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quinta-feira, novembro 24, 2005

É PRECISO MANTER A ORDEM

Conforme informações da equipe de plantão da Polícia Rodoviária Federal posseiros revoltados com a invasão de suas terras por parte de famílias pertencentes ao Movimento Camponês Corumbiara -MCC, bloquearam a BR- 425, no km 16, deixando isoladas a cidade de Guajará Mirim e a Vila de Nova Mamoré. As informações sobre o movimento eram desencontradas, mas se afirmava que o bloqueio, segundo os manifestantes, seria mantido até que sejam atendidas as suas reivindicações que consistiam na retirada do MCC de suas terras e o comparecimento, no local das autoridades constituídas, entre elas os deputados estaduais, representante do Ministério Público, representante do Incra, de preferência o Superintendente Olavo Nienow e até o Governador Ivo Cassol. Segundo consta são mais de 150 pessoas e o movimento seria reforçado por mais adeptos. Os posseiros só estão permitindo passar pelo bloqueio ambulâncias, sendo que os passageiros dos ônibus estão sendo forçados a fazer baldeação. O congestionamento do trafego de veículos já chegou a cerca de 2 km dos dois lados. A Policia Rodoviária Federal, até onde se sabe, não teria ainda conseguido entrar em contato com as autoridades a fim de agilizar as negociações com os posseiros. A verdade é que, por mais justas, que sejam as reivindicações atitudes desta natureza, que prejudicam comunidades inteiras e transtornam a vida de centenas, ou milhares de pessoas, são um verdadeiro atentado à democracia. Não é preciso lembrar que já se trata de uma humilhação, e de uma falta de autoridade, a permanência eterna de sem terras em frente à sede local do Incra, mas os constantes embargos das estradas são muito mais perniciosos na medida em que se constituem em verdadeiros atentados à legalidade e a ordem. É verdade que, diante dos escândalos não apurados, diante de um empate até no Supremo Tribunal Federal sobre a cassação do ex-ministro José Dirceu, os poderes que já não são muito bem vistos passam a ser mau exemplo para toda a nação, no entanto, pelo menos para a manutenção da sociabilidade básica, a ordem deve ser mantida. Assim não é tolerável, seja o motivo que for, que o direito básico do cidadão de ir e vir seja impedido sob qualquer pretexto. Quando essas coisas começam a acontecer e virar rotina, sem dúvida, crescem os riscos de instabilidade social e quebra da institucionalidade. Em casos assim não há como transigir. Ou rapidamente se negocia ou o uso da força é inadiável. Não se deve dar oportunidade, principalmente numa hora tão delicada, para a quebra institucional.

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