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terça-feira, dezembro 06, 2005

HORA DE AGIR

Efetivamente, como se pode observar nas últimas pesquisas de opinião, há um enorme descontentamento da população com os poderes, em geral, e com os políticos, em particular, em especial das administrações públicas em todos os níveis, e, para espanto geral a política está despertando mais atenção que o futebol a partir do escândalo Waldomiro Diniz. O fato é que nunca houve tanta atenção nem os políticos foram tanto e tão mal avaliados superando mesmo o período Collor de Melo tido, no passado, como o ápice da corrupção.
É sintomático que até quando mencionado por engano, como na inauguração das luzes da Catedral, o presidente Lulla da Silva desperte no público o desejo de vaiar que, por sinal, extravasou para o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, malgrado seu rápido pronunciamento e o fato que, a rigor, ainda não pode ser julgado seja por pegar uma prefeitura repleta de problemas, com pouco tempo ainda para desenvolver um trabalho, seja porque, de fato, somente após seu segundo ano se poderá ter condições de fazer uma boa avaliação. O que ressalta do fato é que a indignação popular não poupa ninguém.
Entretanto a função pública é assim. Quem se submete as urnas e exerce um mandato tem que estar preparado, como afirma o poema de Augusto dos Anjos, para o fato de que “a mão que afaga é a mesma que apedreja”. Um bom político tem é de tirar lições dos episódios para marchar em frente e modificar sua ação. É o que parece já acontecer com Roberto Sobrinho cuja popularidade vem sendo profundamente afetada pelos alagamentos que ocorrem na cidade com as primeiras chuvas. Se, como dizem que irá fazer, trocar os “companheiros” sem a devida competência por pessoas capazes, que entendam dos setores indispensáveis a uma boa administração terá, sem dúvida, tempo de reverter a intolerância que já se sente em relação à sua ação.
Apesar de inicialmente bem aceito os problemas que surgem no dia a dia, como o entupimento dos bueiros e alagação das ruas e avenidas, a proliferação desordenada de camelôs, que já atinge a Avenida Carlos Gomes, e o caos do trânsito, não são de difícil solução. Em alguns casos, como na Calama ou na Lauro Sodré é somente questão de desentupir e alargar bueiros o que, inexplicavelmente, não é feito. Também as questões de trânsito, com a colocação inapropriada de tartarugas ou a retirada de sinais em locais estratégicos da cidade modificando o que antes havia, parece ter sido pouco estudado ou mal avaliado os problemas que provoca, de forma que não custa nada rever o que foi feito. O prefeito ainda conta com um grande capital político na medida em que todos torcem para dê certo. É uma pessoa nova que despertou a esperança de que vai fazer algo para melhorar a cidade. Porém se não agir irá, por certo, também matar a esperança.

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