Lula, que sempre foi o
dono do Partido dos Trabalhadores-PT, afirmava que quando assumisse o governo
daria solução para os problemas brasileiros. E passou mais de trinta anos
chamando os outros partidos de corruptos, pregando a divisão de classes (o nós
contra eles), xingando as elites (ainda quando comandava o país, ou seja, quando
era ele é a elite-mor). Não se pode dizer que não teve seus quinze minutos de
fama: amparado na multiplicação das benesses a sindicalistas, órgãos de
comunicações e movimentos sociais montou a maior claque que o Brasil já teve.
E, navegando no crescimento mundial e na liberação do crédito, fez a população
acreditar que o Brasil, de uma hora para outra, tinha acabado com a fome, criado
uma via de desenvolvimento sustentável e se transformado em país de primeiro
mundo. A fantasia durou enquanto duraram as burras cheias de dinheiro do
tesouro. Já no final do seu segundo mandato as coisas estavam feias, mas,
pioraram significativamente quando entregou o cetro à Dilma Roussef,
apresentada como a “gerente”. E ela gerenciou a derrocada por quatro anos. E,
não satisfeita, apesar do rombo que o caixa apresentava, partiu para ganhar um
segundo mandato, onde não somente gastou milhões com empresas de marketing
político e de comunicações, utilizando amplamente as mídias sociais, inclusive
fazendo o que, hoje, acusam Bolsonaro de fazer, o WhatsApp, com mensagens
propagandísticas. Elegeu-se, mas, a deterioração do governo e do partido já
havia alcançado limites inimagináveis: nunca antes neste país houve tanta
corrupção. Todos os outros partidos estavam envolvidos, pois, o PT havia
comprado todo mundo no atacado ou no varejo. A Lavajato explodiu o tumor e a
credibilidade do PT foi para o ralo. O povo viu que Lula havia acusado os
outros do que sabia fazer muito bem. Não são as mídias sociais, nem a
inteligência ou a esperteza de Bolsonaro que estão derrubando o PT. O PT, hoje,
luta contra o povo que acreditou nele. Pode mudar as cores, todavia, não pode
mais se apresentar com a cara limpa e honesta que um dia já teve. Efetivamente,
o povo não esquece o estelionato eleitoral de que foi vitima, da enganação
maciça, da tapeação gigantesca que foi a reeleição desastrosa de Dilma. Nem de
que, com ela, começou a pagar a conta do que o PT denomina, hoje, dos “anos
felizes”: recessão, desemprego, corrupção e endividamento. Bolsonaro foi o
felizardo por sua luta contra o que sabia ser errado. Com todas as suas
contradições e limites encarna a mudança. Encarna a decência contra a
corrupção, a esperança de paz contra a violência predominante, a esperança na
política e nos políticos. É uma aposta que pode não dar certo? É. Mas, o povo
não quer mais o PT. O PT não entendeu que não luta contra Bolsonaro, mesmo com
a fala lúcida de Mano Brown. Luta contra a maioria da população que não aceita
mais o partido. Não há a mínima condição do PT ganhar. Os petistas se
desesperam gritam, esperneiam, choram, chamam os outros de fascistas, inventam
fakes, usam crianças numa propaganda que chega às raias da inconsequência, querem
puxar o tapete, mudar o mundo e as regras. O problema é que a democracia é uma
questão aritmética, de voto: ganha quem a maioria quer. E o nome está na rua,
na mídia e estará nas urnas do dia 28: Jair Bolsonaro. É uma aposta na
interrogação, porém, os brasileiros preferem o desconhecido ao que já se provou
ineficiente e danoso. Bolsonaro é a desarrumação popular contra tudo que está
aí e que o povo não quer mais.
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