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terça-feira, agosto 12, 2025

Empreendedorismo no Brasil: a inglória luta pela sobrevivência


O empreendedorismo no Brasil desempenha um papel fundamental na economia e na transformação social. No entanto, a sua realidade está longe de ser um meio de oportunidades e inovação. Para a grande maioria, empreender é uma necessidade imposta pelas circunstâncias, uma luta diária para sobreviver em um ambiente de negócios cada vez mais hostil. Apesar de existirem mais de 23 milhões de empresas ativas no primeiro quadrimestre de 2025, a maioria delas enfrenta um ambiente instável e cheio de obstáculos. A burocracia excessiva, a escassez de apoio financeiro e um mercado desafiador tornam a sobrevivência uma luta constante. Neste cenário, formalizar um negócio já é um desafio por si só, com custos de abertura elevados que afugentam muitos empreendedores em potencial. Como afirma o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia, Raniery Coelho, "O empresário é um otimista que abre suas portas todos os dias na esperança que os clientes venham", mas está sendo preciso, no momento, muito mais do que ser otimista nas atuais condições. O empresário tem que se virar de todas as formas com o aumento dos custos, dos impostos, das obrigações que mudam quase diariamente.

Além disto, a insegurança jurídica se aprofundou, gerando incertezas sobre as regras do jogo e deixando os empreendedores vulneráveis a mudanças abruptas na legislação. O que deveria ser um ambiente de previsibilidade para o crescimento, tornou-se um campo minado de incertezas.

Em meio a este cenário, a reforma tributária surge como mais um desafio. Com a promessa de simplificação, ela exige o uso de tecnologias e eleva a carga tributária, impactando diretamente o caixa de pequenos e médios negócios. A exigência de novas ferramentas tecnológicas, muitas vezes, é um luxo que o empreendedor comum não pode se dar, e o aumento dos impostos funciona como um sócio que só exige e nada oferece.

Enquanto nas redes sociais especialistas e influenciadores discutem tecnologias de ponta, automação e inteligência artificial, a realidade do cidadão comum é bem diferente. Para a grande maioria, esses recursos são inacessíveis, e o que realmente importa é conseguir manter as portas abertas, mesmo que isso signifique trabalhar em condições precárias. O que parece é que, apesar do empreendedorismo ser a força vital que sustenta a economia, gerando empregos e promovendo mudanças sociais, o governo federal ignora as necessidades e problemas da iniciativa privada. O Estado, muitas vezes, é visto como um sócio parasita, um obstáculo, e não como um parceiro que deveria impulsionar o crescimento.

Assim, o empreendedorismo no Brasil não surge como uma escolha por um sonho, mas como uma estratégia de sobrevivência. E só os mais resilientes, obstinados e criativos conseguem resistir às adversidades, embora muitos acabem desistindo pelo caminho forçados por golpes inesperados como novas tarifas ou aumento de insumos. No fim das contas, empreender no Brasil é uma luta por uma tábua de salvação, para aqueles que não têm outra alternativa a não ser lutar para sobreviver.

Ilustração: Jornal do Empreendedor. 

Um olhar sobre a mente de um outsider


 

O livro, recentemente lançado pela Editora Citadel, “Elon Musk-Gênio ou Louco?”, que se pode pensar que seja uma biografia tradicional, foge, e muito, de tal padrão, pois o autor, Dennis Kneale, um jornalista que escreve como se estivesse conversando, tenta, efetivamente, compreender a mentalidade do bilionário, os seus princípios, o que faz com que as opiniões alheias e os fracassos sejam vistos como alimento para uma busca permanente de metas que parecem inatingíveis.  É uma tentativa de compreensão do comportamento de um empresário que confronta de peito aberto autoridades, políticos e jornalistas e se guia por formas consideradas "contraintuitivas", como "Provoque seus críticos e torture seus inimigos", "Trabalhe em horários impossíveis e faça com que os outros acompanhem", “Reduzir, reduzir, reduzir”. “A liberdade de expressão é tudo” e “Sonhe Alto”, que são princípios, que Dennis Kneale transforma em “Lições”. Não são lições, mas sim a base da lógica incomum de Musk, que inclui uma visão de decompor os problemas em partes mais simples , fundamentais. Confesso que li o livro de uma vez só, sem parar. Kneale realiza, com propriedade, um passeio provocador pela vida de Musk na medida em que trata cada capítulo como meio de mostrar como, a partir da ideia de que, para ele,  a vida é uma simulação, suas posturas contra os críticos, o foco no trabalho, a obsessão de produzir mais com menos e os sonhos altos, em projetos tidos como irrealizáveis (povoar Marte), fazem com que, mesmo nos fracassos, sua visão acabe por ter sucesso. Talvez o título, "Gênio ou Louco?", não seja tão bom, mas reflete o paradoxo de que, por um lado,  o visionário que fundou e lidera empresas revolucionárias como Tesla, SpaceX, Neuralink e X (o antigo Twitter) é a mesma figura controversa que desafia normas, causa polêmicas, transforma amigos em inimigos e inimigos em amigos, com uma enorme facilidade, por não sair um milímetro dos “princípios” em que acredita. O livro, muito diferente, por exemplo, da biografia Walter Isaacson, que louva o biografado, busca a imparcialidade sem, em nenhum momento, perder a capacidade de procurar iluminar o comportamento e a trajetória de quem foi capaz- e isto é inegável- de revolucionar diversos setores, como o automotivo, aeroespacial, comunicações, com a improvável combinação de autoconfiança, ousadia e independência. Até mesmo quando, como com Trump, por um breve tempo, ocupa um cargo no governo, Musk continua a ser um outsider, por isto prossegue sendo uma das figuras mais influentes no mundo, sempre buscando novos desafios e ideias para transformá-lo.  Isto, e quem confessa é o próprio autor, torna difícil escrever o fim do livro. Como o resultado mais provável é o mais irônico, o tema de que tratou ainda não teve fim. É um livro instigante que não se pode deixar de ler. 

