O Encontro Nacional de
Jornalistas e Formadores de Opinião, realizado pelo Sicredi nos últimos dia 15
e 16 deste ano, proporcionou a reunião de mais de 60 profissionais de todo o
país para terem uma imersão no cooperativismo. Em Porto Alegre receberam as
boas vindas do presidente do Conselho de Administração da SicrediPar, Fernando
Dall’Agnese, e depois assistiram a apresentação institucional feita pelo
Diretor Executivo do Sicredi, César Bochi. Após um intervalo foram saudados por
Manfred Dasenbrock, Diretor do Woccu e Presidente da Central Sicredi PR/RJ, e,
em seguida, assistiram a palestra “Cooperativismo de Crédito no Mundo”, com
Elissa McCarter LaBorde, CEO do Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito
(Woccu). Fabiola Motta, Gerente Geral da Organização das Cooperativas Brasileiras
(OCN) discorreu sobre a “Reformulação do Sistema Nacional de Crédito
Cooperativo (SNCC). E finalizando as palestras do dia, Ronaldo Vieira da
Silva, Chefe-Adjunto do Departamento de Promoção e Cidadania Financeira do
Banco Central do Brasil palestrou sobre o “Panorama da Cidadania Finaceira”. Os
jornalistas e formadores de opinião também tiveram a oportunidade de visitar o
Centro Administrativo do Sicredi (CAS) e, em Nova Petrópolis, a nova agência da
Sicredi Pioneira, onde foram recebidos pelo Presidente da Cooperativa Pioneira,
Tiago Luiz Schmidt. É preciso acentuar que Nova Petrópolis é o berço do
cooperativismo financeiro do Brasil porque foi lá, em 1902, que o padre Theodor
Amstad, reuniu um grupo de produtores rurais para fundar a primeira cooperativa
de crédito do país e da América Latina, justamente, a Sicredi Pioneira. O que foi
demonstrado, inúmeras vezes, por palavras e por amostras práticas, é que o modelo
de cooperativismo de crédito possui como premissa essencial atender as
necessidades das pessoas, por meio de um ciclo virtuoso, que proporciona o uso
dos recursos captados na região, evitando sua evasão, e sendo aplicado na área
de atuação da mesma cooperativa, gerando desenvolvimento e prosperidade para
pessoas e para o local. Ou seja, em si mesmo, pela forma, a cooperação já é
inovação, por prover novas formas de resolver os problemas, e, principalmente, por
unir os esforços e sedimentar a cooperação entre as pessoas da mesma comunidade.
Foi ressaltado também que o Sicredi, conta, hoje, com mais de 5,5 milhões de
associados, possui um resultado líquido de R$ 4,8 bilhões e está presente em
todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, através de 5 centrais, 108
cooperativas e mais de 30 mil colaboradores em 1.600 municípios. O mais
importante, no entanto, foi a mensagem que foi passada para os participantes de
que o futuro precisa ser cooperativista. A razão está em que as instituições de
crédito tradicionais não alcançam as regiões onde os recursos são escassos e o
acesso é limitado. Nem se preocupam com a missão de levar educação e inclusão
financeira para que seja possível as pessoas realizarem seus sonhos. Neste sentido, podemos dizer que o movimento
cooperativista tende a ampliar a sua presença no país, porque, na contramão das
grandes instituições financeiras segue abrindo Postos de Atendimento e
Relacionamento. Isto porque, para o cooperativismo, é fundamental estar junto
às pessoas, entendendo suas dores e necessidades. Não se trata apenas de
oferecer benefícios financeiros, mas de consolidar a colaboração entre pessoas
com interesses em comum. Unir em prol de um mesmo objetivo, alcançar resultados
e benefícios que, provavelmente, não seriam conquistados sozinhos. Um futuro
melhor para o Brasil passa, necessariamente, por um grande avanço do
cooperativismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário