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segunda-feira, outubro 22, 2018

A VIA CRUCIS DO PT E DA ESQUERDA BRASILEIRA



É impressionante a fragilidade do discurso de esquerda nesta eleição de 2018. Se uma de suas capacidades sempre foi a de vender o sonho, o imaginário, novas formas de ver o mundo, o que se mostra, nesta eleição, é que se encontra à direita da direita, de vez que, hoje, luta pela conservação do “status quo”, ou seja, são os verdadeiros conservadores. Nesta eleição bradam, desesperadamente, pelo politicamente correto, quando toda a cúpula petista se encontra na cadeia ou processada, e, sem a menor lógica, incorporam nos seus programas a descriminalização das drogas, o aborto e a liberdade de criminosos. Ignorando a vontade popular pregam a volta dos “bons tempos”, que não pode ser representado por eles, basta ver que escondem Dilma Roussef, o retrato do desastre econômico e são guiados por Lula, um detento.  O resultado é o que se vê: os segmentos ditos de direita, mesmo sem dinheiro e imaginação, conseguiram criar um conjunto de imagens, de estatísticas, de slogans que empolgam o eleitorado. O comportamento politicamente incorreto de Bolsonaro deixa os adversários encurralados numa armadilha: para tentar miná-lo precisam dizer que são politicamente corretos, quando não o são. Então, só restam os argumentos rasteiros: Bolsonaro é fascista, racista, misógino, homofóbico, e, agora, para completar, desonesto.
É um ótimo discurso para Bolsonaro. Principalmente, que sem poder sair do canto do ringue, a esquerda em geral, e os petistas em particular, se exasperam e exercem a censura, o moralismo, o policiamento e até o xingamento contra os que pensam diferente, em suma, perderam o patrimônio de ser a vanguarda da sociedade e foram empurrados para exercer o papel da direita mais extrema, de repressão, de acusações infundadas, de  policiamento ostensivo e antidemocrático da opinião e dos direitos alheios. É uma completa inversão de papéis: a esquerda se tornou extrema-direita! O que não enxergaram, até por problemas ideológicos, é que não existe ideologia nenhuma na ascensão de Jair Bolsonaro. Uma parte é culpa do insucesso do governo petista na economia, mas, outra parte é porque Bolsonaro encarnou o reclamo popular pela decência na vida pública. Contra isto não adianta dizer que Bolsonaro representa a barbárie (atribuindo a si mesmos os papéis de iluminados). Bolsonaro somente usa o figurino que o povo deseja de moralista, militar e defensor da ordem pública. Caiu nas graças do povo porque apareceu gritando primeiro contra a desordem, a desorganização, a anarquia de Brasília! Ganhou notoriedade por representar o diferente no meio do discurso tosco, comum e mentiroso dos políticos.  O capitão caiu na graça do povo e ganhou notoriedade por ser um “outsider”. E a participação de militares no seu governo é vista como um sinal de que se terá ordem no futuro, como um aviso de que as coisas irão mudar. Invés de causar temor, causa satisfação. E é contra este sentimento que a esquerda e o PT lutam. Querem derrubar Bolsonaro de qualquer jeito. Não respeitaram nem o seu bucho aberto por uma facada, mas, estrebucham desesperadamente na mão dos brasileiros que ignoram, sistematicamente, seus ataques, respondendo com o aumento da vantagem de Bolsonaro sobre seu adversário. A esquerda, que ironia, se colocou contra o povo! Irão se desesperar, sem jeito, até serem derrotados fragorosamente nas urnas no próximo dia 28 de outubro.


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