, não se enganem, são excelentes ferramentas de
comunicação e de relacionamento com o cliente, todavia, podem ser eficientes
tanto para o bem como para o mau. Como tudo muda é preciso estar atento às
mudanças, principalmente, nas redes sociais. O que, às vezes, foi bom, ontem,
pode ser um veneno, hoje. E um pesadelo quando a empresa se vê atingida por
comentários negativos nas redes sociais e, algumas vezes, sem tomar
conhecimento. O pesadelo é maior ainda quando os sites de reclamação, como o
Reclame Aqui, passam a incluir o nome da empresa como fonte de reclamações. Por
isto, mais do que nunca, ao se utilizar as redes sociais é preciso avaliar bem
seus riscos.
Ilustração:
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