Uma digressão sobre o uso do Chatgpt e a herança genética


Foi, recentemente, divulgado um estudo dos pesquisadores do Laboratório de Mídia do MIT que apresentou como resultado o fato de que os usuários do ChatGPT apresentaram menor engajamento cerebral e "desempenho consistentemente inferior nos níveis neural, linguístico e comportamental" numa comparação entre 54 participantes, divididos em três grupos, aos quais se pediu que escrevessem redações usando o ChatGPT da OpenAI, o mecanismo de busca do Google e nada, respectivamente. Os pesquisadores usaram um eletroencefalograma (EEG) para registrar a atividade cerebral e descobriram que, dos três grupos, ao longo de vários meses, os usuários do ChatGPT ficaram mais preguiçosos a cada redação subsequente, e, com grande frequência, recorreram ao recurso de copiar e colar ao final do estudo. O resultado foi considerado preocupante mesmo que o artigo ainda não tenha sido revisado por seus pares e sua amostra seja relativamente pequena. Mas a autora principal do artigo, Nataliya Kosmyna, alegou ser importante divulgar os resultados para levantar preocupações de que, à medida que a sociedade depende cada vez mais dessas ferramentas para sua conveniência imediata, o desenvolvimento cerebral a longo prazo pode ser sacrificado no processo. É uma tese muito interessante que, no fundo, tem por base o conceito de uso e desuso, popularizado por Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829). Foi ele quem propôs que órgãos muito usados se desenvolveriam, e os pouco usados atrofiariam, transmitindo essas mudanças aos descendentes. Embora depois Darwin tenha concordado que o desuso poderia levar à redução funcional do órgão, num indivíduo, acrescentou o pensamento de que apenas mutações vantajosas herdáveis e a seleção natural explicariam mudanças evolutivas reais. De modo que esta ideia não é aceita integralmente hoje, pois sabemos que características adquiridas pelo uso ou desuso não são herdadas geneticamente desta forma. Porém, é preciso acentuar, que cientificamente, “o órgão que não se usa deteriora” é verdadeiro como princípio fisiológico de adaptação e atrofia por desuso em organismos vivos. Ainda que com a ressalva de que não se aplica como teoria evolutiva de herança de características adquiridas. Bem, o fato é que há uma diferença significativa entre a visão de Lamarck vs Darwin sobre “uso e desuso” dos órgãos. Enquanto Lamarck acreditava que o desuso causava atrofia e está atrofia era herdada, a posição de Darwin foi de que apenas poderiam ser transmitidas se conferissem alguma vantagem à espécie. Bem, o que sabemos é que este processo é uma parte fundamental da evolução, onde as características que ajudam na sobrevivência e reprodução tendem a se perpetuar. Então, podemos dizer que, em última instância, as mudanças nos indivíduos podem se transformar em mudanças na espécie, contribuindo para sua evolução ao longo das gerações. Com base nisto, como tudo é relativo, é bem possível também que a hipótese de Darwin possa não estar 100% certa e que também possam ser hereditários mudanças que não contribuam para a evolução da espécie. Até porque a seleção é aleatória. Considerando isto, de fato, os resultados sobre o uso do ChatGPT podem ser muito preocupantes. E uma evolução que contribua para a involução humana. E mesmo que não passe de geração à geração persiste o fato de que o desuso atrofia o órgão.

Ilustração: Revista Fapesp. 

