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segunda-feira, julho 25, 2005

ENTRE A BELEZA E O ABISMO

Embora sendo considerado um homem de esquerda, pela direita, e um homem de direita, pela esquerda, jamais me preocupei com os rotulos. Sou um sobrevivente otimista. E, para desespero ou delicia dos meus críticos, alguém com um olhar distanciado, e sem nem um pouco de rancor, por ter ultrapassado, por incrivel que pareça com Marx e Gramsci, a crença infantil no socialismo científico. O que não implica em abdicar dos ideais de construir uma sociedade melhor, de criar um mundo mais justo e humano. Apenas creio que isto passa pela educação e pela democracia, daí minha incapacidade (ou falta de desejo) de criticar os erros que são, demasiadamente, humanos. Não gosto do que acontece no Brasil atual, embora achando necessário para a construção da cidadania, porém, jamais, estarei entre os que correm para massacrar este ou aquele personagem. "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é"- disse Caetano com razão. Os homens não são santos ou demônios. São apenas humanos e só quem caminhou pelas pedras dos palácios pode saber como a tentação do poder é forte e se é capaz de resistir, ou não, ao outro lado. Muitos dos que, hoje, atiram pedras lamentam por não terem tido condição de fazer igual ou pior. Não devemos ceder à loucura das alturas, mas devemos olhar de cima para melhorar a paisagem. Que é difícil é. Icaro não torrou as asas por acaso.

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