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sábado, dezembro 03, 2005

BOAS NOVAS

Nem tudo, porém parece perdido quando, no meio dos escândalos que assolam o País e das bandalheiras que abalaram o governo Lulla, desmoralizando o sonho e a utopia de que um governo de esquerda pudesse trazer, finalmente, mais verdade, luz, distribuição de renda e bem-estar social ao Brasil, aparecem alguns sinais de luz, poucos, é verdade, no fim do túnel. Se não é muito, no entanto vale a pena continuar sonhando, e quem tem mais um pouco de noção real da problemática, sabe que os avanços são, de fato, lentos por mais que se queira ousar. Os homens não são anjos nem resistentes não sendo incomum que cedam nas suas convicções por interesses escusos e pessoais.
O fato é que, embora com uma surpreendente votação a favor, jogaram José Dirceu no ferro-velho da história. Por mais que, depois tenha dado uma demonstração inócua de força, como um último canto do cisne, seu afastamento marca a punição de quem se dispôs a desrespeitar as leis em nome de um projeto totalitário cujos fins justificavam os meios e, o que é pior, mesmo sem um programa de governo que melhorasse a vida das pessoas brandia a assunção de seu grupo ao poder como se fosse a solução de todos os males. Fato que, ainda hoje, contra as evidências o presidente Lulla da Silva repete sem o mesmo efeito até porque teima em bater de frente com a realidade e negar tudo aquilo que não se encaixa no seu discurso. Até certo ponto funciona, mas, a cada dia, a população vai descrendo, cada vez mais, no discurso por falta de resultados. De qualquer forma limpar do cenário político o principal artífice deste projeto é um avanço.
Outra boa nova é o fim do nepotismo, já para os tribunais de Justiça, onde seus titulares terão 90 dias para demitir parentes até terceiro grau, embora ainda hajam resistentes magistrados que desejam torpedear a salutar mudança. Porém parece que será uma resistência inútil visto que, agora mesmo, uma outra resolução do Conselho Nacional do Ministério Público determinou o fim do nepotismo, dando 60 dias para que parentes de procuradores e promotores do Ministério Público Federal e Estadual sejam exonerados. Afinal não se desconhece, nem se pode desconhecer, que, para medir capacidade, o concurso público, ainda é o meio mais democrático, decente e eficaz para quem quer ser servidor sem favorecimentos de familiares, mas, também ninguém desconhece que, em certas repartições, os concursos públicos foram verdadeiras fraudes familiares, daí o cuidado que devem cercar os futuros. O certo é que o Ministério Público e o Judiciário, com louvor e determinação estão fazendo o seu papel, cortando na própria carne a gordura excedente que durante décadas se cevou à custa dos cofres públicos. Cabe, agora, ao Executivo e o Legislativo, que continuam inermes ao clamor popular, seguir o exemplo. Esta mais do que na hora de acabar com o nepotismo.

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