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quarta-feira, fevereiro 22, 2006

OS NOVOS TEMPOS DA POLÍTICA

Não se vive sem política. No entanto a política não pode ser bem feita sem que considere que sua finalidade ultima é o bem-estar da sociedade, a busca da resolução de seus problemas. Neste sentido há uma mudança profunda no cenário político da América Latina que, ao mesmo tempo, que possui governos, aparentemente, cada vez mais comprometidos com as lideranças comunitárias e sindicais se mostram incapazes de criar o progresso econômico e o desenvolvimento social. Seja Lulla da Silva, no Brasil, Evo Morales, na Bolívia ou Chávez, na Venezuela, apesar dos discursos voltados para os menos favorecidos suas administrações, ao menos por enquanto, não conseguem demonstrar eficiência nem a transparência desejada nos negócios públicos. É preciso salientar que não fazem, necessariamente, proselitismo ideológico nem se apresentam como de esquerda, mas adotam em relação aos Estados Unidos uma posição quando não de hostilidade, pelo menos, ambígua.
E, no caso particular do Brasil, apesar das pesquisas que dizem que Lulla vai bem, a cúpula do governo e do partido se desmanchou a partir das denúncias do ex-deputado Roberto Jefferson, porém nem mesmo assim os petistas deixam de demonstrar uma arrogância e a prepotência, com a ajuda e outros políticos de todos os partidos, inclusive parlamentares rondonienses, que tem se traduzido em debates e agressões no
Congresso Nacional capaz de deixar assustado qualquer telespectador com o baixo nível apresentado. Os argumentos sobre as grandes questões nacionais que deveriam ser o tema central dos debates, cedem espaço às ameaças, brigas e disputas de egos na fogueira da vaidade. De forma que faltam políticas públicas e sobra politicagem o que explica a visão pouco lisonjeira que a opinião pública, com razão, tem da classe política. Há, por conta desses fatos, um ambiente de confusão, de irritação, de crença em que as coisas não mudam e que, apesar de toda a sujeira levantada, as coisas irão ficar por isto mesmo e acabarão em pizza. Todavia há mudanças lentas, silenciosas que apontam para o fato de que, a médio prazo, para espanto dos conservadores este estado de coisas irá mudar.
Que não se enganem os que pensam que com assistencialismo e com discursos de tapeação enganarão o povo mesmo com a ajuda interessada, e áulica, dos meios de comunicação. Há, no ar, uma desconfiança geral e quase por intuição a população parece começar a entender quem são os que estão do lado deles e quem são os que só têm projetos pessoais de poder e querem continuar gozando das mordomias à custa dos cofres públicos. Não adianta criar fatos novos, ou requentar antigos, quando o jogo começar, ou seja, na hora da onça beber água é que se verá se chegamos a novos tempos, ou não. Se toda a lama da corrupção que escorreu terá sido em vão ou, se apesar das arapucas, os tempos serão, de fato, novos na política.

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