O Manchester City herdou o sobrenatural de Almeida

 


O futebol, hoje, como todas as coisas é globalizado. É verdade que, até por uma questão econômica, a Europa apresenta-se como num patamar superior, mas, esta copa tem demonstrado isto, futebol se joga é dentro das quatro linhas e lá, muitas coisas, fogem da questão de estrutura, do talento dos jogadores e até da capacidade dos técnicos. Entram, de forma decisiva, fatores como o psicológico, as circunstâncias e a sorte. Porém, de uma forma geral, o jogo está muito equalizado. Uma coisa provada no atual mundial é que não existe jogo fácil. Somente um time, aliás de amadores, o Auckland City, esteve fragilizado nos seus jogos. Todos os outros times, mesmo quando perderam, deram trabalho aos adversários e demonstraram terem jogadores de qualidade. A visão, por exemplo, de que os times da América do Sul estavam num nível inferior se dissolveu com o Botafogo impondo uma derrota ao favorito maior do torneio, o PSG, que havia estreado esplendorosamente metendo 4x0 no Atlético de Madrid. Mas, uma demonstração clara de que há diferença, mas não tanta é que, até agora, dos sete jogos realizados entre os times brasileiros e europeu, três foram vencidos pelos brasileiros, dois pelos europeus e aconteceram dois empates. A sensação de distância veio de que o Flamengo, do qual se esperava muito mais, perdeu, de forma surpreendentemente fácil para o Bayern. Mas, foram os vacilos e as circunstâncias, tanto que o time europeu venceu o Boca Juniors por 2x1, mas não foi um jogo tão fácil quanto como o do Flamengo. A prova definitiva de que o futebol está pasteurizado, ou seja, quase todos num nível semelhante, foi a espetacular vitória do Al-Hilal por 4x3 sobre o Manchester City. O Al-Hilal já havia demonstrado que seria um osso duro de roer, pois empatou com o Real Madrid e o RZ Salzburg. Apesar disto ninguém apostava, inclusive eu, que não fosse esmagado pela máquina de jogar futebol do time inglês. Não foi o que se viu. Apesar de sua predominância no jogo, as qualidades do time saudita foram ajudadas pelo famoso Sobrenatural de Almeida, que o Fluminense emprestou para o Manchester City. Por mais que tenha jogado muito bem certas coisas são inexplicáveis num jogo maravilhoso e inesquecível como foi este. Em primeiro lugar o acerto de um passe preciso como o de Cancelo para o primeiro gol. Depois não há como não atribuir ao sobrenatural o gol de cabeça de Koulibaly, que aparece do nada e cabeceia como um matador de forma inapelável. Mas, a presença do Sobrenatural de Almeida foi soberba no quarto gol de Marcos Leonardo. Claro que é um goleador nato, um atacante vocacionado para fazer gol, porém estava morto em campo, deveria até ter saído e não saiu. E aparece no chão para fazer um gol devastador, mortal. O Al-Hilal fez história. Mas, não se pode deixar de acentuar que os dois melhores times do momento, favoritos disparados, que poderia se apontar como destinados a serem campeões invictos, o PSG e o Manchester City, já foram derrotados nesta Copa do Mundo de Clubes.  Podem dizer o que quiserem, mas a frase de Renato Paiva é antológica; “O cemitério do futebol está cheio de favoritos”. 

Livro inédito sobre Elon Musk é um convite para pensar sobre nossas convicções

 


