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segunda-feira, novembro 28, 2005

A REVITALIZAÇÃO DO CENTRO

Quem passa pela Carlos Gomes ou pela Rogério Weber vê, impresso no tapume da Praça das Caixas D’águas, uma propaganda sobre a revitalização do centro de Porto Velho. A idéia, que não se pode deixar de dizer que é boa, seria melhor ainda se, de fato, imitasse algumas coisas que foram feitas, por exemplo, nos centros tradicionais de cidades como Salvador, São Luiz, Recife e Fortaleza, as quais passaram desd’a década de 70 até a de 90, por uma recuperação acentuada de seus espaços e equipamentos antigos melhorando sua qualidade e criando novas atividades em especial voltadas para o turismo. Da mesma forma foram tomadas medidas de embelezamento, de redução dos processos de degradação ambiental e aproveitamento para fins artísticos e culinários que deram uma outra dimensão a esses centros que estavam fadados a destruição.
Atualmente não se enxerga, na versão local, nada de parecido até porque, a rigor, a única restauração consistente foi a efetuada pela Previdência no canto da Praça Getúlio Vargas e, embora tenha sido ventilada alguma coisa a respeito de sua reforma, o velho prédio da Câmara Municipal permanece com suas heróicas ruínas sem a menor demonstração de que a situação venha a ser, em pouco tempo, revertida. Também causa preocupação o fato de que, por parte do município, não se discute situações nem se melhora (ao contrário somente tem piorado) a ocupação desordenada de áreas outrora livres em espaços importantes como a Praça Jonathas Pedrosa, a Marechal Rondon e a Praça Aluízio Ferreira que vêem a cada dia mais aumentar a invasão de vendedores ambulantes sem que nada, absolutamente nada, seja feito para impedir. Não há sequer, pelo menos perceptível, a intenção de criar condições e apontar instrumentos para conter e reverter este quadro. Acrescente-se que o Centro, até pelo sistema viário ser antigo, não foi adequado aos transportes, principalmente pelo tamanho reduzido das vias, daí que, se tomarmos como modelo as ações desenvolvidas pontuais e sem critérios, o que temos assistido tem sido uma piora da utilização de suas vias chegando a ponto dos ônibus engarrafarem o trânsito em algumas paradas ou, como ocorre na Praça Marechal Rondon, depois das onze horas, os táxis impedirem que os ônibus encostem numa das paradas mais importantes do centro. Um projeto de reabilitação do centro seria, de fato, essencial, mas não pode ser uma mera reforma de uma praça (inclusive nada foi exposto ao público sobre como irá ficar) nem pode ser levada a cabo sem discussões, estudos e ações planejadas, que possibilitarão que esta proposta se torne realidade. Sem planejamento as coisas, principalmente no centro, continuaram a ocorrer como acontece, hoje, na Pinheiro Machado onde uma aglomeração de bares já causa problemas de estacionamento e de trânsito.

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