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quarta-feira, novembro 23, 2005

OS aSSASSINOS DA ESPERANÇA

Se diz de Bufallo Bill, célebre personagem da epopéia americana da conquista do Oeste, que, por povoar sua vida de histórias e mitos, passeando por circos através da América e no mundo, acabou matando mais índios e búfalos do que jamais existiu e, o pior, quando se desejava discutir tal impossibilidade com ele, imbuído de suas próprias mentiras, não aceitava o que a lógica mais comezinha mostrava ser um disparate. Para tal fim, certamente, caminha o presidente Lulla da Silva que eleito no bojo de farta propaganda e alimentando com ela o que denomina de sucesso do seu governo costuma afirmar que "nunca, na história deste País" houve tantos resultados positivos como agora ou que “nunca se fez tanto” isto ou aquilo, embora o que fique, até o momento, mais patente, durante seu governo, seja a ojeriza por leitura e trabalho e o seu gosto demasiado por discursos improvisados e viagens internacionais.
De concreto o que mais brande é um entusiasmo pelo sucesso de sua “política econômica" que, a rigor, não se distancia, em termos macroeconômicos, da política adotada por Fernando Henrique, exceto de maneira ainda mais negativa. O exemplo está no aumento dos juros e da dívida pública. Nem mesmo no crescimento do PIB brasileiro foi igual ou superior ao crescimento do PIB do próprio FHC e, se comparado a o de outros países em desenvolvimento chega a ser desastroso.
E para onde foram suas promessas. Os juros altos que criticava tanto baixaram? As tarifas públicas foram reduzidas? A CPMF, por acaso, foi extinta ou transformada em imposto permanente? O que aconteceu com a tabela do Imposto de renda ou com a carga tributária? Por acaso o padrão de vida do brasileiro melhorou? Acabaram as falências? Melhoraram os empregos? Como anda da saúde? A educação? As rodovias estão em boas condições e bem conservadas? E os pedágios extorsivos? Foram feitas as ferrovias para o transporte de passageiros e cargas por todo o território nacional tão prometidas? As vias marítimas e fluviais foram, finalmente, bem utilizadas? Inútil estender as perguntas sobre o meio ambiente, sobre a invasão e a exploração ilegal da Amazônia, o desmatamento, o comércio ilegal de madeira, de plantas e animais. Para o lado que formos iremos ver que a melhoria não existiu ou foi mínima. Se a economia brasileira vai bem para os banqueiros e os credores de juros anda, novamente, péssima para o povo. E de nada adianta o ministro Palocci afirmar que essa era a única política possível e adequada, pois não elegemos o ministro. Elegemos o Lulla da Silva que nos prometeu mudar, que nos prometeu o espetáculo de crescimento. Por tal razão o governo atual tem um passivo muito elevado. Ainda que, para muitos, sua cúpula não tenha, diante dos escândalos que pipocam, roubado, isto não os exime da culpa de ter morto a esperança.

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