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sábado, setembro 10, 2005

VOU ME EMBORA PRO BUTÃO!

Sob o ponto de vista espiritual e ético há uma medida de felicidade comum a todos os homens: a posse do necessário para a vida material, ter a consciência tranqüila e fé no futuro. Já os mais materialistas são adeptos de que a medida da felicidade depende de cada um. Os consumistas dizem que o dinheiro não compra a felicidade e sim manda buscar! Há até pesquisadores que já estimaram o custo da felicidade: US$ 25 mil dólares/ano. Dizem, no entanto que só existe uma correlação entre renda e felicidade nos patamares mais baixos, pois a partir dos citados 25 mil a renda passa a não influir muito no grau de felicidade, embora, em geral, os muito ricos sejam mais felizes. O que é incontestável é que a falta do dinheiro atrapalha muito a felicidade. E isto posso afirmar, para vocês, com conhecimento de causa.
No Brasil sei que o economista Eduardo Giannetti da Fonseca, professor do Ibmec, se ocupa do tema e até esteve em Oxford, na Inglaterra, por três meses e meio a convite do Center for Brazilian Studies, no Saint Anthonys College, fazendo pesquisas sobre os custos escondidos da civilização. Giannetti não vê uma relação simples entre indicadores objetivos e subjetivos de bem-estar, pois não detectou uma correlação entre os indicadores objetivos e os subjetivos, ou seja, nem sempre quando o material melhora o espiritual acompanha. Assim a felicidade entre os povos, ricos e pobres, não varia muito apesar da diferença de renda e mesmo entre os povos que melhoraram, às vezes até quadruplicaram seu nível de renda, o bem-estar não melhorou na mesma proporção. A questão mesmo se situa em que, no mundo moderno, a riqueza e o consumo, em especial, estão se tornando o padrão dominante de medida da felicidade. Não é um padrão bom, confiável nem sequer muito desejável, pois pode ser a fonte de muitas frustrações.
O certo é que não se pode medir felicidade, porém tem muitos pesquisadores tratando do tema e tentando. Até já se constatou, por exemplo, que os casados são mais felizes. E criaram uma medida da felicidade para os países entre 0 e 10 na qual o Brasil estaria, como os demais países, da América do Sul entre 6 e 7, porém muito menos feliz do que se imagina. Pensar sobre a felicidade é uma questão séria. Sou mais pela constatação simples de que felicidade corresponde a se sentir feliz com a vida que leva. E fico com inveja mesmo é do Butão. Lá o rei Singye Wangchich adotou como medição do produto o FIB- Felicidade Interna Bruta e suas políticas públicas, a partir dos anos 70, possuem como objetivo aumentar a felicidade da população. Vou me embora pro Butão! Mesmo sem ser amigo do rei já gostei!

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