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sexta-feira, março 03, 2006

ESPAÇO PARA A SURPRESA

A bem da verdade foi Lulla da Silva, de forma inesperada e num golpe publicitário que pegou os adversários desprevenidos, porém de resultados duvidosos quem começou a campanha eleitoral em fala no primeiro dia do ano. Se não colheu os frutos que queria, no entanto no embalo se motivou para contra-atacar e, pelo menos, é o que dizem as pesquisas conseguir retomar a capacidade de ser um candidato viável mesmo que muitos apontem para sua alta rejeição.
O certo é que o presidente Lulla da Silva depois da partida não tem parado. Ou melhor, parou, agora, no carnaval para repor as baterias, porém revigorado, depois dias de pescarias e distensão numa praia carioca, sem a rotina de Brasília, deve estar novamente inquieto para voltar a fazer campanha. Ainda mais animado, como vive, pela confirmação de sua recuperação eleitoral segundo as últimas pesquisas. E, quando como os ventos sopram a favor, deve estar pensando que sua estratégia de antecipar a campanha para a reeleição, contra a legislação eleitoral, que estabelece seis de julho como o marco zero para a publicidade das candidatura, deu certo. Ainda mais que tem seguido à risca um programa de viagens pelo país com fins eleitorais, com tudo pago com recursos públicos, inaugurando até o que já foi inaugurado. Se quiser negar que está em campanha o tom dos discursos, em cima de palanques armados com o objetivo de impulsionar uma candidatura, não deixa. O presidente tem se aproveitado das brechas da legislação para fazer campanha sem assumir o projeto de reeleição, mas com um olho (e muitas vezes com lapsos nos discursos) na corrida eleitoral.
Porém, por mais que a estratégia tenha dado certo, é só o início de campanha. A vinda de Garotinho a Porto Velho, e sua exposição na mídia local, mesmo sendo Garotinho quem é, um candidato difícil de ser viabilizado e tendo contra si a incapacidade de resolver os problemas de violência do Rio, já dão uma mostra das dificuldades de Lulla da Silva, pois o ex-governador do Rio não somente elencou os principais problemas do seu governo como o de ser voltado para os banqueiros, a ineficiência administrativa, classificando os Ministérios como “Ministério das Tartarugas” e a corrupção generalizada do PT expressa no “mensalão”, nas cuecas de dólares & outras mazelas. Garotinho, no entanto apenas ciscou em volta do tema preocupado como está em viabilizar sua candidatura, porém deixou bastante evidente que se, durante dois meses, houver um fogo cerrado nos males e nas “heranças malditas” de FHC e Lulla outro candidato é bem possível de ser viável e uma grande surpresa. Até usou uma frase de efeito ótima: “Se FHC era o pai dos banqueiros, Lulla é a mãe” se referindo ao fato que os bancos tiveram 30% a mais de lucro em três de Lula que em todos oitos anos do ex-presidente.


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