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sábado, abril 01, 2006

ACENDENDO A FOGUEIRA

O ex-deputado e presidente regional do Partido Socialista Brasileiro– PSB, Mauro Nazif, botou um pouco mais de lenha na fogueira da sucessão ao declarar, na sexta-feira, 31 de março, em entrevista ao programa A Hora do Povo, da Rádio Rondônia, FM 93.3, que conta com uma aliança da sua legenda com o Partido dos Trabalhadores – PT mesmo com a pré-candidatura de Carlinhos Camurça ao Governo do Estado. A aliança, de fato, tem sentido quando se sabe que na esfera nacional há um compromisso do PSB com o PT para marcharem juntos nas Eleições (o PSB é da base de sustentação do governo Lula), embora, segundo foi deliberado em Rondônia o partido terá a liberdade de resolver seus caminhos – inclusive com candidato próprio para enfrentar Fátima Cleide, pré-candidata ao governo do Estado. Nazif chegou a afirmar que tem uma aliança branca com o Partido dos Trabalhadores” e alfinetou o governador Cassol que, para ele, não teria como fazer alianças e iria disputar o pleito de forma isolada.
O governador Ivo Cassol acusou o golpe, a insinuação de que, possivelmente, no segundo turno, teria que enfrentar todas as outras forças partidárias juntas, ou seja, o recado era que ninguém quer Cassol só ele mesmo. Assim correu para desmentir que o Partido Popular Socialista – PPS marcharia “isolado”. Afirmando que se tratava de uma visão meramente oposicionista Cassol declarou que ser iminente a montagem de uma coligação que envolve o PFL, PTN, PSDC, PV e PP, afasta qualquer possibilidade de seu isolamento. Há até mesmo a intenção de atrair o PSL de Silvana Davis e Carlão de Oliveira, presidente da Assembléia Legislativa para seu lado, fechando, assim, um “Frentão da Reeleição”. Desta forma foi enfático: não existe a menor possibilidade de não ter partidos com quem formar alianças. Porém o governador, demonstrando um otimismo acima de qualquer suspeita, disse também que se fosse o caso “Estamos preparados para tudo, inclusive, para marchar sem nenhum partido atrelado.Temos o PPS estruturado e com boa e completa nominata”. E ironizou os oposicionistas dizendo que “Eles não terão vez: podem vir com frentão, frentinho, frentaço que temos nominata para enfrentá-los”.
É fato que as chances de Cassol são boas, por outro lado, embora otimismo tenha que ser a tônica de qualquer candidato, esta será uma das eleições mais difíceis que o Estado irá ter. Em primeiro lugar há a chamada “maldição do Presidente Vargas”, quem sentou na cadeira de governador do Estado até hoje foi sempre derrotado. Depois, se o governador conseguiu resistir, por duas vezes quase foi cassado, muita água vai rolar e, tendências nas pesquisas favorecem um nome novo. E sabe-se que o povo de Rondônia, nas eleições, sempre surpreende. O certo é que a fogueira já solta suas primeiras labaredas.

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