Ninguém,
que analisar a vida moderna, pode negar que as redes sociais expandiram a
comunicação e são presentes na vida da maioria das populações, especialmente
urbanas, bem como se tornaram importantes na relação clientes/consumidores. Na
prática, os canais de comunicação ficaram mais abertos à interação, o que, sem
dúvida, gera oportunidades, porém, também cria grandes desafios. O maior deles
diz respeito as informações que circulam nas redes. Todos nós, empresas ou
pessoas, estamos sujeitos ao uso do nosso nome por outros e isto se torna, cada
vez mais, um problema na medida em que, por incrível que pareça, um estudo do
MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), dos Estados Unidos, garante que
as notícias falsas se espalham pelas redes sociais com uma velocidade seis
vezes maior do que as notícias verdadeiras. E, para tornar o estrago maior
ainda, as pessoas retêm as notícias falsas por longos períodos, principalmente,
quando estão aliadas às crenças que as pessoas alimentam. Assim, se uma
informação falsa sobre um político que não gosto circula, eu (e você também)
estamos mais propensos a lembrar desta informação por muito mais tempo.
Como
alguém que já foi vítima de informações falsas sei muito bem que isto é verdade.
Já tive blog invadido com post que nunca colocaria sendo colocado em meu nome.
Já experimentei o dissabor de veicularem e-mails em meu nome com fins escusos e
até mesmo postarem no Facebook informações que não postaria porque, no momento,
só posto poesias ou músicas, justamente, porque as disputas político-partidárias
altamente emocionais, derivadas das eleições presidenciais, criaram um clima
que tornou o Facebook o maior palco da insensatez e da sem noção. Aliás, faz
tempo que não opino, nem discuto em redes sociais. E até, diante da insensatez
do que se posta, escrevi um livro (já publicado) com o nome de “Troféus de
Caça-Contos da Era Digital” onde demonstro que as pessoas, nas redes sociais,
talvez, por pensarem erroneamente, que são anônimas, perdem completamente o
bom-senso e se comportam como se tivessem perdido, no mínimo, metade dos
neurônios.
A
verdade é que, queiramos ou não, o ambiente digital se impõe na nossa vida e não
podemos prescindir dele. No entanto, também traz muitos desafios. Cabe a todos nós, pessoas e empresas, saber utilizar
bem essas ferramentas. Embora muitos falem e escrevam sobre elas, de fato,
ainda são muito recentes e estamos aprendendo a utilizá-las. É um processo
educativo, porém, penso que as pessoas devem ter muito mais cuidado com o que
dizem e escrevem nas redes e, em especial, se certificar se o que veem,
realmente, partiu de quem aparece como autor. Nunca é demais lembrar que o que
mais circula nas redes são as notícias falsas, as fake news. E que, como
escreveu Mark Twain, muito antes de existirem as redes sociais: “Para quem só
tem um martelo, todo problema parece um prego”. Verifique e pense antes de
bater. Não que vá fazer muita diferença, mas, pelo menos, não estará
contribuindo para o festival de falta de bom senso que inunda as redes sociais.
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