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sexta-feira, abril 14, 2006

PESQUISAS & ANÁLISES

Pesquisas não ganham eleição, mas são retratos. E há retratos ruins e retratos bons-mesmo se o fotografo for de qualidade. Um fato visível, na trajetória dos números em eleições anteriores, é que esses não significam muita coisa quando as eleições ainda estão distantes, bem como que eleição não é uma corrida numérica nem depende do que se diz sobre eles. Em síntese as pesquisas, nas disputas eleitorais brasileiras, desde 1989, com a redemocratização, se transformaram, com freqüência, menos em instrumento de melhoria eleitoral que de desinformação.
Não se pode desvincular as sondagens, no entanto do uso dos seus resultados nos embates políticos, e, porque não dizer, cretino em prol de interesses partidários e na interpretação das tendências ali constatadas, de forma nem sempre correta. Se as pesquisas não antecipam o resultado das eleições em compensação o desprezo pelas regras mais comezinhas de interpretação, a utilização de forma safada, e sem respeito pela análise científica, costuma ser uma constante na busca de desinformar e enganar os eleitores. Assim a manutenção de determinados patamares ou o ganho de alguns pontos, , transformam-se em manchetes, em ferramenta de atropelamento da verdade, ponto de partida para movimentos táticos na política e, não poucas vezes, do distanciamento até mesmo do bom senso.
Não acontece nada de muito diferente com os números obtidos agora na pré-disputa eleitoral da presidência. Há uma verdadeira glorificação do resultado pelos meios de comunicação pelegos e pelas hostes cripto-petistas que tocam os tambores como se o processo eleitoral pudesse ser movido apenas pela publicidade e pelos números das pesquisas e que se pudesse apagar toda a bola de lama que se espalha pela planície salpicando os poderes e suas figuras de proa. Há um esforço visível de fazer crer que tudo que aconteceu, e acontece, não significa nada. E neste esforço até tentam eqüalizar o país inteiro por baixo com a divulgação de uma pesquisa na qual só faltam dizer que todo brasileiro é corrupto.
É preciso se interpretar com cautela todas as pesquisas eleitorais no atual momento. Não apenas porque as legendas não sacramentaram as candidaturas em convenções partidárias, mas também porque há um candidato posto, Lula da Silva, que joga tudo, inclusive os companheiros ladeira abaixo, para permanecer no poder. Também não se deve esquecer o notável instrumental que comanda, a partir da presidência, que apesar de ineficiente para atender as demandas públicas, não o é para beneficiar correligionários, atacar opositores e fazer clientelismo. Assim é preciso que seus adversários, que são todos que lutam por um país democrático e melhor, não embarquem no clima de desesperança que sua administração instalou no país. È preciso manter o moral elevado para lutar e ter consciência que extirpar doenças sempre é um processo doloroso, sempre exige manter o otimismo e a crença num amanhã melhor.

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