Há certas pessoas que são impossíveis, se goste ou não, de ser ignoradas pela diferença que fazem no seu tempo. Um César, um Alexandre, um Napoleão, um Leonardo Da Vinci, só para citar os que me chegam sem dificuldade, fizeram muita diferença no seu tempo. No mundo contemporâneo há diversas personalidades que, com certeza, serão lembradas no futuro, porém nenhuma me parece ter tido uma vida tão repleta de polêmicas e importância quanto a de Elon Musk, que, além de ter acumulado uma fortuna que o coloca entre os homens mais ricos do mundo, influenciou muito em campos tão diversos como os setores automotivo, aeroespacial, de comunicações e de tecnologia com uma combinação de ousadia, em certos momentos até de  provocação e outros de uma atuação surpreendente, como foi sua rápida passagem pelo governo de Trump. Sempre que leio alguma coisa sobre Musk mais fico interessado na trajetória deste que, sem dúvida, faz parte de uma minoria que muda as condições de nosso mundo. Assim estou muito interessado na obra do premiado jornalista Dennis Kneale , que assina o livro Elon Musk: gênio ou louco?, que, agora, foi traduzido e publicado no Brasil como novidade do catálogo da Citadel Editora. A obra, segundo release que recebo, apresenta os bastidores da trajetória do bilionário. O autor, ainda segundo o texto, apresenta o homem mais rico do mundo sob múltiplas camadas: empreendedor radical, visionário inquieto e figura que desafia as convenções de poder e autoridade em todo o mundo. Kneale não se limita em narrar sucessos, como os da Tesla e da SpaceX, mas procura entender o que há por trás das decisões que moldaram o império do sul-africano, até mesmo aqueles que resultaram em fracassos. Ele revela como Elon Musk opera a partir de uma lógica incomum, baseada em chamados “primeiros princípios”, um método de raciocínio que decompõe problemas até suas verdades fundamentais. O livro supera os limites de um perfil sendo mais uma reflexão sobre os limites da inovação e o preço de perseguir metas futuristas com total desprezo por normas determinantes. O autor mostra como Musk confronta abertamente reguladores, políticos e jornalistas, e como transforma críticas e crises em combustível para crescer. Em episódios marcantes, como sua recusa em ativar a rede Starlink na Crimeia ou sua famosa baforada de maconha em um podcast, vemos como ele lida com riscos extremos, muitas vezes com consequências bilionárias.  A relação de Musk com os políticos também ganha espaço no livro, inclusive sua atuação durante a campanha e governo de Donald Trump. Embora afirmasse agir de forma independente, o bilionário foi fundamental, em momentos estratégicos, fazendo parte do governo e apoiando a agenda trumpista. Este envolvimento, assim como sua defesa radical da liberdade de expressão no X (antigo Twitter), reforça a imagem de um outsider com poder suficiente para dobrar ou ignorar as instituições tradicionais. Aliás, esta é uma das facetas de Musk que mais me impressionam. De certa forma ele sempre foi um libertário, um defensor da liberdade pessoal e de expressão até mesmo quando isto impactou muito fortemente em seu bolso diferentemente de outras personalidades que colocam sua fortuna acima das convicções. Efetivamente estou esperando, ansiosamente, que os Correios me entreguem o livro de Dennis Kneale “Elon Musk: Gênio ou Louco?” para ver as novidades que traz sobre esta figura intrigante. O livro, de qualquer forma, é uma leitura obrigatória para quem busca compreender as estratégias empregadas por uma das personalidades mais influentes da atualidade. É também um convite para ampliar os limites, idéias e ambições e refletir sobre até onde estamos dispostos a seguir nossas convicções e ideais. 

Ilustração: Fox Business.

Gefion: o supercomputador que está transformando a inovação

 Você já ouviu falar no Gefion? Ele é o primeiro supercomputador da Dinamarca, e uma verdadeira potência tecnológica! Inaugurado em 23 de outubro de 2024, com a presença do CEO da Nvidia, Jensen Huang, e do rei Frederik X, o Gefion é muito mais do que uma máquina - é um símbolo de inovação e progresso para o país.

Equipado com 1.528 GPUs H100 da Nvidia, o Gefion foi criado para impulsionar pesquisas avançadas em áreas como saúde, inteligência artificial, ciências da vida, clima e até computação quântica. Imagine só: ele ajuda a descobrir novos remédios, a entender melhor o nosso planeta e a enfrentar desafios sociais complexos. É como uma fábrica de inteligência, que transforma dados em soluções inovadoras!

O nome Gefion tem uma forte conexão cultural: vem da mitologia nórdica, onde a deusa Gefion transformou seus filhos em bois para arar a terra que se tornaria a maior ilha da Dinamarca. Uma metáfora perfeita para um supercomputador que está arando novos campos de conhecimento e inovação no país.

E os números impressionam ainda mais! O Gefion ocupa um espaço maior que uma quadra de basquete, pesa mais de 30 toneladas e foi construído em apenas seis meses-um verdadeiro feito de engenharia. Tudo isto com um investimento de 100 milhões de dólares, fruto de uma parceria público-privada entre a Fundação Novo Nordisk e o Fundo de Exportação e Investimento da Dinamarca.



Segundo Jensen Huang, na inauguração, o Gefion é muito mais do que um centro de dados: “É uma fábrica de inteligência”. Ele promete revolucionar a pesquisa e o desenvolvimento dinamarquês e do mundo, abrindo caminhos para avanços na farmacêutica, tecnologia e sustentabilidade.

Construído com componentes de última geração, o Gefion possui uma capacidade de processamento de petaflops-ou seja, um milhão de bilhões de operações por segundo! Esta velocidade faz dele um dos supercomputadores mais poderosos do mundo, capaz de realizar cálculos complexos em frações de segundo, tarefas que levariam anos para um computador comum.

Além de sua potência, o Gefion foi pensado para ser sustentável. Seus sistemas de refrigeração aproveitam a temperatura do ambiente para economizar energia, e grande parte da eletricidade vem de fontes renováveis. Assim, ele ajuda a Dinamarca a seguir um caminho mais verde e responsável.

O Gefion é, portanto, uma verdadeira revolução tecnológica, que coloca a Dinamarca na vanguarda da inovação mundial. Como a deusa Gefion, ele está arando novos caminhos, transformando o cenário de pesquisa e abrindo as portas para um futuro mais inteligente, sustentável e repleto de possibilidades.