Esta
é, sem dúvida, a campanha mais bizarra, mais surpreendente, violenta e insólita que o Brasil já assistiu. Jair Bolsonaro e o poste de Lula continuam trocando
pérolas, se estapeando, se esmerando em dizer besteiras e acirrar os ânimos entre
suas duas claques. O democrático, e moderado, Haddad, que dizem os seus
adeptos, não tem o menor pendor para ser fascista, foi o primeiro a dizer que
Jair Bolsonaro é um "anti-ser humano a ser varrido da face da Terra".
E, claro que como Lula ele não sabe de nada, enquanto o PT tentava emplacar a
hastag #BolsonaroAnticristo no Twitter. Vindo da esquerda petista qualquer coisa
é normal. Por outro lado, Bolsonaro disse que “A faxina agora será muito mais
ampla, se essa turma quiser ficar aqui vai ter que se colocar sob a lei de
todos nós, ou vão pra fora ou pra cadeia. Esses marginais vermelhos serão
banidos de nossa pátria”. Ele colocou a lei no meio, mas, é uma afirmação que
tem muito pouco de bom senso. E que joga lenha nos ataques e acusações de
fascismo contra ele, que nem liga, e contra seus eleitores que, estimados em
mais de 60 milhões, estão bem longe de ser isto. Chamo tudo isto de “fumaça
eleitoral”. O problema é que isto desviou a campanha de qualquer discussão
importante. Virou um desvario virtual onde muitas pessoas que pensam se perderam
e passaram a se comportar como policiais da opinião alheia, com professores,
que deveriam educar, partindo para acusações infundadas, a repetir slogans
vazios e até mesmo utilizando palavras de baixo calão. É um festival de
sandices que só desperta o pior do ser humano e nojo de olhar para o Facebook
ou ver as “descobertas” e fakenews, via whatsapp, que são enviados como se
fossem o suprassumo da sabedoria humana querendo colonizar a cabeça alheia. Me
poupem! Ninguém, com a idade que tenho, vai conseguir mudar meu modo de pensar,
nem me impedir de analisar com os meus próprios neurônios.
Bolsonaro,
é claro, tem seus problemas. Não é um mito. É um homem que encarnou a vontade
de milhões de mudança. E a mudança é contra o PT com toda razão. Afirma Sérgio
Pardellas, num artigo denominado de “A cristianização de Haddad” (https://istoe.com.br/a-cristianizacao-de-haddad/)
que “o partido que se recusou a assinar a Constituição de 1988, votou contra o
Plano Real, não topou participar da coalizão em torno de Itamar Franco
pós-impeachment de Collor e que buscou a hegemonia por meio do aparelhamento do
Estado, da corrupção institucionalizada e da perseguição inclemente a
adversários políticos, muitos tratados como ‘inimigos a eliminar’, não dispõe
de autoridade moral para entoar, aos 48 do 2º tempo, a cantilena da aliança do ‘centro
democrático’- desde que encabeçada pelo PT. Repetindo a sentença-sinceriCIDio
de Gomes: o partido que adota a mentira como dogma de ação ‘vai perder e vai perder
feio’”. É o que se constata de todas as pesquisas sérias que foram feitas,
neste segundo turno, onde Bolsonaro supera a casa dos 60% dos votos válidos e
se consolida como virtual presidente com uma vantagem acima de 21,5 milhões de
votos. A rejeição de Haddad é muito maior e o Ibope constatou que 60% dos
eleitores não votam no candidato petista. Esta a razão pela qual afirmo que,
quem está indo contra ele está indo contra a maioria do povo brasileiro. São os
fatos. O PT já teve esta maioria a seu favor. Não tem mais. O PT luta contra o
povo brasileiro. Por isto, não importa o que façam, digam, estrebuchem, chiem.
No domingo perderão. Já perderam. Só irão constatar na contagem dos votos.
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