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sábado, fevereiro 11, 2006

A SOLUÇÃO É LOCAL

Fontes do Palácio Tancredo Neves dão conta que o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, vai até Brasília com uma declaração de estado de emergência para o Município que só assina se tiver certeza de que receberá recursos para combater a dengue e a malária que grassa pela cidade. A alegação de Sobrinho é a de que não possui recursos para fazer um combate eficaz ao problema. Não deixa de ser um grande contraste com a época da campanha eleitoral quando, possivelmente de modo honesto, mas pouco real, não havia problema algum para transformar Porto Velho com o “novo jeito” de governar.
Na verdade não há novo jeito para velhas coisas. A ilusão de muitos aspirantes a governo é o de que basta sua chegada ao poder para modificar as coisas. Não é assim. Qualquer governo não é uma lousa virgem na qual vai se escrever o que se deseja. È muito mais real pensar numa corrida de obstáculos na qual não se chegará a bom termo sem paciência, manutenção do ritmo e, por melhor que se seja, muitas feridas no corpo. E o ideal é que, para tanto, haja um planejamento, uma visão de futuro, uma antecipação dos obstáculos e, principalmente, a minimização de problemas futuros pela manutenção do existente. Aqui, infelizmente, a falta de experiência da administração municipal petista parece repetir a experiência já acontecida em outros lugares, em especial em Ji-Paraná.
Trata-se essencialmente da questão da manutenção das vias públicas, da limpeza de esgotos e bueiros, de tapar buracos enquanto não se tornam crateras. No ano passado, um trabalho que era feito regular e sistematicamente, não foi realizado que era o de recuperação dos rolamentos e limpeza de bueiros e esgotos. O resultado não se fez esperar. Muitas avenidas e ruas se transformaram em verdadeiros rios, com as chuvas, e mesmo quando baixaram, em muitas áreas, com a ajuda do lixo, criaram águas paradas que se transformaram num criatório de dengue. Até mesmo buracos no asfalto fizeram tal função até porque, o modo pouco eficaz como tapam os buracos, se torna uma forma quase automática de derramar asfalto nos buracos sem que tais remendos durem muito.
Claro que o desastre que assistimos, agora, está além das forças municipais, no entanto também é evidente sua grande contribuição. Embora o mal esteja feito, e o notável aumento das estatísticas e dos casos não notificados de dengue e de malária comprova, o importante, além de procurar remendar o possível, é que o prefeito, que ainda tem tempo de se recuperar do malogro atual, se conscientize de que se faz imprescindível tomar certas providências no tempo adequado e contando com as pessoas certas para os lugares certos. Muitas vezes a vontade da juventude ilude que é capaz de resolver os problemas, porém a história mostra que é sempre mais seguro contar com quem tem o conhecimento e a experiência necessária para fazer as coisas certas no tempo certo. È duvidoso que o prefeito consiga algo de positivo em Brasília, no entanto se fizer uns acertos, como parece disposto, na sua equipe, o resultado, no próximo ano, se fará sentir. A questão é a de trabalhar. Bem e certo.

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