Total de visualizações de página

sexta-feira, novembro 25, 2005

INVESTIMENTOS BAIXOS

Não é nenhuma surpresa: antes, durante a eleição, o então candidato Roberto Sobrinho, brandia como uma de suas bandeiras o chamado orçamento participativo, uma experiência do Rio Grande do Sul que era tida como um êxito das administrações petistas e, supostamente, permitia que os munícipes participassem da definição das prioridades da gestão municipal. Surpreendente, agora, é verificar a forma como o orçamento foi feito praticamente da forma menos participativa possível e até os vereadores, numa quebra de braço com o prefeito se queixam de não ter acesso à copia do projeto de lei! Também afirmam, pois o acesso ao documento ainda é difícil, senão impossível, que, por causa dos poucos recursos destinados ao investimento serão também poucas obras, ou nenhuma, que poderão ser realizadas se mantidas as atuais dotações e despesas de custeio. Segundo dizem pouco mais de 4% e os vereadores de oposição alegam que o prefeito deve antes cortar despesas, reduzindo o tamanho da máquina administrativa, de vez que aumento de receitas nas atuais circunstâncias implica em reajuste dos tributos, mas os vereadores argumentam que os impostos e tarifas vigentes já são muito elevados, daí a inadimplência dos contribuintes. E muitos até apontam que a cidade possui uma boa receita e mesmo assim não se apresenta um desempenho sequer razoável da administração com a cidade cheia de buracos, sem asfalto e virando um mar de lama quando chove até mesmo em áreas centrais da cidade. O contraste, em relação a esta situação, se dá quando o orçamento do Estado, cuja comissão está sob a coordenação do deputado Leudo Buriti, está sendo objeto de uma discussão em nível estadual com audiências públicas nas principais cidades do Estado. No entanto também, em nível estadual, a proposta orçamentária em discussão não possui uma previsão muito grande para obras de infra-estrutura. Se mantidos os gastos existentes na proposta pouco mais de 8% serão destinados a obras, ou seja, os orçamentos tanto do Município de Porto Velho como do Estado estão praticamente amarrados as despesas de custeio o que aponta para o fato de que nosso desenvolvimento e futuro depende cada vez mais de recursos oriundos de fontes externas. Neste sentido, com o governo Lulla da Silva praticamente paralisado pelas crises e o próximo ano sendo um ano eleitoral, as perspectivas não são das melhores. Em termos práticos, a rigor, o que se pode esperar é que projetos já em fase de andamento como o das Brs 319 e 364 sejam, efetivamente, retomados e, finalmente, o gasoduto do Urucu se liberte das terríveis amarras ambientais que impedem seu desenvolvimento. Afora isto o horizonte, de fato, não inspira maiores expectativas até porque os políticos e administradores estarão mesmo preocupados é com as eleições.

Nenhum comentário: