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quinta-feira, março 23, 2006

TANTO FAZ

A decisão sobre a verticalização, a parte de obedecer à lógica vigente, não modificar muito o caminhar da corrida sucessória, exceto para muitos candidatos prejudicados nos Estados e para os pequenos partidos, segue a conhecida rotina de que a vontade dos governantes e dos grandes partidos sempre prevalece. Embora os políticos e os meios de comunicação dêem destaque à questão em termos da população este não desperta senão a sensação de incomodo de ter que ouvir acerca da questão nos noticiários.
E, de fato, o assunto foi ofuscado, principalmente pela crise que envolve o ministro Antônio Palocci na medida em que os aprendzies de feiticeiro que o envolvem ao mexer no sigilo bancário do caseiro fizeram não somente com que os marimbondos ficassem assanhados como, por conseqüência, desmoralizaram públciamente mais uma instituição que sempre teve um certo respeito e reconhecimento público como é o caso da Caixa Econômica Federal.
Efetivamente deixaram o governo numa posição tão incomoda que é o próprio ministro da Justiça, Thomaz Bastos, quem, para encontrar uma saída razoável, procura desesperadamente identificar os culpados para salvar a face governamental. Afinal se já estava difícil o discurso de combate ao crime e da ética com o fato de que uma repartição pública age da forma que agiu como se diz popularmente “o bicho pega”.
Em última instância o que está por trás da firmeza de tal ação é a primeira pesquisa feita três dias depois que Alckmin foi ungido candidato do PSDB com o efeito de sua rápida subida de 6% enquanto o presidente Lulla da Silva estacionou e não há sinais de que a situação não possa senão piorar, daí que a preocupação, embora não explicitada, se situa em não permitir que as más novas que se desenham no horizonte deteriore rapidamente a aparente vantagem presidencial.
É uma tarefa, sob todos os aspectos, complicada. O PFL, com um diagnóstico próprio da situação e sua capacidade de farejar o cheiro do poder já optou por uma campanha agressiva que mostra Okamoto como “o amigo que paga as contas sem que se saiba” e com a ingenuidade tipica dos puros pergunta quem não tem um amigo assim. Sem contar que ressalta a toda hora as fraquezas do atual governo. O fato real é que a campanha, embora deflagrada, para a população em geral ainda não começou. Para ela, por enquanto, tudo que está se passando desperta pouco interesse. Na verdade, para a grande maioria, verticalização, ou não, tanto faz quanto tanto fez.

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